domingo, 08 de junho, 2025
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‘EFEITO BOLSONARO’: Em 2018 e 2022 muita gente se elegeu no vácuo dele. Aqui vários exemplos. Hoje o cenário é outro por fatores notórios. Para 2024 ainda é imprevisível a eventual influência do ex-presidente (inelegível) por se tratar de eleição municipal onde – geralmente - pesa em primeiro lugar a pessoalidade das candidaturas.
NA CARONA: Em Campo Grande o esboço do quadro sucessório já indica razoável tendência ou influência do ‘Bolsonarismo’ caracterizado pela presença da senadora Tereza Cristina (PP) como madrinha da prefeita Adriane Lopes no seu ingresso na sigla. E mais, o fato da prefeita ser evangélica é um fator que agrega o conservadorismo.
VITIMIZAÇÃO: O que vai ocorrer com o ex-presidente? É cedo para dizer embora as previsões sejam sombrias pelo que traz o noticiário. Mas a reação do eleitor é sempre imprevisível como já vimos em outros casos. Daí não se pode afirmar, mesmo no caso da procedência das denúncias - que seus partidários irão abandoná-lo.
NOTE BEM: Em política a fidelidade (fanática ou não) não faz distinções da ideologia. Eleitores da direita e esquerda são movidos pelo mesmo sentimento de paixão. No caso do ex-presidente Lula a sua prisão acabou beneficiando-o politicamente. Mas quanto a Bolsonaro o desafio é encontrar um nome que encarne seu estilo de conduta. Quem?
O VÁCUO: Os governadores Romeu Zema (MG), Tarcísio de Freitas (SP) e Eduardo Leite (RS) surgem como pretensos nomes da linha ‘anti PT’. Mas há uma série de fatos que precisam ser avaliados. Existem dúvidas do eleitor na análise destes nomes. Há risco inclusive do desgaste deles se anteciparem o debate sucessório.
DECISIVO? Ainda não há diagnóstico comportamental do eleitor de centro que não vota na esquerda mas que se decepcionou com Bolsonaro. No caso de Campo Grande esse grupo de eleitores ainda não ganhou visibilidade a ponto de ser considerado decisivo. Um amigo denomina esse tipo de eleitorado de ‘órfãos do capitão’. “POR QUE NÃO?” Assim respondeu o deputado Pedrossian Neto (PSD) quando questionado se é candidato à prefeito da capital. E concluiu: “sou sim pré-candidato; há candidato da esquerda, da direita, do governador e a própria prefeita postulando a reeleição. Portanto há um vácuo no processo faltando o representante do centro”.
ANIMADO: Outro deputado que mira a prefeitura é Lucas de Lima (PDT) que tem consciência da oportunidade ‘sui generis’ que se abriu nestas eleições. Aliás, a direção nacional do PDT acompanha seu desempenho nas pesquisas e avalia suas chances de competir. Ao seu estilo, ele está gostando do ‘jogo’ onde a popularidade tem peso real.
ROSE MODESTO: É a nossa melhor representante no Planalto. Na Sudeco inova; nos próximos dias 28, 29 e 30 estará na capital com a ‘Caravana da Sudeco’ junto com 2 ministros para atendimento aos pequenos empresários. Outra boa notícia: a Sudeco deve liberar recursos para a preservar o Pantanal com juros especiais. Enfim, essa é a Rose.
FESTA DO PODER: Governador, deputados, prefeitos e vereadores no mesmo espaço. O clima não poderia ser diferente: abraços, tapinha nas costas, fotos, sorrisos largos e fofocas no saguão da Assembleia Legislativa. Momentos gratificantes para aqueles que lutaram tanto para chegar ao poder. Isso se chama política.
CAINDO DO CÉU: As emendas parlamentares sempre vem na hora certa para os deputados socorrerem prefeituras e entidades. É dinheiro para a compra de ambulâncias, equipamentos hospitalares, reformas de unidades de saúde, material cirúrgico, parque infantil, aquecedor de piscina, instrumentos musicais e outras necessidades.
MESMICE: Gosto de conversar com os vereadores interioranos. Ao seu estilo, fazem o relato sem retoques do quadro político em que vivem. As cidades, é claro, continuam divididas em 2 grupos: a favor e contra o prefeito. Mas todos eles reclamam da postura costumeira e insaciável do eleitor sempre à procura (diuturna) de alguma vantagem.
‘MORDIDAS’: Os vereadores questionam - ‘e como fugir delas?’ São os remédios, o dinheiro para pagar a prestação vencida, a agem de ônibus, o botijão de gás, o conserto da moto, da bicicleta ou do celular. Os vereadores lembram que o dinheiro do salário normalmente desaparece transformando o status do mandato em mera ilusão.
REELEIÇÃO: Numa pesquisa informal dentre os prefeitos em condições legais de disputa, nenhum deles manifestou vontade de desistir da tentativa de reeleição em 2024. Os argumentos - variando apenas nos termos usados – se referem a necessidade de conclusão do projeto istrativo prometido nas eleições. O poder fascina mesmo!
CONCORRÊNCIA: É marcante no segmento religioso das aldeias indígenas. Segundo o vereador indígena (Kaiowá) de Douradina - Marcelo Quevedo (PSDB), eleito com 226 votos, na aldeia local de mil pessoas funcionam 10 igrejas. Portanto, presumo - não seria por falta de religiosidade que a comunidade deixaria de resolver suas demandas.
GETÚLIO VARGAS: “( - ) Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, as calúnias não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro o no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História”. (Trecho final da ‘Carta Testamento’)
DETALHES: Em 1897, aos 14 anos de idade Getúlio Vargas, estudou em Ouro Preto (capital mineira até 12/12/1897) no curso preparatória de Engenharia. Seus irmãos Protásio e Viriato também estudavam lá. Esse último, foi acusado de matar o estudante paulista Carlos Almeida Prado, com 2 tiros, motivando o retorno deles ao Sul do país.
CORUMBÁ: Em 1903 Getúlio ingressou no Exército chegando a 2º sargento. Como havia a disputa do Brasil e Bolívia pelo Acre ele veio para Corumbá como voluntário, mas com a solução diplomática do conflito, retornou a Porto Alegre. Não há detalhes de sua estadia na ‘Cidade Branca’, onde a maioria da população desconhece o fato. Pena!
LEITE AZEDO: Café amigo com o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL). Na pauta os excessos na importação (imposto zero) de leite dos países do Mercosul que prejudica os produtores brasileiros. Nogueira acredita na aprovação da PDL para derrubar aquela resolução do Governo Federal – sob pena do leite nosso perder a competitividade pelo preço baixo no mercado.
‘DROGAS’: Confusa essa questão do tráfico & consumo. A realidade difere da justiça que está discutindo a quantidade de maconha a ser permitida, como se os envolvidos e interessados no assunto tão delicado fossem sérios. Desse jeito a polícia, os usuários e os traficantes terão que usar a balança para aferir o peso da droga nas mais diferentes situações. Ora! Não é difícil prever no que isso vai dar.
Aléx Viana
Não se tem dúvida de que no Brasil impera o recrudescimento no âmbito penal, é por isso que o país tem a 3ª maior população carcerária do...
14 de fevereiro de 2025
Não se tem dúvida de que no Brasil impera o recrudescimento no âmbito penal, é por isso que o país tem a 3ª maior população carcerária do mundo, com mais de 800 mil pessoas presas no sistema penitenciário.
A consequência desse punitivismo exacerbado está no crescente número de demandas judiciais nos Tribunais Superiores, para se ter uma ideia o STF julgou mais HCs nos últimos 15 anos do que nos 100 primeiros anos de sua existência. No ano 2000 o STF recebeu 970 HCs, já em 2023 recebeu 2.760. O STJ no ano 2000 recebeu 3.087, e, em 2023 recebeu 18.227 HCs. Portanto é inquestionável que a demanda dos Tribunais Superiores aumentou consideravelmente.
Esse aumento da demanda vem motivando muitas reclamações dos Ministros. Mas o problema não é a demanda em si, mas, sim, a causa dela. Não existe na nossa cultura jurídica uma cultura de respeito aos precedentes judiciais, vou além, não existe uma cultura de respeito a Constituição e ao Código de Processo Penal. Após 35 anos da promulgação da Constituição de 1988 ainda se discute nos Tribunais o direito da defesa ter o aos autos.
No Brasil os direitos e garantias fundamentais do ser humano não são respeitados, aqui se pratica uma prestação jurisdicional personalíssima, onde o juiz cria uma norma processual própria. Até as prerrogativas da advocacia são transgredidas todos os dias, inclusive pelo STF. Réu e Advogado são tratados como inimigos de Estado.
Mas qual a razão dessa cultura? Certamente a razão mais significativa é a aporofobia, o ódio do sistema em desfavor do pobre. É impossível visualizar os dados e não enxergar que a desigualdade social e a ignorância do povo são as maiores condicionantes da nossa situação atual.
A matéria penal mais tratada no âmbito jurisdicional é relacionada ao tráfico de drogas, nela podemos observar que somente 11,25% das prisões por tráfico advém de investigações prévias, 88,75% advém de prisão em flagrante, desse número 75% são realizados pela polícia militar, e, somente, 15,49% são realizados pela polícia civil. Em suma o sistema enxuga gelo através da polícia militar prendendo peão. (Sentenciando o tráfico: o papel dos juízes no grande encarceramento / Marcelo Semer. – 1.ed. – São Paulo : Trirant lo Blanch, 2019, p. 158/159)
Como o sistema penal mira somente o pobre, o que é inquestionável ao se observar os dados, vigora no país a ideia de que a vida do pobre não tem muito valor, é por isso que a regra em primeira e segunda instância é prender e deixar preso, é por isso que vigora a ideia de que os fins justificam os meios, em que os direitos e garantias fundamentais são relativizados em prol da punição.
É impossível não rememorar Victor Hugo em “O ÚLTIMO DIA DE UM CONDENADO”, que no prefácio se critica que a abolição da guilhotina ocorreu para salvar nobres, isto é, enquanto os guilhotinados eram pobres estava tudo bem: “Se a tivessem proposto, essa desejável abolição, não por conta de quatro ministros despencados das Tuileries em Vincennes, mas por conta do primeiro salteador vindo, por conta de um desses miseráveis que os senhores mal olham quando cruzam com eles na rua, a quem não dirigem a palavra, cujo convívio empoeirado evitam instintivamente, um desse miseráveis, cuja infância maltrapilha correu descalça por ruas lamacentas (...)”.
Assim, não há dúvida que estamos vivendo um choque entre a ideia classista e punitivista do andar de baixo e a ideia progressista do andar de cima. Enquanto o STJ e o STF não efetivamente solidificar a cultura de precedentes, vamos continuar nessa queda de braço, que as instâncias inferiores saem ganhando quando os ministros não deferem de plano a liminar, haja vista o tempo que leva o julgamento do mérito de um HC.
Bispo
No quinto domingo do Tempo Comum, a Diocese de Coxim viveu uma forte experiência vocacional. No Centro Emaús, local de retiro, formação e oração, aconteceu...
14 de fevereiro de 2025
No quinto domingo do Tempo Comum, a Diocese de Coxim viveu uma forte experiência vocacional. No Centro Emaús, local de retiro, formação e oração, aconteceu o Encontro Diocesano de Catequese, reunindo mais de 120 catequistas para um momento de aprendizado e preparação. Com alegria e fé, esses catequistas se fortaleceram espiritualmente para mais um ano de missão, especialmente no acompanhamento das crianças que iniciarão sua caminhada cristã.
Além desse encontro formativo, a diocese também celebrou vocações específicas ao ministério sacerdotal. Dois novos seminaristas, Matheus e Edgar, ingressaram no Seminário Propedêutico, em Dourados, dando o primeiro o concreto em sua caminhada de discernimento. Já o seminarista Paulo Henrique recebeu a ordem do leitorado, um grau da ordem menor, fortalecendo ainda mais seu compromisso com a Igreja. Com a graça de Deus, vemos as vocações florescerem em nossa diocese, um sinal da presença amorosa do Pai que continua a chamar operários para sua messe.
A palavra “vocação” vem do latim vocatio, onis, que significa chamada ou convite. A vocação é um dom da graça divina, que se manifesta de forma sutil em nossos corações, como um sussurro do Senhor. No entanto, essa chamada exige uma resposta, um “sim” generoso e consciente. Embora a vocação seja uma iniciativa de Deus, cabe a cada um acolhê-la e cultivá-la com oração e discernimento. Como nos ensina a Lumen Gentium, “a vocação de todos os fiéis é um chamado à santidade dentro da Igreja”.
Muitas vezes, reduzimos a vocação apenas ao chamado sacerdotal, mas a Igreja nos ensina que há diversas vocações, todas essenciais para a edificação do Reino de Deus. Além da vocação presbiteral, temos a vida consagrada, o matrimônio e até mesmo os diversos ministérios leigos, como o serviço catequético. Cada um, segundo seu carisma, é chamado a testemunhar Cristo no mundo, respondendo ao chamado divino com generosidade e fidelidade.
Diante dessa riqueza vocacional, somos convidados a rezar pelas vocações e a incentivar aqueles que sentem o chamado de Deus. Assim como Jesus disse a Simão Pedro: “Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca” (Lc 5,4), somos desafiados a confiar na vontade do Senhor e responder ao Seu chamado com coragem. E, para aqueles que hesitam, vale lembrar as palavras de Cristo: “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens” (Lc 5,10).
Que possamos, como comunidade de fé, ser um solo fértil onde as vocações possam germinar e dar frutos. Que a graça do Espírito Santo fortaleça todos os que disseram “sim” ao chamado do Senhor, para que possam servir com amor e dedicação na missão que lhes foi confiada.
TV Divino, Pastoral da Comunicação da Catedral São José