sábado, 07 de junho, 2025
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Sob o silêncio reverente da Praça de São Pedro, o céu parecia conter o fôlego junto com milhares de fiéis. Quando a fumaça branca se ergueu da Capela Sistina, não foi apenas o anúncio de um novo pontífice foi o começo de um novo capítulo na história da Igreja Católica.
O Conclave escolheu nesta semana o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost como o novo papa. Ele adotará o nome de Leão XIV, evocando força, dignidade e coragem espiritual. A escolha de Prevost, conhecido por sua humildade, sabedoria e trajetória missionária, representa mais que uma decisão dos cardeais: é um chamado do mundo por uma liderança sensível, corajosa e próxima dos povos.
Conhecido como o “pastor de duas pátrias”, Prevost viveu parte de sua missão no Peru, durante os anos 80, em meio a realidades duras e populações esquecidas. Ali, no coração da América Latina, ele ouviu os gritos silenciosos dos pobres, compartilhou o pão com os que nada tinham e construiu pontes entre culturas, línguas e dores. Essa vivência moldou não apenas seu sacerdócio, mas sua visão do mundo.
Sua proximidade com o agora papa emérito Francisco é profunda e espiritual. Como Francisco, Leão XIV traz em si a marca da simplicidade e da escuta. Mas há nele também um espírito novo firme, decidido, consciente do tempo que se abre diante da Igreja, com seus desafios morais, sociais e espirituais.
No momento em que apareceu à sacada da Basílica, seu olhar era sereno, mas sua presença firme. Não apenas os sinos do Vaticano ecoaram corações ressoaram pelo mundo. A esperança, há muito adormecida em meio a crises e polarizações, acendeu-se como uma chama em velas antigas.
Leão XIV será, talvez, o papa da escuta e do equilíbrio. Um homem entre dois continentes, entre dois mundos, entre fé e ação. Um líder que carrega nos ombros não apenas o manto branco, mas as dores, as expectativas e as orações de bilhões.
A Igreja renasce, não como estrutura, mas como caminho. E o mundo, neste dia testemunha o renascimento da esperança.
O novo papa tem uma árdua missão na busca pela paz e pelo fim dos conflitos que preocupam toda a humanidade. Ao novo papa: sabedoria e resiliência nessa caminhada, que seu papado seja como o de Francisco em busca de paz entre todos
os povos.
RELIGIOSO
Sepultamento será na Basílica de Santa Maria Maior.
23 de abril de 2025
O Departamento de Celebrações Litúrgicas do Vaticano anunciou os detalhes das exéquias do papa Francisco. A cerimônia segue as indicações estabelecidas no Ordo Exsequiarum Romani Pontificis, documento que rege os ritos funerários do Pontífice Romano.
Nesta quarta-feira (23), o corpo será trasladado à Basílica de São Pedro. A Missa das Exéquias será celebrada no sábado (26), seguida do sepultamento na Basílica de Santa Maria Maior.
Traslado
Amanhã, às 9h (horário local), o corpo do papa será trasladado da Capela da Casa Santa Marta até a Basílica de São Pedro. A condução da urna será precedida por um momento de oração, presidido pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana.
A procissão seguirá pela Praça Santa Marta e pela Praça dos Protormártires Romanos, saindo pelo Arco dos Sinos até a Praça de São Pedro, entrando em seguida na Basílica Vaticana pela porta central. Diante do Altar da Confissão, o cardeal camerlengo conduzirá a Liturgia da Palavra, após a qual será aberto o período de visitação à urna mortuária.
Exéquias e sepultamento
No sábado, às 10h (horário local), será celebrada a Missa das Exéquias, que marca o primeiro dia do Novendiali (novenário), os nove dias de luto e orações em honra ao Pontífice. A celebração ocorrerá no átrio da Basílica de São Pedro e será presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício.
Ao final da celebração eucarística, ocorrerão os ritos da Última Commendatio e da Valedictio — despedidas solenes que marcam o encerramento das exéquias. Em seguida, o caixão do Papa será levado novamente para o interior da Basílica de São Pedro e, de lá, transferido para a Basílica de Santa Maria Maior, onde será realizada a cerimônia de sepultamento.
Diversos chefes de Estado e de governo já anunciaram oficialmente sua presença para prestar homenagem a Francisco.
Religiosidade
A Semana Santa é, para os cristãos de todo o mundo, o tempo mais sagrado do ano litúrgico. Não é apenas uma tradição ou uma celebração...
15 de abril de 2025
A Semana Santa é, para os cristãos de todo o mundo, o tempo mais sagrado do ano litúrgico. Não é apenas uma tradição ou uma celebração simbólica, é o coração da fé cristã. É durante esses dias que a Igreja revive, com intensidade e devoção, os últimos os de Jesus Cristo na Terra: sua paixão, morte e ressurreição.
A origem da Semana Santa remonta aos primeiros séculos do cristianismo. Desde os tempos apostólicos, os cristãos se reuniam para recordar a morte e a ressurreição de Cristo, especialmente na Páscoa. Com o tempo, a Igreja foi estruturando e expandindo essa celebração, separando os eventos em dias específicos, até formar a semana inteira que hoje conhecemos.
A semana Santa em si não é sobre ovos de páscoa, coelhinho ou peixes que você irá colocar na sua mesa, a semana santa está na maneira como tratamos o outro, sobre o respeito, sobre a forma como nos portamos na sociedade, a semana santa e todos os dias que a seguem nos colocam sobre reflexões que temos que ter no dia a dia com aqueles que convivemos.
Cada dia da Semana Santa possui um profundo significado espiritual:
Domingo de Ramos abre a semana com a recordação da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, quando o povo o saudava como rei, sem entender que Ele era um Rei que iria reinar do alto da cruz.
Quinta-feira Santa celebra a instituição da Eucaristia e do sacerdócio na Última Ceia. É também o momento da entrega total, do gesto humilde do lava-pés, que ensina o amor em sua forma mais concreta: o serviço.
Sexta-feira Santa é o dia da cruz. Jesus, inocente, se entrega por amor à humanidade, assumindo sobre si os pecados do mundo. A Igreja se silencia, em respeito e adoração, diante do sacrifício redentor.
Sábado Santo é o tempo do silêncio, da espera, da esperança. É a hora em que a dor da ausência se mistura com a fé na promessa.
Domingo de Páscoa, então, é o clímax: a vitória de Cristo sobre a morte. A ressurreição é o centro da fé cristã, a prova de que o amor é mais forte do que a morte, e para os cristãos de que a vida com Deus é eterna.
Embora os ovos de Páscoa estejam hoje fortemente ligados ao comércio e à tradição de presentear, sua origem está profundamente enraizada em símbolos antigos e também em significados cristãos ligados à Ressurreição de Cristo, celebrada no Domingo de Páscoa, o ponto culminante da Semana Santa.
A tradição do ovo como símbolo de vida é muito antiga, anterior até ao cristianismo. Povos antigos como os egípcios, persas e romanos já ofereciam ovos decorados como símbolo de fertilidade, renascimento e esperança.
Com a chegada do cristianismo, esse símbolo foi ressignificado:
o ovo ou a representar o túmulo fechado de Cristo, que, ao ser “rompido” com a ressurreição, deu origem a uma nova vida, a vida eterna. Assim, o ovo ou a simbolizar a vida nova que brota com a vitória de Jesus sobre a morte.
Durante a Quaresma, que é o tempo de 40 dias antes da Páscoa, os cristãos costumavam fazer jejuns rigorosos, muitas vezes deixando de consumir carne, leite e ovos. Esses ovos, que se acumulavam, eram cozidos para se conservar e, depois, consumidos no Domingo de Páscoa, como forma de celebrar o fim do jejum e a alegria da Ressurreição.
Com o tempo, especialmente na Europa, surgiu o costume de pintar e decorar os ovos, tornando-os presentes simbólicos de vida e renovação. No século XIX, com o avanço da indústria, os ovos começaram a ser feitos de chocolate, tornando-se o que conhecemos hoje: um gesto de carinho, celebração e alegria, especialmente para as crianças.
Portanto, os ovos de Páscoa não são apenas um costume comercial. Eles têm uma origem rica em simbolismo religioso e cultural, remetendo à ressurreição de Cristo, ao renascimento espiritual e à esperança de uma nova vida com Deus.
Para os cristãos a importância da Semana Santa está em sua capacidade de nos colocar dentro do Mistério Pascal: morrer com Cristo para ressuscitar com Ele. Não se trata apenas de recordar, mas de participar. Cada liturgia, cada leitura, cada gesto da Semana Santa tem o poder de tocar a alma e renovar a fé. Por isso, a Semana Santa não é um simples feriado. É um chamado à conversão, à reflexão e à comunhão com o Cristo vivo. É um convite para deixarmos que o amor de Deus transforme nossa história.
O certo é que todos os dias dentro de nós fosse semana santa, se assim fosse não aconteceria tantas guerras, maldades, absurdos que vemos diariamente nos noticiários e que nós mesmos aqui noticiamos diariamente, que possamos a cada dia buscar nossa melhoria enquanto seres humanos e que conceitos como os da semana santa deixem de ser aplicados somente no mês e na semana da páscoa.