sábado, 07 de junho, 2025
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O Rio Taquari, um dos principais rios do Pantanal, recebe um investimento de R$ 6,7 milhões para a implementação do projeto “Caminhos das Nascentes: Restauração Ambiental na Bacia do Taquari”, que promete transformar a paisagem e fortalecer a sustentabilidade da região.
A iniciativa, que tem início previsto para este ano, é uma parceria entre o Instituto Taquari Vivo, SOS Pantanal, Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Prefeitura de Alcinópolis, e foi aprovada pelo Edital Floresta Viva – Corredores de Biodiversidade.
Ao longo de quatro anos, o projeto se concentrará na restauração de 378 hectares de áreas estratégicas localizadas na Bacia do Rio Taquari, abrangendo o Parque Estadual Nascentes do Rio Taquari e o Monumento Natural Municipal Serra do Bom Jardim, nos municípios de Costa Rica e Alcinópolis, no estado de Mato Grosso do Sul.
O foco será combater problemas como a erosão e o assoreamento, que prejudicam a qualidade da água e a biodiversidade local, afetando tanto o Cerrado quanto o Pantanal.
De acordo com Renato Roscoe, diretor-executivo do Instituto Taquari Vivo, a união de ciência e prática será fundamental para garantir a eficácia do projeto. “Estamos implementando soluções que terão impactos duradouros na recuperação ecológica e no equilíbrio ambiental e produtivo da região”, afirmou Roscoe, que já atua na área há três anos com projetos de recuperação de áreas degradadas.
Para o fiscal ambiental e assessor tecnico do IMASUL, Rômulo Louzada, o projeto permitirá a recuperação de pastagens degradadas na Fazenda Continental, sede do projeto Sementes do Taquari, e usará tecnologias importantes para a melhor manutenção das áreas. "Essa restauração será conduzida por meio de técnicas de restauração ativa, incluindo o plantio de árvores e a implementação de práticas de manejo e conservação do solo e da água, como terraços e bacias de captação", explicou.
Além do impacto ambiental, a iniciativa beneficiará mais de 160 produtores rurais, que serão capacitados para adotar práticas agrícolas mais sustentáveis. A geração de empregos também é um dos pilares do projeto, que visa fortalecer a cadeia produtiva da restauração ecológica e aumentar a demanda por sementes e mudas nativas.
Para Leonardo Gomes, diretor-executivo da SOS Pantanal, o projeto é um o importante para mitigar danos ambientais acumulados ao longo das últimas décadas. "Este é um esforço conjunto entre setor público, privado e acadêmico para revitalizar um dos principais rios do Pantanal, com o objetivo de restaurar sua biodiversidade e garantir sua saúde a longo prazo", afirmou Gomes.
O projeto é coordenado por Letícia Koutchin Reis, que ressalta o papel transformador da iniciativa na Bacia do Taquari. "Nosso objetivo é tornar a região um exemplo de recuperação ambiental aliado a práticas produtivas sustentáveis, garantindo o equilíbrio entre o meio ambiente e as necessidades das comunidades locais", concluiu Letícia.
A restauração ecológica do Rio Taquari é apoiada pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e faz parte de uma iniciativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que busca fomentar projetos de restauração ecológica com espécies nativas em todos os biomas brasileiros.
Meio Ambiente
Um forte estrondo e tremor de terra "sacudiu" Bonito, a 297 km de Campo Grande, na manhã da última terça-feira (3). O relato de moradores é que os tremores...
5 de junho de 2025
Um forte estrondo e tremor de terra "sacudiu" Bonito, a 297 km de Campo Grande, na manhã da última terça-feira (3). O relato de moradores é que os tremores aconteceram tanto na área urbana, quanto na zona rural do município.
De acordo com o Centro de Sismologia da USP (Universidade de São Paulo), a magnitude do terremoto foi de 1.7 MLv (Magnitude Local vertical, também da escala Richter). É o décimo sismo registrado em 2025 no Estado.
"Meu Deus do céu. Tremeu tudo aqui. As crianças saíram correndo, assustadas", afirma Yolanda Prantl, do Coletivo Unidos Serra da Bodoquena, grupo que atua em defesa do meio ambiente. Ela estava no Instituto Família Legal, no Bairro BNH.
A região é marcada pela atividade de mineradoras, com relatos frequentes de explosões.
"Falei com a PMA [Polícia Militar Ambiental] e disseram que essas empresas de mineração têm licença ambiental para implodir, que foi feito um estudo", diz Yolanda.
Noutro relato, o morador conta que estava a 18 km de Bonito, na MS-382, quando escutou o estrondo forte. "Foi um tremor fora do comum", diz Marc Laurent Zayas Colas. Ele é turismólogo e sócio proprietário da Fazenda Iguassu. "A mineração está chegando com muito vigor na região, sem muitos problemas para se instalar. A região toda já foi prospectada, se não haver uma regulamentação da atividade será o fim de Bonito", lamenta.
Moradora que estava na Biblioteca Municipal de Bonito conta que a vibração ressoou a estrutura toda.
Conforme a professora Edna Maria Facincani, da Faculdades de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo e Geografia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), existe sismo por detonação, mas a propagação da onda no sismograma é diferente. "Quando é de detonação e quando é de sismo. Esse não é por detonação. Esse é sismo mesmo".
Apesar da baixa magnitude, as pessoas perceberam o tremor, diferente dos demais casos do ano. " Quando o hipocentro é muito raso, as pessoas sentem", diz a pesquisadora.
A média da profundidade do hipocentro é em torno de 5 km de profundidade para Mato Grosso do Sul.
Neste ano, o Estado registrou dez tremores de terra, sendo o segundo em Bonito. Antes, a terra tremeu por lá em 19 de abril. Os demais municípios são Sonora, Miranda, Rio Negro, Ponta Porã e Corumbá.
MEIO AMBIENTE
A quarta-feira (4) em Coxim será marcada por temperaturas elevadas e céu encoberto ao longo de todo o dia, segundo a previsão meteorológica. A mínima registrada...
4 de junho de 2025
A quarta-feira (4) em Coxim será marcada por temperaturas elevadas e céu encoberto ao longo de todo o dia, segundo a previsão meteorológica. A mínima registrada será de 20°C, com máxima atingindo os 36°C, tendência de elevação nos próximos dias.
A umidade relativa do ar também apresenta variação significativa, oscilando entre 90% nas primeiras horas da manhã e caindo para 30% durante a tarde, o que exige atenção especial à hidratação e aos cuidados com a saúde, especialmente de crianças e idosos.
Durante todo o dia, o céu permanecerá com muitas nuvens, sem previsão de chuva. O vento sopra fraco, com direção predominante do nordeste (NE) ao leste (E), tanto no período da tarde quanto à noite. Pela manhã, os ventos sopram de norte-nordeste (N-NE).
Apesar da nebulosidade persistente, as temperaturas elevadas mantêm o tempo abafado, típico do período de transição climática na região norte de Mato Grosso do Sul.
Fonte: Mikaela Loni