sábado, 07 de junho, 2025
(67) 99983-4015
FADIGA: Em nível nacional,
o PSDB vem se arrastando
com difi culdades,
pelos resultados ruins nas
últimas eleições e envelhecimento
de suas lideranças.
Aécio Neves é um exemplo:
desgastado, perdeu
o prestígio. Nosso estado
se salvou da sequência
dos desastres eleitorais,
mas não tem o poder de
fogo no cenário nacional.
FUTURO: Observadores
acreditam que o PSDB sofrerá
o processo de esvaziamento
como já ocorrera
com outros partidos fortes
no ado. A criação das
‘federações’ partidárias
também acabará infl uenciando
nestas mudanças
daqui para frente. Várias
lideranças estaduais já aderiram
a essa tendência, que
aumentará após as eleições.
AZAMBUJA: Nosso ex-governador
tem se mostrado
um leão incansável na tarefa
de manter os companheiros
tucanos motivados
para a sucessão municipal.
Pré-candidato ao senado,
precisa eleger o maior número
de prefeitos e vereadores.
Em termos de partido
Reinaldo faz a sua parte,
mas consciente de que até
2026 a estrada é sinuosa.
PROBLEMAS: A postura
das lideranças tucanas
nos últimos anos mostrou
que o PSDB não tem o cacoete
de oposição e daí
perdeu simpatizantes do
centro para os partidos de
direita. O discurso social
democrata inspirado no
alemão Max Weber e re-
:: MANOEL AFONSO ::*AMPLA VISÃO*
percutido por Fernando H.
Cardoso foi sufocado pelas
novos apelos mundiais.
CAPITAL: Vencer aqui é
fundamental para todos
partidos. Tem sido o trampolim
para lideranças tentarem
voos mais altos, mas
também liquidou políticos
de peso. Como eu sempre
digo; com a internet cada
vez mais presente, Campo
Grande é forte polo irradiador
de influência para
o interior. Perdendo aqui
‘um abraço pro gaiteiro’.
INTERROGAÇÃO: Qual o
peso da influência do eleitor
da direita no pleito da
capital? Enquanto não se
decide quem será o candidato
do PL, é difícil uma
avaliação real do potencial
do grupo bolsonarista. Aliás,
as pesquisas têm deixado
uma espécie de vazio
sobre esse item. O deputado
João Catan (PL) é categórico:
vamos ao embate!
NO BRASIL: O ministro
Dias Tofoli anulou
as provas do acordo de
leniência da Odebrecht
na Lava Jato. Lembra?
Agora a empreiteira se
nega a revelar ao Ministério
Público Federal os
dados do sistema usado
em Andorra para pagar
a propina confessada no
acordo. Pode? A Odebrecht
já reclamou ao ministro
amigo e deve ‘sobrar’
algo para o zeloso procurador
federal do Paraná.
ÚLTIMA TACADA: 76 anos
de idade; 32 como deputado
estadual, Maurício Picarelli
tentará a vereança
na chapa de Rose Modesto.
Jornalista, radialista, fi cou
sem mandato em 2022 e
culpou a falta de grana, mas
ainda confi a nos 4.139 votos
obtidos na capital. Usa as
redes sociais dando alô aos
‘amigos e comadres’. Consciente
da concorrência.
FAKE NEWS: ‘Nunca se
mente tanto quanto antes
das eleições, nas guerras
e após as caçadas’, dizia
Otto von Bismark. A inteligência
artifi cial, o uso de
aplicativos na produção
de vídeos, áudios e textos
desafiam a justiça por
igualdade de condições
para todos os candidatos.
Hoje a justiça perde para
as evoluções da tecnologia.
Não sei se vira o jogo.
IMPLICAÇÕES: Juridicamente
é complicado
regular as mídias sociais
porque pode ser explorada
pela oposição como uma
censura mascarada, protetora
dos governistas. Os
juristas respeitados estão
divididos quanto a legalidade
da regulação. Para
o Governo que defendia
no ado a liberdade
de expressão, o remédio
tem ‘contraindicações’.
ESTRAGOS: Candidatos
novatos a vereança pegos
de calça curta com a decisão
do Google ao proibir o
impulsionamento e publicação
de anúncios políticos
em suas plataformas
a partir deste maio. Os
partidos também serão
prejudicados, mas o prejuízo
maior será de quem
precisa construir a imagem
pública junto ao eleitorado.
VANTAGENS: Enquanto
os candidatos a reeleição e
aqueles outros já conhecidos
do eleitor por uma série
de circunstâncias e fatores
na comunidade levarão
vantagem, os novatos terão
que usar outras estratégias
como reuniões comunitárias,
panfl etagem e uso de
outras plataformas digitais
para expor seu potencial
e projetos legislativos.
VEREADOR: Quem souber
levante a mão: ‘em quem o
leitor votou na última eleição
e qual era o partido
dele? ’ Não por acaso, assusta
em todas as pesquisas,
o número de eleitores
que ainda não escolheram
seu nome preferido. Como
se diz – vereador não é essencial
– é comparável ao
valor da gelatina na cadeia
alimentar. Não faz falta.
GIROTO: O ex-secretário
estadual de Obras na mídia
por 2 motivos: para indicar
novo advogado numa
das ações que responde na
justiça e pelo fato da empresa
de seu genro Murilo
F. A. Oliveira (‘Groen Engenharia
e Meio Ambiente’)
ser investigada pela
Polícia Federal e Controladoria
Geral da União por
suspeita de superfaturamento
(desvio) de R$ 23
milhões em Três Lagoas.
COMPLICADO: O ato de
doar às vítimas gaúchas
ganha espaço na mídia.
Mas infelizmente a política
(sempre ela!) já está inserida
no contexto. São acusações
de golpes por falsários,
por busca de promoção pessoal,
‘fake news’ e posturas
distantes do real sentido
de ajudar. Mas doar, mesmo
por vaidade, é infi nitamente
melhor do que se omitir.
ACOMODADA? Nas redes
sociais a militância petista
perde espaço para o pessoal
da direita. Os petistas,
parados no tempo ainda
do uso de placas e faixas.
Já os adversários, usam
as redes sociais, marcam
posição com eventos e adesivos
nos carros. Lembro:
o comício recente de 1º de
Maio na Av. Paulista mostrou
a fase apática petista.
A PROPÓSITO: A decepção
na Paulista mostrou
que o Governo e Sindicatos
estão distantes do universo
do trabalho. O presidente
Lula chiou com o vazio da
avenida, apesar de 9 ministros
presentes, de ter
renovado as promessas e
enaltecido as conquistas
do Governo. A TV ‘Plim
Plim’ ignorou, enquanto
a oposição criticou surfando
nas redes sociais.
SUGESTÃO: Fato estranho
ou deselegante que se repete
na Assembleia Legislativa.
Convidados da Casa ou
de algum deputado ocupam
a tribuna para discorrer
sobre temas de interesse.
Mas curiosamente o tempo
concedido aos convidados
é no fi nal das sessões,
quando quase todos os
parlamentares já deixaram
o plenário. Evidente, os
convidados não reclamam,
mas não devem gostar.
VERDADES: “.( )..A bomba
climática que devastou
o sul do Brasil revela a limitação,
dos estados e do
governo federal para lidarem
com um problema que
é planetário. Quanto custa
reconstruir um estado? De
quem é o dinheiro e a responsabilidade
para pagar
esse prejuízo? ( ) “Ninguém
consegue mais amenizar
nem resolver um estrago
desse porte. Negócios feitos
nas bolsas de Nova York
ou Tokio acabam afetando,
bem ou mal, a vida de pessoas
comuns, desde Paris até
Lajeado”. (Felipe Sampaio)
PILULAS DIGITAIS:
Quem deseja ver o arco-íris,
precisa aprender a gostar
da chuva. (Paulo Coelho)
100% dos brasileiros
apoiam a liberdade de
expressão – desde que
seja a favor. (na internet)
Eu não vou parar. Estou
apenas começando. O melhor
está por vir. (ex-senador
Pedro Chaves – 83 anos)
De vez em quando caímos
em dúvida, mas logo conhecemos
alguém que restabelece
nossa desconfi ança
no ser humano. (Millôr)
Câmara Federal torrou
R$ 90 mil para 5 deputados
arem o 1º de
maio em Cuba. (internet)
PGR (Lava Jato) é contra
devolver US$ 21
milhões (propinas na
Suiça) ao marqueteiro
João Santana. (internet)
Eu tenho uma porção de
coisas grandes prá conquistar
e eu não posso fi car
aí parado. (Raul Seixas)
Aléx Viana
Não se tem dúvida de que no Brasil impera o recrudescimento no âmbito penal, é por isso que o país tem a 3ª maior população carcerária do...
14 de fevereiro de 2025
Não se tem dúvida de que no Brasil impera o recrudescimento no âmbito penal, é por isso que o país tem a 3ª maior população carcerária do mundo, com mais de 800 mil pessoas presas no sistema penitenciário.
A consequência desse punitivismo exacerbado está no crescente número de demandas judiciais nos Tribunais Superiores, para se ter uma ideia o STF julgou mais HCs nos últimos 15 anos do que nos 100 primeiros anos de sua existência. No ano 2000 o STF recebeu 970 HCs, já em 2023 recebeu 2.760. O STJ no ano 2000 recebeu 3.087, e, em 2023 recebeu 18.227 HCs. Portanto é inquestionável que a demanda dos Tribunais Superiores aumentou consideravelmente.
Esse aumento da demanda vem motivando muitas reclamações dos Ministros. Mas o problema não é a demanda em si, mas, sim, a causa dela. Não existe na nossa cultura jurídica uma cultura de respeito aos precedentes judiciais, vou além, não existe uma cultura de respeito a Constituição e ao Código de Processo Penal. Após 35 anos da promulgação da Constituição de 1988 ainda se discute nos Tribunais o direito da defesa ter o aos autos.
No Brasil os direitos e garantias fundamentais do ser humano não são respeitados, aqui se pratica uma prestação jurisdicional personalíssima, onde o juiz cria uma norma processual própria. Até as prerrogativas da advocacia são transgredidas todos os dias, inclusive pelo STF. Réu e Advogado são tratados como inimigos de Estado.
Mas qual a razão dessa cultura? Certamente a razão mais significativa é a aporofobia, o ódio do sistema em desfavor do pobre. É impossível visualizar os dados e não enxergar que a desigualdade social e a ignorância do povo são as maiores condicionantes da nossa situação atual.
A matéria penal mais tratada no âmbito jurisdicional é relacionada ao tráfico de drogas, nela podemos observar que somente 11,25% das prisões por tráfico advém de investigações prévias, 88,75% advém de prisão em flagrante, desse número 75% são realizados pela polícia militar, e, somente, 15,49% são realizados pela polícia civil. Em suma o sistema enxuga gelo através da polícia militar prendendo peão. (Sentenciando o tráfico: o papel dos juízes no grande encarceramento / Marcelo Semer. – 1.ed. – São Paulo : Trirant lo Blanch, 2019, p. 158/159)
Como o sistema penal mira somente o pobre, o que é inquestionável ao se observar os dados, vigora no país a ideia de que a vida do pobre não tem muito valor, é por isso que a regra em primeira e segunda instância é prender e deixar preso, é por isso que vigora a ideia de que os fins justificam os meios, em que os direitos e garantias fundamentais são relativizados em prol da punição.
É impossível não rememorar Victor Hugo em “O ÚLTIMO DIA DE UM CONDENADO”, que no prefácio se critica que a abolição da guilhotina ocorreu para salvar nobres, isto é, enquanto os guilhotinados eram pobres estava tudo bem: “Se a tivessem proposto, essa desejável abolição, não por conta de quatro ministros despencados das Tuileries em Vincennes, mas por conta do primeiro salteador vindo, por conta de um desses miseráveis que os senhores mal olham quando cruzam com eles na rua, a quem não dirigem a palavra, cujo convívio empoeirado evitam instintivamente, um desse miseráveis, cuja infância maltrapilha correu descalça por ruas lamacentas (...)”.
Assim, não há dúvida que estamos vivendo um choque entre a ideia classista e punitivista do andar de baixo e a ideia progressista do andar de cima. Enquanto o STJ e o STF não efetivamente solidificar a cultura de precedentes, vamos continuar nessa queda de braço, que as instâncias inferiores saem ganhando quando os ministros não deferem de plano a liminar, haja vista o tempo que leva o julgamento do mérito de um HC.
Bispo
No quinto domingo do Tempo Comum, a Diocese de Coxim viveu uma forte experiência vocacional. No Centro Emaús, local de retiro, formação e oração, aconteceu...
14 de fevereiro de 2025
No quinto domingo do Tempo Comum, a Diocese de Coxim viveu uma forte experiência vocacional. No Centro Emaús, local de retiro, formação e oração, aconteceu o Encontro Diocesano de Catequese, reunindo mais de 120 catequistas para um momento de aprendizado e preparação. Com alegria e fé, esses catequistas se fortaleceram espiritualmente para mais um ano de missão, especialmente no acompanhamento das crianças que iniciarão sua caminhada cristã.
Além desse encontro formativo, a diocese também celebrou vocações específicas ao ministério sacerdotal. Dois novos seminaristas, Matheus e Edgar, ingressaram no Seminário Propedêutico, em Dourados, dando o primeiro o concreto em sua caminhada de discernimento. Já o seminarista Paulo Henrique recebeu a ordem do leitorado, um grau da ordem menor, fortalecendo ainda mais seu compromisso com a Igreja. Com a graça de Deus, vemos as vocações florescerem em nossa diocese, um sinal da presença amorosa do Pai que continua a chamar operários para sua messe.
A palavra “vocação” vem do latim vocatio, onis, que significa chamada ou convite. A vocação é um dom da graça divina, que se manifesta de forma sutil em nossos corações, como um sussurro do Senhor. No entanto, essa chamada exige uma resposta, um “sim” generoso e consciente. Embora a vocação seja uma iniciativa de Deus, cabe a cada um acolhê-la e cultivá-la com oração e discernimento. Como nos ensina a Lumen Gentium, “a vocação de todos os fiéis é um chamado à santidade dentro da Igreja”.
Muitas vezes, reduzimos a vocação apenas ao chamado sacerdotal, mas a Igreja nos ensina que há diversas vocações, todas essenciais para a edificação do Reino de Deus. Além da vocação presbiteral, temos a vida consagrada, o matrimônio e até mesmo os diversos ministérios leigos, como o serviço catequético. Cada um, segundo seu carisma, é chamado a testemunhar Cristo no mundo, respondendo ao chamado divino com generosidade e fidelidade.
Diante dessa riqueza vocacional, somos convidados a rezar pelas vocações e a incentivar aqueles que sentem o chamado de Deus. Assim como Jesus disse a Simão Pedro: “Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca” (Lc 5,4), somos desafiados a confiar na vontade do Senhor e responder ao Seu chamado com coragem. E, para aqueles que hesitam, vale lembrar as palavras de Cristo: “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens” (Lc 5,10).
Que possamos, como comunidade de fé, ser um solo fértil onde as vocações possam germinar e dar frutos. Que a graça do Espírito Santo fortaleça todos os que disseram “sim” ao chamado do Senhor, para que possam servir com amor e dedicação na missão que lhes foi confiada.
TV Divino, Pastoral da Comunicação da Catedral São José