sábado, 07 de junho, 2025
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REFORMA TRIBUTÁRIA: Quadro preocupante. Saem o ICMS, ISS, Cofins, IPI – entram o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), IS (Imposto Seletivo). MS perderá a autonomia, arrecadação e capacidade de atrair investimentos - será o penúltimo no recebimento do fundo de compensação, superior apenas ao Distrito Federal.
DESABAFO: “O Centro-Oeste é, hoje, uma das regiões mais prejudicadas. Cinco estados são super ganhadores nesta reforma e outros cinco grandes perdedores de arrecadação, em uma visão de médio a longo prazo, 20 a 40 anos. No centro-oeste temos três prejudicados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goias.” (Mauro Mendes, (União) governador de MT)
BRONCA: “Em nome da reforma tributária você quase dissolve a Federação. Eu o a ser o quê? Ordenador de despesa? Eu recebo mesada, reo, o município recebe e rea. Então, qual é a iniciativa do governador, do prefeito? Nós, do Centro-Oeste, não tivemos as condições de outras estados, litorâneos, ou em condições que foram em primeiro lugar ali trabalhadas, no sentido de infraestrutura.” (Ronaldo Caiado (União) – governador de Goiás)
ANÁLISE: O governador Riedel (PSDB) lembra que não haverá mudança a curto prazo e que o período de transição irá até 2033. Ele está preocupado é com o critério de distribuição de recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e população. Ele pretende atuar fortemente no Senado para fazer alterações que amenizem a situação.
DETALHES: Hoje o ICMS cobrado dentro do MS fica com o Estado. Nas operações interestaduais, a arrecadação é repartida entre o estado produtor/exportador e o estado consumidor/importador. Com a reforma virá o fim dos benefícios fiscais que ajudou o MS a atrair investimentos de empresas. Os Estados estarão atrelados ao IVA e proibidos de ter sua alíquota diferente. Na outra ponta ganharão os Estados (São Paulo e Rio) que produzem muito e tem consumo alto.
LUTO: Perdemos o Osmar Dutra. Companheiro de todas as horas do ex-governador Pedro Pedrossian de quem foi Chefe da Casa Civil. Afável, não se embriagou nos cargos. Marcou pela fidelidade, postura rara hoje em dia. Ficam a lembrança e a saudade. E quando isso ocorre, ‘não é parte do ado. É sempre presente’.
LULA LÁ! Lula botando ‘as manguinhas de fora’. Primeiro culpou a invadida Ucrânia pelo conflito metendo-se a mediador não consultado. Também criticou Israel e releva as ações do Hamas. Para completar, ressuscitou os sindicatos – dos quais o comércio ficará refém para poder abrir nos feriados e domingos. Entraves burocráticos e mais custos em plena crise.
NA FRENTE: Cerca de 647 atividades de baixo risco são isentas de alvarás e taxas em Chapadão do Sul, o que explica o sucesso da gestão do prefeito João C. Krug (PSDB), pioneira em matéria de desburocratização. Krug é referência na safra atual de gestores com espaço garantido no futuro cenário político do MS. Há ‘dois Chapadões’ – antes e depois de Krug.
GERSON CLARO: O presidente da Assembleia Legislativa comemora o avanço no ranking da transparência nacional de 17ª. para 6ª. lugar. O item transparência (100%) foi essencial, somando-se as adequações no site oficial e a utilização de novas ferramentas que deram maior velocidade à navegação aos internautas, de quem só há elogios.
TIRO NO PÉ: No oceano político a Senadora Soraya Thronicke protagoniza a ostra, só produz pérolas. Indicada pela Executiva Nacional assumirá a presidência do Podemos MS no lugar de Sergio Murilo organizador da sigla em 40 municípios. O clima é de revolta e pela traição os vereadores devem deixar o partido. Soraya é reincidente – Bolsonaro foi a primeira vítima.
Aléx Viana
Não se tem dúvida de que no Brasil impera o recrudescimento no âmbito penal, é por isso que o país tem a 3ª maior população carcerária do...
14 de fevereiro de 2025
Não se tem dúvida de que no Brasil impera o recrudescimento no âmbito penal, é por isso que o país tem a 3ª maior população carcerária do mundo, com mais de 800 mil pessoas presas no sistema penitenciário.
A consequência desse punitivismo exacerbado está no crescente número de demandas judiciais nos Tribunais Superiores, para se ter uma ideia o STF julgou mais HCs nos últimos 15 anos do que nos 100 primeiros anos de sua existência. No ano 2000 o STF recebeu 970 HCs, já em 2023 recebeu 2.760. O STJ no ano 2000 recebeu 3.087, e, em 2023 recebeu 18.227 HCs. Portanto é inquestionável que a demanda dos Tribunais Superiores aumentou consideravelmente.
Esse aumento da demanda vem motivando muitas reclamações dos Ministros. Mas o problema não é a demanda em si, mas, sim, a causa dela. Não existe na nossa cultura jurídica uma cultura de respeito aos precedentes judiciais, vou além, não existe uma cultura de respeito a Constituição e ao Código de Processo Penal. Após 35 anos da promulgação da Constituição de 1988 ainda se discute nos Tribunais o direito da defesa ter o aos autos.
No Brasil os direitos e garantias fundamentais do ser humano não são respeitados, aqui se pratica uma prestação jurisdicional personalíssima, onde o juiz cria uma norma processual própria. Até as prerrogativas da advocacia são transgredidas todos os dias, inclusive pelo STF. Réu e Advogado são tratados como inimigos de Estado.
Mas qual a razão dessa cultura? Certamente a razão mais significativa é a aporofobia, o ódio do sistema em desfavor do pobre. É impossível visualizar os dados e não enxergar que a desigualdade social e a ignorância do povo são as maiores condicionantes da nossa situação atual.
A matéria penal mais tratada no âmbito jurisdicional é relacionada ao tráfico de drogas, nela podemos observar que somente 11,25% das prisões por tráfico advém de investigações prévias, 88,75% advém de prisão em flagrante, desse número 75% são realizados pela polícia militar, e, somente, 15,49% são realizados pela polícia civil. Em suma o sistema enxuga gelo através da polícia militar prendendo peão. (Sentenciando o tráfico: o papel dos juízes no grande encarceramento / Marcelo Semer. – 1.ed. – São Paulo : Trirant lo Blanch, 2019, p. 158/159)
Como o sistema penal mira somente o pobre, o que é inquestionável ao se observar os dados, vigora no país a ideia de que a vida do pobre não tem muito valor, é por isso que a regra em primeira e segunda instância é prender e deixar preso, é por isso que vigora a ideia de que os fins justificam os meios, em que os direitos e garantias fundamentais são relativizados em prol da punição.
É impossível não rememorar Victor Hugo em “O ÚLTIMO DIA DE UM CONDENADO”, que no prefácio se critica que a abolição da guilhotina ocorreu para salvar nobres, isto é, enquanto os guilhotinados eram pobres estava tudo bem: “Se a tivessem proposto, essa desejável abolição, não por conta de quatro ministros despencados das Tuileries em Vincennes, mas por conta do primeiro salteador vindo, por conta de um desses miseráveis que os senhores mal olham quando cruzam com eles na rua, a quem não dirigem a palavra, cujo convívio empoeirado evitam instintivamente, um desse miseráveis, cuja infância maltrapilha correu descalça por ruas lamacentas (...)”.
Assim, não há dúvida que estamos vivendo um choque entre a ideia classista e punitivista do andar de baixo e a ideia progressista do andar de cima. Enquanto o STJ e o STF não efetivamente solidificar a cultura de precedentes, vamos continuar nessa queda de braço, que as instâncias inferiores saem ganhando quando os ministros não deferem de plano a liminar, haja vista o tempo que leva o julgamento do mérito de um HC.
Bispo
No quinto domingo do Tempo Comum, a Diocese de Coxim viveu uma forte experiência vocacional. No Centro Emaús, local de retiro, formação e oração, aconteceu...
14 de fevereiro de 2025
No quinto domingo do Tempo Comum, a Diocese de Coxim viveu uma forte experiência vocacional. No Centro Emaús, local de retiro, formação e oração, aconteceu o Encontro Diocesano de Catequese, reunindo mais de 120 catequistas para um momento de aprendizado e preparação. Com alegria e fé, esses catequistas se fortaleceram espiritualmente para mais um ano de missão, especialmente no acompanhamento das crianças que iniciarão sua caminhada cristã.
Além desse encontro formativo, a diocese também celebrou vocações específicas ao ministério sacerdotal. Dois novos seminaristas, Matheus e Edgar, ingressaram no Seminário Propedêutico, em Dourados, dando o primeiro o concreto em sua caminhada de discernimento. Já o seminarista Paulo Henrique recebeu a ordem do leitorado, um grau da ordem menor, fortalecendo ainda mais seu compromisso com a Igreja. Com a graça de Deus, vemos as vocações florescerem em nossa diocese, um sinal da presença amorosa do Pai que continua a chamar operários para sua messe.
A palavra “vocação” vem do latim vocatio, onis, que significa chamada ou convite. A vocação é um dom da graça divina, que se manifesta de forma sutil em nossos corações, como um sussurro do Senhor. No entanto, essa chamada exige uma resposta, um “sim” generoso e consciente. Embora a vocação seja uma iniciativa de Deus, cabe a cada um acolhê-la e cultivá-la com oração e discernimento. Como nos ensina a Lumen Gentium, “a vocação de todos os fiéis é um chamado à santidade dentro da Igreja”.
Muitas vezes, reduzimos a vocação apenas ao chamado sacerdotal, mas a Igreja nos ensina que há diversas vocações, todas essenciais para a edificação do Reino de Deus. Além da vocação presbiteral, temos a vida consagrada, o matrimônio e até mesmo os diversos ministérios leigos, como o serviço catequético. Cada um, segundo seu carisma, é chamado a testemunhar Cristo no mundo, respondendo ao chamado divino com generosidade e fidelidade.
Diante dessa riqueza vocacional, somos convidados a rezar pelas vocações e a incentivar aqueles que sentem o chamado de Deus. Assim como Jesus disse a Simão Pedro: “Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca” (Lc 5,4), somos desafiados a confiar na vontade do Senhor e responder ao Seu chamado com coragem. E, para aqueles que hesitam, vale lembrar as palavras de Cristo: “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens” (Lc 5,10).
Que possamos, como comunidade de fé, ser um solo fértil onde as vocações possam germinar e dar frutos. Que a graça do Espírito Santo fortaleça todos os que disseram “sim” ao chamado do Senhor, para que possam servir com amor e dedicação na missão que lhes foi confiada.
TV Divino, Pastoral da Comunicação da Catedral São José