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Transformando Dor em Coragem: A Jornada de João Felipe, 25 anos e um diagnóstico de luta e esperança 243n6u

Dizem que Deus escolhe os for- tes, e acredito que após minha cirurgia e minha cura eu possa servir de testemunho para outras pessoas que este- jam ando por dificuldades também.

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2 de maio de 2025

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(Glenda Melo - Diário do Estado)

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Nosso entrevistado da semana viu sua vida mudar drasticamente do dia para noite após um diagnóstico da descoberta de um tumor que segundo os médicos podem o deixar sem movimentos e em uma cadeira de rodas, mas entre se lamentar e lutar ele escolheu lutar pela sua vida.
Nos últimos dias esse morador de Coxim viu seu rosto e sua história estampados em uma vaquinha virtual criada por uma amiga para uma cirurgia que pode mudar o final dessa história, colocando fim em um drama e trazendo um final feliz.
João Felipe Bello Tio, 25 anos, motoboy, devoto de Nossa Senhora Aparecida, apaixonado por moto, um jovem cheio de vida que adora sair com os amigos, tinha uma rotina de trabalho e vida social normal como tanto outros jovens recebeu esta jornalista em sua casa, junto de sua mãe e demais parentes para uma entrevista emocionante e uma verdadeira lição de fé e resiliência. Acompanhe essa entrevista e se emocione junto com a gente.

Diário do Estado: Vamos lá João, primeiro queria te agradecer por nos receber aqui na sua casa em meio a esse turbilhão que virou sua vida nesses últimos meses.
João Felipe:
Glenda, eu que agradeço a oportunidade que vocês estão me dando de contar um pouco a minha história, para que as pessoas saibam de fato como tudo começou, como estão e quais serão os meus próximos os.

Diário do Estado: Como era sua vida antes de tudo virar de ponta cabeça? e já já você vai contar para gente sobre o diagnóstico, mas antes vamos falar dos meses que antecederam seu diagnóstico
João Felipe:
Minha vida era normal, como de tantos jovens, acordava cedo, trabalhava há 2 anos na pró animal estava trabalhando quando comecei sentir algumas dores, mas como eu já havia feito uma cirurgia no tendão achei que as dores e formigamentos que comecei a sentir eram por conta dessa cirurgia, mal sabia que era algo bem mais sério, trabalhava o dia todo, chegava em casa no final do dia, gostava de praticar esportes jogava beach tennis, ia para igreja com frequência, sou católico praticamente, muito devoto de Nossa Senhora, tudo que eu gostava de fazer não posso fazer mais, minha vida está em suspenso.

Diário do Estado: Então em novembro de 2024 você começa a sentir que alguma coisa estava errada?
João Felipe:
Sim, principalmente por conta das dormências, e o lado que começou a ser comprometido foi o lado esquerdo, braço esquerdo, mão esquerda, perna e pé, as dores também começaram, aram de áveis ao nível que eu não dormia mais com tanta dor, ei então fazer uso com frequência dos remédios a base de morfina.

Diário do Estado: E a partir daí o que você faz?
João Felipe:
Eu então marco uma consulta com o Dr Claudomiro aqui em Coxim, ele me disse que essas dores e dormências não seriam por conta da minha cirurgia do tendão, ele me ou alguns exames em específico um exame chamado ELETRONEUROMIOGRAFIA que é basicamente para ver nossa sensibilidade, Dr Claudomiro também já me disse que eu teria que  ar por um neurologista em Campo Grande, esse olhar mais apurado do Dr Claudomiro foi determinante para que eu buscasse ajuda fora para o meu caso e recebesse logo esse diagnóstico para começar o tratamento.

Diário do Estado:  Você em seguida deixa Coxim e segue para Campo Grande para os exames, mas você imaginava que seria alguma coisa tão grave? E como foi o exame?
João Felipe:
Nem de longe, fui preocupado sim, mas não imaginei que seria isso. Cheguei em CG fiz esse exame, o ELETRONEUROMIOGRAFIA com o Dar Nilson Moro, que constatou que todo meu lado esquerdo do corpo estava " morrendo" se assim eu posso dizer, eu já havia perdido toda a sensibilidade deste lado do corpo, esse exame  era basicamente colocar agulhas em todo meu corpo, e foi aí que descobri que poderia ser mais sério do que eu imaginava, então fui encaminhado para o Neurologista Dr Eurico, que me internou na Santa Casa de Campo  Grande, fiquei 8 dias internado fazendo exames entre ressonância e outros exames e aí veio o diagnóstico: EU TENHO UM TUMOR QUE ESTA COMPRIMINDO A MINHA COLUNA

Diário do Estado: E você se lembra como o médico te falou isso? e como foi receber essa notícia?
João Felipe:
Ele me disse que havia sido encontrado esse tumor na minha coluna e que esse tumor estava comprimindo minha medula e que já havia começado a comprometer meus movimentos e que eu precisava operar o quanto antes, o caso poderia progredir rapidamente e a consequência é essa que estou vivendo hoje, já com o lado esquerdo do meu corpo bastante comprometido, já não me visto sem ajuda, perdi minha autonomia e independência, preciso da minha família e amigos para fazer o básico como me vestir, amarrar os cadarços, ando com a ajuda de muleta e bengala e se eu não operar logo o quadro pode piorar ainda mais  e logo meu corpo todo pode ser comprometido.
Diário do Estado: E porque a cirurgia já não foi feita em Campo Grande pelo SUS?
João Felipe: Foi bem em uma época que alguns médicos deixaram a Santa Casa e não havia naquele momento um especialista para me operar e minha cirurgia era e emergência e naquele momento não havia disponibilidade 

Diário do Estado: Entre você receber esse diagnóstico e hoje você acha que o quadro evoluiu?
João Felipe:
Sem dúvida, muito rápido de janeiro até agora piorou muito, muito mesmo, faço uso contínuo de remédios muito fortes para aliviar as dores e perder os movimentos foi muito rápido, hoje dependo das pessoas para absolutamente tudo e não faço mais as coisas que mais gosto na vida como pilotar minha moto, sair com amigos, jogar, cozinhar para os meus amigos, coisas que para as pessoas são coisas bobas mas são importantes, ter nossa independência e autonomia são coisas que nos traz dignidade, hoje nem trabalhar posso mais.

Diário do Estado: E como está sua situação no trabalho?
João Felipe:
Infelizmente estou encostado pelo INSS, não tenho condição de trabalhar, mas todos lá são muito carinhosos comigo, preocupados, atenciosos, minha chefe a Dayana todos os dias fala comigo, me pergunta se estou precisando de alguma coisa, mas se Deus quiser logo vou poder retomar minha vida, andar normalmente, voltar a andar na minha moto, praticar meus esportes, cozinhar, ir à igreja, me vestir sozinho, fazer minhas coisas que hoje dou muito mais valor.

Diário do Estado:  Você me disse que é muito religioso e devoto de Nossa Senhora o emocional está balançado eu imagino.
João Felipe:
Essa é a parte que pesa Glenda, sinto as vezes meu emocional bem fragilizado, tenho chorado muito, rezado muito, pedindo para Deus que não me deixe fraquejar na minha fé e que eu não desista e que tire de mim os pensamentos que tenho as vezes.

Diário do Estado: Que pensamentos?
João Felipe:
Glenda, estou ando um período bastante difícil, em que um jovem de 25 anos está privado de fazer as coisas que mais gosta, eu confesso para você que pensei em alguns momentos de fraqueza e desespero que tive em tirar minha vida e acabar com esse sofrimento, mas agora compreendo que tudo que está acontecendo comigo é por permissão de Deus dizem que Deus escolhe os fortes, e também acredito que após minha cirurgia e minha cura eu possa servir de testemunho para outras pessoas que estejam ando por dificuldades também como eu o agora.

Diário do Estado: Vamos falar sobre a ideia da vaquinha virtual que está rodando por aí em todo estado, de quem foi a ideia?
João Felipe:
Glenda, acredito que Deus muitas vezes envia para nossa vida anjos em forma humana, em forma de amigos, foi isso que ele fez no momento em que eu mais precisava, realmente, conhecemos os verdadeiros amigos, aqueles que se importam com a gente nos momentos de dificuldade, tenho a sorte ou benção, não sei qual adjetivo usar de ter alguns desses anjos e eles se chamam, Fernanda, Cadú e mãe. A ideia da vaquinha foi da Fernanda, ela me ligou pediu meus dados e disse que iria fazer uma vaquinha virtual para que eu arrecadasse o valor necessário para a minha cirurgia. Desde que minha vida virou de ponta cabeça Cadú que é professor, e Fernanda que estuda enfermagem na UFMS aqui em Coxim não tem me deixado em nenhum momento sozinho, apesar de trabalharem e estudarem eles se desdobram para estarem ao meu lado, me tiram de casa para que eu possa sair um pouco, ver gente, e por conta da minha dificuldade de mobilidade agora não posso sair sozinho pois coisas que antes eu fazia como andar normalmente já não faço mais, ando com dificuldade, me desiquilibro, eles me levam para ver os jogos, para ver filmes, fazem almoços ou jantas para mim, sempre estão inventando alguma coisa para que eu possa sair de casa e não fique em casa, pois eu já havia tido depressão e ansiedade então eles tem essa preocupação também.

Diário do Estado: Em algum momento você imaginou que sua história teria essa proporção quando a Fernanda resolveu fazer a vaquinha?
João Felipe:
Jamais, hoje as pessoas vem aqui em casa fazer doação de algum valor em dinheiro, ontem mesmo um senhor parou seu carro na frente de casa, minha mãe foi até lá e ele disse : É aqui que mora o menino que precisa do dinheiro para fazer a cirurgia? São coisas que emocionam a gente Glenda, ele nem me conhece, e tem sido assim, pessoas que não conheço, de Coxim, Sonora, Rio Verde, Pedro Gomes, Dourados, Campo Grande, ainda existem pessoas boas no mundo, que se preocupam com o outro sem esperar nada em troca, eu quero agradecer cada um que está me ajudando com qualquer valor, as pessoas ajudam como podem e isso que importa, o pouco com Deus é muito.

Diário do Estado: João, tem algum projeto que foi adiado por conta de tudo isso?
João Felipe:
Todos Glenda, sonhos, eu não sou uma pessoa apegada em dinheiro, bens materiais, como você pode ver minha casa é simples, minha vida é simples como de tanta gente que trabalha, estuda, luta, tem sonhos, esperança de melhorar na vida, dar uma boa vida para minha mãe, eu nunca quis muito da vida, eu já era feliz com a vida que tinha, mas como tocar sonhos e projetos sem saúde? É impossível apesar de ser uma pessoa de fé não ter medo, sou jovem, tenho muitos sonhos para realizar, muita coisa que não fiz que ainda quero fazer e se eu perder meus movimentos vou me limitar em muita coisa, vou ter que reaprender a fazer tudo de uma outra forma.

Diário do Estado: Qual seu maior medo João?
João Felipe:
Não conseguir fazer essa cirurgia e não poder mais andar, voltar a ter minha vida de volta (nesse momento João se emociona e chora)

Diário do Estado: João, sua mãe está aqui ao nosso lado acompanhando essa entrevista, posso fazer uma pergunta para ela?
João Felipe:
Claro que sim Glenda.

Diário do Estado: Dona Rosidelma, como é para senhora como mãe acompanhar toda essa luta do seu filho?
Dona Rosidelma:
(Dona Rosidelma se emociona bastante e chora, em seguida me responde: Para mim como mãe é muito difícil ver meu filho assim, nenhuma mãe aguenta ver um filho sofrer, João tinha uma vida normal, hoje ver meu filho depender da gente é muito difícil, ver ele sofrendo, triste, chorando, sem esperança as vezes, com pensamentos ruins, um dia esta tudo bem no outro começa essa luta, essa corrida contra o tempo para conseguir esse dinheiro, ele precisa fazer essa cirurgia logo para também começar a fisioterapia para que a vida dele volte ao normal o quanto antes, o que temos ado não é fácil para nenhuma família, se eu pudesse trocaria de lugar com meu filho, ele sempre foi um menino muito bom, nunca fez mal para ninguém, a ente só espera conseguir o valor dessa cirurgia logo, para que ele opere e todo esse sofrimento termine.

Diário do Estado: Você me disse que estava pagando uma viagem para APARECIDA,quando é essa viagem?
João Felipe:
A viagem já está paga, eu vinha pagando esse pacote de viagem e se Deus quiser vou poder ir para agradecer a benção da minha cura 

Diário do Estado: Quais os próximos os agora João?
João Felipe:
Dia 13 agora de maio embarco para Brasília, vou até o Hospital Sarah Kubitschek que é especializado em casos como o meu, vou tentar minha cirurgia por lá também, torçam por mim.

Diário do Estado: João antes de encerrar gostaria de agradecer por você nos conceder essa entrevista, você disse que ainda não havia falado com ninguém sobre sua história e agradeço por confiar no Jornal Diário do Estado para sermos os primeiros a contar sua história.
João Felipe:
Glenda, eu que agradeço por você contar minha história, vir até minha casa, conhecer minha realidade e levar minha história para tantas pessoas, também quero aproveitar para agradecer novamente cada pessoa que doou até agora, independente de valor o que importa é o gesto e aqueles que estão ajudando com a minha cura, espero agradecer cada um que ajudou assim que conseguir fazer a minha cirurgia e acredito que este dia está próximo, se Deus permitir chegaremos nesse valor de 40.000 ( quarenta mil reais) ainda neste mês de maio, que Deus abençoe todos que doaram até agora e quem puder doar eu agradeço de todo meu coração, agradeço as pessoas que estão em oração por mim e que acreditam que sairei vencedor dessa batalha, eu jamais terei como pagar tudo que vocês estão fazendo, mas em minhas orações diárias estão todos que estão segurando na minha mão, muito obrigado por tudo. OREM POR MIM!

Caso seja necessário entrar em contato com o João Felipe, o celular dele com WhatsApp é: (67) 9 9667 8090.
Ajude! Qualquer valor será bem-vindo, usando a chave Pix: [email protected]

Entrevista

A médica, a mãe e a mulher por trás do jaleco: A inspiradora trajetória da psiquiatra Camila Molina 1t631e

Nossa entrevista da semana é com uma mulher que carrega, em cada gesto e palavra, a delicadeza e a força de quem escolheu cuidar da mente e da alma das pessoas. Recebemos com muito...

A médica, a mãe e a mulher por trás do jaleco: A inspiradora trajetória da psiquiatra Camila Molina

6 de junho de 2025

A médica, a mãe e a mulher por trás do jaleco: A inspiradora trajetória da psiquiatra Camila Molina

 

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Nossa entrevista da semana é com uma mulher que carrega, em cada gesto e palavra, a delicadeza e a força de quem escolheu cuidar da mente e da alma das pessoas.
Recebemos com muito carinho a médica Camila Molina Kern, de 37 anos, psiquiatra formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, uma profissional dedicada, que faz da escuta e do acolhimento as bases do seu trabalho.
Mas, além da médica, conhecemos também a mulher, a esposa e a mãe: Camila é casada com o também médico Felipe Gomes Ferreira, com quem construiu uma linda família. Juntos, são pais do Matheus, de 7 anos, e da pequena Maitê, de 3 anos, dois grandes amores que, segundo ela, dão ainda mais sentido à sua missão de cuidar das pessoas.
Hoje, vamos conversar sobre sua trajetória, os desafios e encantos da psiquiatria, e sobre o equilíbrio entre a profissão e a maternidade. Seja muito bem-vinda, doutora Camila é uma alegria ter você conosco!

Diário do Estado: Como a senhora definiria saúde mental e qual a sua importância na vida cotidiana?
Dra. Camila:
Saúde mental é um conjunto de aspectos da vida emocional, social, psicológica que afeta a forma como interpretamos, sentimos e nos comportamos. 

Diário do Estado:  Quais são os principais fatores que influenciam a saúde mental de uma pessoa?
Dra. Camila:
Autoconhecimento seria o principal fator, seguido de capacidade de lidar com emoções ditas negativas, como tristeza e raiva e sem dúvida, manter relacionamentos saudáveis (não me refiro a relacionamentos românticos apenas, mas amizades e vínculos familiares). 

Diário do Estado:  Quais as diferenças fundamentais entre um transtorno psiquiátrico e uma fase difícil da vida?
Dra. Camila:
Fase difícil da vida é um processo absolutamente natural e esperado, tende a ser ageiro e não afeta significativamente a capacidade de trabalho, interação social, sono e apetite. Já os transtornos mentais são patológicos, ou seja, interferem significativamente na qualidade de vida do paciente, e tendem a piorar com o ar do tempo se não houver intervenção adequada. 

Diário do Estado:  Como é realizado o diagnóstico de um transtorno psiquiátrico? Quais critérios são utilizados? 
Dra. Camila:
Os critérios diagnósticos variam conforme a doença, mas seguem manuais validados internacionalmente. Atualmente utilizamos o DSM 5. Para isso são realizadas avaliações clinicas durante os atendimentos e caso haja indicação também podem ser solicitados exames complementares. 

Diário do Estado:  Quais são os principais tratamentos disponíveis atualmente para as doenças psiquiátricas? 
Dra. Camila:
Medicamentos e psicoterapia são amplamente estudados e validados como ferramentas altamente eficazes para uma ampla gama de doenças. 

Diário do Estado:  Qual é o papel da medicação no tratamento de transtornos mentais? E qual o papel da psicoterapia? 
Dra. Camila:
São complementares, na maioria das vezes essas duas modalidades de tratamento são necessárias para alcançar um controle eficaz das doenças. 

Diário do Estado:  Como saber quando é a hora certa de procurar ajuda psiquiátrica?
Dra. Camila:
Quando perceber que existe um prejuízo em sua qualidade de vida, quando perceber que as estratégias adotadas por iniciativa própria não estão sendo eficazes, quando o tempo de sofrimento está muito arrastado. 

Diário do Estado:  Quais são os transtornos psiquiátricos mais comuns no Brasil atualmente? E em Coxim a maioria dos seus atendimentos, pacientes, quais os maiores encaminhamentos?
Dra. Camila:
Os transtornos psiquiátricos mais comuns no Brasil seguem os mesmos padrões observados no restante do mundo, com algumas particularidades ligadas a fatores socioeconômicos. Em primeiro lugar estão os transtornos de ansiedade como transtorno de ansiedade generalizada, fobias, transtorno de pânico; seguidos por transtorno depressivo e na sequência transtornos por uso de substancias. Em Coxim  observo a mesma prevalência citada acima. 

Diário do Estado:  O que caracteriza a depressão e como ela pode ser diferenciada de uma tristeza comum?
Dra. Camila:
Apesar de compartilharem alguns aspectos são condições muito distintas. A tristeza é uma condição normal e ageira e frequentemente apresenta um gatilho identificável. Além disso a pessoa consegue manter sua funcionalidade, mesmo que com alguma dificuldade. Na  depressão existe um prejuízo significativo, duradouro, podendo interferir em sono, apetite, pensamentos, capacidade de trabalho, podendo ainda levar a pensamentos suicidas. Na depressão nem sempre existe um fator desencadeante identificável. 

Diário do Estado:  A ansiedade está cada vez mais presente na sociedade. Quais são os sinais de que ela se tornou um transtorno?
Dra. Camila:
Sentir-se ansioso eventualmente é fisiológico, ou seja, normal e saudável, pois é uma resposta do corpo a um estimulo estressor. Quando se observa uma recorrência frequente dessa sensação, ou quando ela se torna muito intensa a ponte de atrapalhar sua vida cotidiana pode se tratar de uma doença. 

Diário do Estado:  Quais são os principais desafios no diagnóstico e tratamento da esquizofrenia?
Dra. Camila:
Acredito que o maior desafio esteja ligado a questões culturais, preconceitos, que atrasam ou impedem o correto e precoce tratamento, que fará toda a diferença na evolução da doença. 

Diário do Estado:  Como o transtorno bipolar se manifesta e qual é a importância do tratamento contínuo?
Dra. Camila:
O transtorno bipolar é uma doença bastante complexa, que apresenta diversas formas de manifestação, mas para facilitar o entendimento a resumimos como uma doença que é caracterizada por oscilações entre fases de depressão  e hipo/mania, sendo necessário que o paciente fique algumas semanas mantendo as características de um destes polos. A importância do tratamento contínuo visa a estabilização do humor para que a pessoa tenha uma vida absolutamente normal, sem sintomas. 

Diário do Estado:  Quais medidas podem ser adotadas para prevenir transtornos psiquiátricos?
Dra. Camila:
Hábitos simples como o investimento em vínculos afetivos saudáveis, a prática de atividades físicas, investimento em sono de qualidade, alimentação equilibrada, evitar consumo de álcool ou demais substancias psicoativas e prática de meditação funcionam como um excelente arsenal para evitar o adoecimento. Não se trata de evitar todo tipo de sofrimento emocional possível, mas sim de desenvolver ferramentas de enfrentamento. 

Diário do Estado:  Como a sociedade pode combater o estigma relacionado às doenças mentais?
Dra. Camila:
Acredito que atitudes como a sua, de convidar um profissional da área para falar sobre o assunto, ajudam a desmistificar a ideia de que doença mental é sinônimo de loucura. 

Diário do Estado:  Qual a importância das redes de apoio (família, amigos, comunidade) na recuperação de pacientes com transtornos mentais? 
Dra. Camila:
Essas são as primeiras estruturas que a pessoa adoecida encontrará para enfrentar a doença, portanto são de suma importância, devendo encorajar seu ente querido a buscar ajuda o mais breve possível e evitar emitir julgamentos  ou falas preconceituosas. 

Diário do Estado:  De que forma a cultura e a sociedade influenciam na percepção e no tratamento das doenças psiquiátricas?
Dra. Camila:
A percepção cultural sobre o que é normal  ou patológico influencia a forma como os sintomas são interpretados  e até a forma de buscar ajuda. Já escutei diversas vezes de pacientes que demoraram a iniciar o tratamento por considerar que psiquiatra deve ser acionado somente em última instância, após terem esgotado todas as outras tentativas. Algumas sociedades interpretam sintomas psicóticos como possessões e sintomas depressivos ou ansiosos como falhas espirituais ou morais. 

Diário do Estado:  Como a pandemia de COVID-19 impactou a saúde mental da população?
Dra. Camila:
Trouxe um impacto profundo na saude mental da população mundial, devido a fatores como isolamento social, medo do adoecimento, morte de entes queridos, perdas financeiras e sensação de incerteza prolongada. De acordo com a OMS houve um aumento de no mínimo 25% dos transtornos ansiosos e depressivos.            

    

Diário do Estado:  Quais são os principais desafios que a psiquiatria enfrenta atualmente?
Dra. Camila:
Acredito que os principais desafios estejam ligados ao o escasso de serviços de qualidade. As filas para consultas em serviços públicos são longas, muitas vezes sem profissionais treinados. Além disso os medicamentos raramente são encontrados na rede publica, o que dificulta ainda mais o amplo o da população a um tratamento digno e eficaz. 

Diário do Estado:  Como a senhora vê o futuro da psiquiatria, considerando os avanços tecnológicos e científicos?
Dra. Camila:
Muito tem se investido em estudos e avanços tecnológicos que facilitem e tornem mais precisos os diagnósticos e tratamentos  psiquiátricos, mas acredito que nada substituirá a necessidade de acolhimento, empatia e vinculo que somente um bom profissional pode proporcionar aos seus pacientes. 

Diário do Estado:  Que mensagem a senhora gostaria de deixar para quem enfrenta problemas de saúde mental, mas ainda sente medo ou vergonha de procurar ajuda?
Dra. Camila:
Diria que as doenças mentais são como outra qualquer, ou seja, levam a alterações em estruturas e bioquímica cerebral, portanto, assim como você procuraria um ortopedista para tratar um osso quebrado, um psiquiatra vai cuidar do seu adoecimento psíquico. É natural sentir receio das coisas que não conhecemos bem, mas procurando um profissional que te traga segurança, te faça sentir respeitado e demonstre possuir o conhecimento adequado fará uma grande diferença em sua qualidade de vida. 

Diário do Estado:  Suas considerações finais para o Jornal Diário do Estado
Dra. Camila:
Gostaria de parabenizar ao jornal Diário do estado pela iniciativa em falar sobre adoecimento mental, ajudando a reduzir o estigma e o sofrimento das pessoas que lidam com esta dor.  Também quero agradecer ao espaço que me foi oferecido e dizer que estou muito satisfeita em trazer esses esclarecimentos a população coxinense.  

Confira a Entrevista na Integra: 

Entrevista

Samuel Oliveira: 36 Anos no Ar - A Vida, a Paixão e os Bastidores da Voz Mais Marcante de Coxim 3k1334

Nosso entrevistado da semana é um dos profissionais mais respeitados em seu segmento em Coxim e exemplo de dedicação pela profissão. Samuel Severino Oliveira, 51...

Samuel Oliveira: 36 Anos no Ar - A Vida, a Paixão e os Bastidores da Voz Mais Marcante de Coxim

30 de maio de 2025

Samuel Oliveira: 36 Anos no Ar - A Vida, a Paixão e os Bastidores da Voz Mais Marcante de Coxim

 

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Nosso entrevistado da semana é um dos profissionais mais respeitados em seu segmento em Coxim e exemplo de dedicação pela profissão.
Samuel Severino Oliveira, 51 anos, formado em Marketing, casado com Marileide Vaz, Locutor e empreendedor, pai de 3 filhos Tainá, Eduardo e Maria Clara.
Com 36 anos de dedicação ao rádio, Samuel Oliveira se tornou muito mais do que um locutor: ele é um símbolo de credibilidade, carisma e amor pela profissão. Sua trajetória é feita de histórias inesquecíveis, desafios superados, e um compromisso inabalável com a informação, a música e a companhia diária aos ouvintes.
Samuel sem dúvida é uma das figuras mais queridas e respeitadas de Coxim, fazendo o que mais ama: comunicar, emocionar e transformar o cotidiano das pessoas através da força da sua voz.
Hoje, vamos conhecer um pouco mais sobre o homem por trás do microfone, suas memórias, aprendizados e a visão de quem dedicou mais de três décadas a esse meio tão poderoso e essencial.
 

Diário do Estado: Como nasceu a sua paixão pelo rádio e pela locução? Você se lembra do momento em que decidiu seguir essa carreira?
Samuel Oliveira:
Minha paixão pelo rádio surgiu muito cedo, acredito que entre os meus 14 e 15 anos.
Nessa idade, eu gostava muito de uma rádio que havia lá em Campo Grande, e tinha um locutor em específico que eu irava demais! Me lembro que, sempre que ia a Campo Grande, fazia questão de gravar a voz dele, gravar as músicas dessa rádio, etc.
E com toda essa inspiração, comecei com uma brincadeira, em um aparelho de som conhecido na época como “3 em 1”. Nele, eu conectava um microfone, me juntava com um amigo que também se interessava por essa área da comunicação e a gente brincava de fazer as famosas paqueras. Levamos esse atempo até para o restaurante onde trabalhávamos na época, e agíamos como se realmente fôssemos locutores.

E foi nesse mesmo restaurante que conheci a Rosi Paiva, que era a gerente da rádio na época. Eu disse a ela que tinha muito interesse nessa área e ela falou para eu ar na rádio e gravar um piloto. E foi aí que tudo começou.
Fui aprovado e meu primeiro programa era das 20h às 00h. Comecei sem experiência nenhuma, mas com muito interesse em aprender.

Diário do Estado: Quais foram os maiores desafios que você enfrentou no início da sua trajetória como locutor?
Samuel Oliveira:
Acho que os principais desafios vinham do fato de que a gente tinha pouco o à informação, pouco contato com as rádios de fora, como as de São Paulo, que eram referência para todas as rádios.
Naquela época, não existia um curso, por exemplo, para a gente se aperfeiçoar. Aprendemos tudo na raça mesmo, e acredito que, se fosse nos tempos de hoje, essa jornada seria um pouco mais leve.

Diário do Estado: Nestes mais de 20 anos de carreira, qual foi o momento mais marcante ou emocionante para você?
Samuel Oliveira:
Tive vários momentos muito marcantes e de muita emoção, mas um que me marcou foi saber que conseguimos ajudar cerca de 110 famílias, na época, através de uma campanha que fizemos para arrecadar cestas básicas, que durou cerca de dois anos.
Outro momento marcante foi o falecimento da minha mãe. Quando aconteceu, eu estava ao vivo no programa e meu irmão tentava de todas as formas falar comigo, até que conseguiu, já no final do programa.

Diário do Estado: Como você vê a evolução do rádio desde que começou a trabalhar até hoje? O que mudou na forma de comunicar?
Samuel Oliveira:
A evolução do rádio é tremenda. Antigamente, tínhamos que fazer tudo manualmente, com os aparelhos todos analógicos.
Dava realmente muito trabalho fazer um programa naquela época, já que tudo era manual.
As propagandas que tínhamos que soltar eram através de fitas, cartucheiras.

E tudo era feito com discos de vinil. Tínhamos uma programadora, que era uma pessoa contratada só para fazer a programação.
Então, se eram 12 músicas para tocar no programa, eu chegava e haviam 12 discos separados, que iam para o sonoplasta, e ele era encarregado de cuidar dessa parte de colocar as músicas e as propagandas, e eu ficava com uma via de tudo para a gente conduzir o programa.
Mas, às vezes, tínhamos que fazer um programa sozinhos.
Então, numa situação dessas, eu precisava narrar o programa, trocar disco, trocar propaganda — praticamente fazer tudo ao mesmo tempo.
Por isso, às vezes, brinco que os locutores de hoje em dia são todos “nutelas”, porque, de fato, hoje um computador faz quase tudo. Então o rádio basicamente mudou da água para o vinho.

Diário do Estado: Quais habilidades considera essenciais para quem quer ser um bom locutor atualmente?
Samuel Oliveira:
A nossa forma de se comunicar mudou muito. Antigamente, tínhamos uma visão de que os bons locutores tinham que ter uma voz super grossa, até porque eles eram as nossas referências da época.
Acredito que, hoje em dia, o essencial é você ser carismático, saber tratar bem as pessoas, ter muita empatia e carinho. Até porque hoje temos muita facilidade de interação com os ouvintes, por meio das redes sociais, então você acaba criando uma relação muito próxima.
Me lembro que, antigamente, nossa forma de se comunicar com os ouvintes era através de cartas escritas à mão, que eles deixavam em um ponto de coleta, e a gente recebia entre 30 a 60 dias depois.
Então, hoje em dia, com toda essa tecnologia, é esperado que você seja uma pessoa atenciosa e carismática.

Diário do Estado: Como é a sua rotina de trabalho na Band FM de Coxim? Quais são os bastidores que o público não vê?
Samuel Oliveira:
Minha rotina começa logo cedo, com o meu programa na Vale, o “Programa do Samuca”.
Ele vai das 7h às 8h30, e eu me divirto muito lá. Acho que não tem forma melhor de começar o dia.
E ao meio-dia, tenho meu outro programa na Band FM, chamado Band Cidade, que apresento junto com meu amigo Camilo Bressan, uma pessoa por quem tenho um carinho enorme e que me ensinou e ajudou muito a evoluir.
Sobre os bastidores, acho que o que resume tudo é a correria. Às vezes, os ouvintes acham que, nos intervalos, estamos de boa, mas aproveitamos esse tempo para organizar quais informações do dia são interessantes para ar, quais textos vamos falar, porque tudo precisa ser escolhido com muito critério. É uma responsabilidade enorme estar no nosso lugar propagando informações.

Diário do Estado: O que mais te motiva a continuar no ar todos os dias?
Samuel Oliveira:
O que me motiva, com certeza, é o carinho e reconhecimento do meu trabalho. É sair na rua, encontrar meus ouvintes, ter um de perto, fora as participações diárias pelas redes sociais.
Acho todo esse contato próximo com as pessoas essencial, e é muito bom saber que nosso trabalho está alcançando muitos lugares que antigamente não atingíamos, graças à evolução do rádio.

Diário do Estado: Você acredita que o rádio local cumpre um papel importante na comunidade? De que forma isso se manifesta em Coxim?
Samuel Oliveira:
Sim, acredito que o rádio é fundamental, cumprindo o seu papel importantíssimo de informar, trazer conteúdo e entretenimento de qualidade para a população.
O que seria de nós sem o rádio? Ele é o companheiro da dona de casa, do pessoal do comércio, da fazenda. Tem um papel enorme na vida das pessoas.
Um exemplo de situação em que o rádio cumpriu um papel muito legal em Coxim foi na apuração das eleições municipais, quando tivemos uma participação gigantesca dos ouvintes, não só diretamente pelo rádio, mas também pela nossa transmissão no YouTube.
Com certeza, o rádio é um grande veículo de comunicação e contribui muito para a sociedade coxinense.

Diário do Estado: Qual foi o programa ou projeto que você apresentou com mais orgulho até hoje na Band FM? Por quê?
Samuel Oliveira:
Atualmente, participo de dois programas que me trazem muito orgulho e alegria, mas a Band FM tem um lugar especial no meu coração, porque fazer parte dela é a realização de um sonho de infância, que eu via como algo muito distante.
Então, o programa Band Cidade, que apresento com o Camilo Bressan, é motivo de muito orgulho e gratidão para mim.

Diário do Estado: Como você adapta a sua comunicação para se conectar com o público de Coxim e região?
Samuel Oliveira:
Eu procuro fazer uma comunicação bem popular, sem muita formalidade, buscando falar a língua do povo, justamente para me conectar mais com as pessoas.

Diário do Estado: Com a popularização dos podcasts e das plataformas digitais, como você enxerga o futuro do rádio tradicional?
Samuel Oliveira:
Hoje o rádio está ando por uma transformação. Temos vários outros meios de comunicação que tomaram seu espaço, principalmente os podcasts.
Mas nós, que somos do rádio, temos a obrigação de acompanhar a evolução da tecnologia.
Um exemplo prático dessa mudança é que, nos programas de entrevistas da rádio, praticamente os transformamos em podcasts.
Nossos ouvintes têm a opção de escutar a gente na rádio e acompanhar a transmissão ao vivo por outras plataformas, como YouTube e Facebook. Usamos essa evolução tecnológica a nosso favor.
E, sobre o futuro do rádio, enxergo um futuro brilhante. Acredito que o rádio vai seguir firme e forte, conquistando diversos outros espaços na sociedade.
Mas, para isso, precisamos ter a mente aberta e realmente usar a tecnologia a nosso favor, sem nos apegar tanto às “tradições”.

Diário do Estado: Você já pensou ou tem interesse em migrar ou complementar sua atuação com outras mídias, como podcast ou YouTube?
Samuel Oliveira:
Talvez “migrar” não seja a palavra certa, mas com certeza já pensei em complementar minha atuação com outras mídias, principalmente depois que percebi que precisamos acompanhar essa evolução.
Então, aos poucos, venho mudando isso. Como disse anteriormente, busco transformar meus programas no formato de podcast, deixando tudo salvo para que as pessoas assistam quando e onde quiserem. Tenho interesse em usar isso para agregar ainda mais — e quem sabe um dia fazer um podcast voltado exclusivamente para as mídias sociais.

Diário do Estado: Na sua opinião, o que o rádio oferece que nenhuma outra mídia consegue entregar?
Samuel Oliveira:
O rádio tem uma proximidade que nenhuma outra mídia consegue replicar.
Para muita gente, é uma companhia constante — seja no carro, em casa ou no trabalho — e fala direto com o ouvinte, no ritmo da vida real.
É instantâneo, ível e humano. A voz no rádio cria um laço de confiança, de intimidade, que não vemos da mesma forma em outras plataformas.

Diário do Estado: Como você vê a importância da voz na era atual, em que a imagem e o vídeo são tão valorizados?
Samuel Oliveira:
A voz é extremamente essencial, independentemente das evoluções da era atual. A voz carrega muita emoção, credibilidade, e nos conecta com as pessoas de uma forma que, muitas vezes, uma imagem não consegue sozinha.
Principalmente com o crescimento dos podcasts, audiolivros, etc., podemos ver um verdadeiro renascimento da voz.
A imagem pode até chamar a atenção, mas é a voz que sustenta a imagem e cria o vínculo.

Diário do Estado: Quem foram ou ainda são suas maiores referências no mundo da locução e comunicação?
Samuel Oliveira:
Tive como referência, no início da minha jornada como locutor, uma pessoa que eu escutava aqui na cidade: o saudoso “Tio Zé Potoca”. Ele fazia uma festa no rádio, tudo de forma manual, e essa criatividade me fez enxergá-lo como uma referência.

Diário do Estado: Como você se prepara antes de entrar no ar? Tem algum ritual ou técnica específica?
Samuel Oliveira:
Antigamente, usávamos algumas técnicas para melhorar a voz, inclusive uma chamada técnica da caneta. Mas hoje em dia, não tenho nenhum ritual específico. A gente apenas tenta manter a saúde em dia e ter atenção com os alimentos que vamos consumir, etc.

Diário do Estado: Qual característica ou estilo você acredita que diferencia sua locução das demais?
Samuel Oliveira:
Uma das características que acho que diferencia a minha locução é fazer algo mais informal. Me sinto conversando com amigos mesmo quando estou me comunicando com os ouvintes. Sempre busco agir com muita naturalidade.

Diário do Estado: Tem alguma situação engraçada ou curiosa que viveu no estúdio e que pode compartilhar com a gente?
Samuel Oliveira:
Uma das situações engraçadas que vivi foi um dia em que estava fazendo a divulgação de uma empresa no programa Band Cidade.
Eu estava falando os valores promocionais, elogiando os preços, e de repente me deparei com o valor de um produto que estava muito caro. Não consegui disfarçar e acabei soltando minha opinião no ar. Esse dia é motivo de muitas risadas até hoje.

Diário do Estado: Que conselho você daria para quem está começando agora na área de locução ou sonha em trabalhar no rádio?
Samuel Oliveira:
Meu conselho para quem quer começar é: buscar informação, estudar muito e fazer o que puder para se especializar na área. Inclusive fazer um curso de vendas, para conseguir conciliar tudo isso.
Mas não desista, corra atrás, procure uma oportunidade — se for pra ser, vai dar certo.

Diário do Estado: Depois de tantos anos no ar, qual é a principal lição que o rádio te ensinou, como profissional e como pessoa?
Samuel Oliveira:
O rádio me ensinou muitas coisas. Foi como uma faculdade para mim.
Tudo eu aprendi na prática, sabe?
O rádio me ensinou a ser um ser humano melhor, a ter mais empatia pelas pessoas, já que, com o rádio, conheci diversas histórias e diferentes realidades que me moldaram para ser quem sou hoje. Eu, de fato, aprendi muito.
Afinal, comecei no rádio com 16 anos, e apesar de uma pausa nesse período, sigo aqui vivendo essa profissão linda. Se eu pudesse, com certeza faria tudo de novo!

Diário do Estado: Considerações finais:
Samuel Oliveira:
Primeiro, quero agradecer a você, Glenda, e ao Diário do Estado, por me darem essa oportunidade de compartilhar um pouco da minha vida e da minha experiência na comunicação e no rádio.
Muito obrigado, Elô e Rubens Dantas — só tenho a agradecer a essa equipe.
Agora, quero agradecer ao Sr. Toninho e à Dona Tânia, que foram quem me deram a oportunidade de começar na rádio. Devo muito a eles.
E já aproveitando, agradeço muito ao Toni, que é o atual diretor, por continuar me dando a oportunidade de estar no rádio todos os dias. Ele é uma pessoa que me ajuda, me ensina muito e me faz crescer como profissional.
Também quero agradecer a toda a equipe da rádio, meus companheiros diários, que dividem essa jornada comigo e a tornam mais leve. E, claro, quero agradecer aos meus ouvintes, que são o combustível de tudo isso. Muito obrigado!

 

Confira a entrevista na integra: 

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