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RELIGIOSO

A Alma de Coxim na Saída da Bandeira do Divino: Vem aí a festa do Divino 2025

6 JUN 2025 • POR (Glenda Melo - Diário do Estado) • 08h54

A Paróquia Catedral São José de Coxim convida toda a população para a solene Missa de abertura da Festa do Divino Espírito Santo, que coincide com a celebração de Pentecostes. O evento será nesse domingo, 8 de junho às 7h30, e marcará a saída oficial da Bandeira do Divino Espírito Santo.
Com mais de 130 anos de história, essa festa é um marco importante para a cidade. Durante a celebração, haverá a agem dos símbolos da festa – Coroa, Cetro e Bandeira – para a nova equipe de festeiros:
• Festeiros: Olavo Striquer e Aparecida Sales da Silva Miguelão
• Capitão do Mastro: Antônio Barbosa dos Reis e Graciele Ribeiro dos Santos Reis
• Alferes: Jozilda Nepomuceno da Costa e Simone Aparecida de Souza Santos
Candidatas à Rainha
As candidatas à rainha da festa são:
• Alice Dotto
•  Alice Centenaro
•  Daísy Toigo
•  Melissa Gai
Programação
•  7h30: Solene Missa e saída oficial da Bandeira do Divino Espírito Santo com café da manhã.
•  12h: Churrasco preparado pela “Turma do Chapéu”
•  13h: Rasta-pé com a banda “Expresso Batidão“Expresso Batidão” é coxinense uma banda que surgiu recentemente, mas já estão ganhando simpatia em cidades vizinhas com seu ritmo contagiante e animado. Se apresentando na Festa do Divino Espírito Santo, prometem fazer a multidão dançar e se divertir.
A festa do Divino Espírito Santo é a festa mais antiga e importante no calendário da cidade de Coxim.
No coração de Coxim, quando o céu se curva em silêncio e o povo se ergue em fé, um estandarte vermelho bordado de esperança abre as ruas para o sagrado: é a saída da bandeira do Divino Espírito Santo, uma das mais emocionantes expressões de devoção e cultura popular do Mato Grosso do Sul.
Mais que uma tradição centenária, a Festa do Divino é a memória viva de um povo que carrega sua fé em forma de cores, cânticos e os que dançam entre o ado e o presente. A bandeira, símbolo do Espírito Santo, não é apenas um tecido em movimento ela é a presença de algo maior, que entra em cada casa, toca cada coração e reconcilia a cidade com seus próprios milagres cotidianos.
O cortejo parte com solenidade e alegria. Festeiros, famílias e devotos formam um rio humano de espiritualidade. A bandeira visita igrejas, praças, a prefeitura, os lares e em cada parada, florescem cantigas, orações e gestos de acolhimento. É como se o Divino pousasse por instantes sobre os ombros da cidade, espalhando paz, união e promessas.
Essa procissão não é só uma rota traçada no asfalto: é o trajeto da fé no mapa da alma coxinense. A cada visita, reaviva-se a certeza de que a religiosidade popular é também um ato de resistência, identidade e memória.
A Festa do Divino em Coxim nasceu há mais de cem anos. ou pelas mãos de avós, mães, filhos, netos. Cada geração reaviva esse ritual com a mesma ternura e respeito, como quem cultiva uma chama antiga para que nunca se apague.
Hoje, ela é um dos maiores eventos religiosos do estado, capaz de reunir multidões e de fazer com que o tempo pare, ainda que por instantes, para ouvir os sinos, os fogos, as rezas e os batuques da fé.
Em tempos em que a pressa engole os rituais, Coxim se agiganta ao preservar essa celebração. A saída da bandeira é a alma da festa e ao mesmo tempo, um manifesto silencioso de que a fé, quando compartilhada em comunidade, se transforma em cultura, resistência e poesia.
Enquanto a bandeira do Divino caminha pelas ruas da cidade, Coxim caminha com ela  em os de devoção, em comos de esperança, em coreografias invisíveis que só o coração entende.
E assim, entre rezas e sorrisos, entre fitas e flores, entre a terra e o céu, o Espírito paira. E permanece. (Glenda Melo - Diário do Estado)