sábado, 07 de junho, 2025
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A onça-pintada que teria matado e devorado o caseiro Jorge Ávalo no Pantanal de Mato Grosso do Sul agora tem um nome. Transferido de Campo Grande (MS) para o Instituto Ampara Animal, em São Paulo, no final da semana ada, o animal foi batizado ao chegar ao cativeiro, onde ganhou a alcunha de Irapuã.
De acordo com o Instituto que acolheu o macho de aproximadamente 9 anos, Irapuã foi o nome escolhido, pois, em tupi-guarani, significa agilidade e força — características triviais do felino.
Desde sexta-feira (16), a onça vive em um recinto só para ela, adaptado a todas as suas necessidades. Segundo a ONG, o local deverá ser sua morada permanente até o fim da vida, onde deverá contribuir para programas de conservação da onçapintada a longo prazo.
Durante o transporte, a onça manteve sinais vitais estáveis, chegou em boas condições e já recebe todos os cuidados necessários para a delicada fase de adaptação.
Por que a onça foi retirada de seu habitat natural
Irapuã foi resgatado do Pantanal sul-mato-grossense há quase um mês, no dia 24 de abril, no pesqueiro onde o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, foi morto. Inicialmente, ele foi encaminhado ao CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande (MS), onde ficou até ter seu destino definido pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
Conforme o Ampara Silvestre, a decisão de capturar e remover a onçapintada de seu habitat natural foi tomada em conjunto pelos órgãos ambientais competentes, após avaliados os riscos de novos incidentes na região e constatado o grau de habituação do animal à presença humana.
“Tratase de um indivíduo que já não reage com o instinto de fuga típico da espécie; isso torna sua soltura um processo mais complexo e arriscado, tanto para ele quanto para as pessoas”, explica o médicoveterinário Jorge Salomão Jr, responsável técnico pelo mantenedor de fauna do Instituto Ampara Animal. (João Ramos)
MEIO AMBIENTE
Criação de Reserva Particular do Patrimônio Natural oficializa proteção permanente da Água Branca, a 2ª maior cachoeira de MS
7 de junho de 2025
A cachoeira Água Branca, uma das paisagens naturais mais emblemáticas de Pedro Gomes, a 305 quilômetros de Campo Grande, está oficialmente protegida de forma definitiva. A medida foi oficializada na quinta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, com a da Portaria nº 2.081 pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
O documento cria a RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Água Branca, reconhecendo o valor ambiental da área e encerrando definitivamente o risco de instalação de uma represa hidrelétrica que, por quase duas décadas, ameaçou comprometer a integridade da cachoeira.
Com 29,26 hectares de extensão, a RPPN fica situada na Estância Dallas, propriedade do produtor rural Nelson Mira Martins e de sua esposa, Edir Martins Mira. A unidade será istrada pelo casal, conforme determina a portaria do ICMBio. A proteção da área é fruto de uma longa mobilização que começou nos anos 2000, quando surgiu um projeto para instalar uma PCH (Pequena Central Hidrelétrica) no córrego Cipó.
A barragem desviaria até 80% do fluxo da cachoeira, afetando diretamente sua beleza cênica, biodiversidade, potencial turístico e até o microclima local. O empreendimento chegou a obter licença prévia em 2021, concedida pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), mas foi suspenso em maio de 2024 após forte pressão da comunidade, do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e de organizações ambientais.
O encerramento do projeto da usina e a transformação da área em RPPN representam uma vitória histórica para a conservação ambiental na região da Serra de Maracaju. A cachoeira Água Branca é a segunda maior do estado, com mais de 80 metros de queda livre.
Localizada a aproximadamente 10 quilômetros da nascente do córrego Cipó, está inserida na sub-bacia Piquiri-Correntes, que contribui para o abastecimento do Pantanal, e faz parte do Corredor de Biodiversidade Emas-Taquari, uma das áreas prioritárias para preservação na Bacia do Alto Paraguai.
A luta pela proteção começou com a decisão do próprio Nelson, ainda nos anos 1980, de adquirir terras na região já pensando em preservar a cachoeira. Em 1991, ele conseguiu comprar o lote que inclui a queda d'água e, desde então, manteve o local praticamente intocado, com o sonho de um dia construir uma pousada voltada para o turismo ecológico. Esse plano foi interrompido quando surgiram as primeiras propostas para instalação da PCH, que ele recusou.
"Quando comprei, já deixei essa parte pensando em construir uma pousada no futuro. Mas aí parou tudo com a situação da PCH, que queria criar uma usina e acabar com 80% da cachoeira. Ia investir como? Aí ficou dez anos essa briga", relatou Nelson ao portal Ecoa. Durante o processo, ele acompanhou peritos, promotores e técnicos em diversas vistorias para demonstrar os impactos ambientais que seriam causados pela barragem.
Além da expressiva queda d'água, a área da RPPN abriga vegetação que remete à Mata Atlântica de interior, com solos areníticos e relevo típico da Serra de Maracaju.
A fauna é rica, com destaque para espécies de aves migratórias que utilizam o local como refúgio. A criação da unidade de conservação não apenas garante a integridade ecológica da cachoeira, mas também viabiliza um novo ciclo econômico para Pedro Gomes e região, baseado no turismo sustentável.
A expectativa do proprietário é que a segurança jurídica proporcionada pela Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN, finalmente permita avançar com o projeto da pousada, além de atrair visitantes interessados em trilhas ecológicas, observação de aves, esportes de aventura como rapel e visitas a cavernas ainda inexploradas.
A próxima etapa, agora que a RPPN foi oficialmente criada, será a elaboração do plano de manejo, documento técnico que estabelecerá as diretrizes para uso da área, incluindo limites para visitação, infraestrutura necessária e estratégias de conservação. A implantação das trilhas, sinalização, pontos de observação e instalações básicas, como energia e internet, dependerá da finalização desse plano.
Outro benefício indireto será o aumento da arrecadação municipal por meio do ICMS Ecológico, mecanismo de compensação financeira aos municípios que preservam o meio ambiente. Para Pedro Gomes, trata-se de uma oportunidade de desenvolver uma nova frente econômica, associando proteção ambiental, geração de emprego e valorização do território.
MEIO AMBIENTE
Coxim terá um sábado de tempo aberto e firme neste 7 de junho, ideal para atividades ao ar livre. A previsão aponta sol predominante ao longo do dia, sem risco de chuva, com os...
7 de junho de 2025
Coxim terá um sábado de tempo aberto e firme neste 7 de junho, ideal para atividades ao ar livre. A previsão aponta sol predominante ao longo do dia, sem risco de chuva, com os termômetros registrando temperaturas em elevação e sensação de calor durante a tarde.
A manhã começa com clima ameno, mínima de 18°C, e céu praticamente sem nuvens. Ao longo do dia, o calor ganha força, com máxima prevista de 30°C. A umidade relativa do ar deve oscilar entre 50% e 90%, mantendo níveis ainda confortáveis, mas já indicando o início do tempo seco típico do inverno no Centro-Oeste.
Especialistas recomendam o uso de protetor solar, bonés, roupas leves e hidratação constante. Como o tempo seco deve se intensificar nos próximos dias, é importante também evitar queimadas e ficar atento a sinais de desconforto respiratório, especialmente em crianças e idosos.