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Entrevista da Semana

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Prefeito Edilson Magro fala sobre críticas, avanços, conquistas e o futuro de Coxim 54d2y

Nosso compromisso é continuar construindo uma Coxim melhor para as próximas gerações, com desenvolvimento, inovação e respeito à sua história e cultura."

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4 de abril de 2025

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(Glenda Melo Diário do Estado)

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Diário do Estado: Dr. Edilson, a primeira pergunta não poderia ser outra: a saúde de Coxim. Gostaria que o senhor falasse um pouco sobre os investimentos trazidos para Coxim e como anda a saúde do município.
Prefeito Edilson Magro:
Glenda, a saúde de Coxim tem avançado, as coisas estão se encaminhando. Vou dar alguns exemplos dos últimos dias: a Carreta do Amor chegou a Coxim. Como todos sabem, a Carreta do Amor disponibiliza exames de mamografia para as mulheres. Nesta etapa, mais de 100 mulheres serão atendidas. Elas já foram cadastradas e agora receberão o atendimento. Com a colaboração do Dr. Wesley e da equipe da Secretaria de Saúde de Coxim, através da secretária Fernanda Berigo, foram implantados mais três aparelhos de ultrassom na Policlínica. Um mutirão será realizado para atender aproximadamente 150 pessoas, zerando a fila de espera por exames.

Uma grande notícia também é que, graças ao empenho e à parceria de 10 vereadores de Coxim, o posto de saúde da Vila Mariana, no bairro Vale do Taquari, será entregue em breve. Graças às emendas impositivas dos vereadores, esse sonho se torna realidade para aquela localidade e deve ser concretizado nos próximos meses. Iniciamos também a vacinação contra a gripe, adiantando o calendário devido aos casos de vírus respiratórios que estão circulando no estado. Sabemos que existem dificuldades, mas estamos sempre trabalhando para melhorias e buscando soluções. Todas as unidades de saúde de Coxim possuem médicos para atender a população. Não há nenhuma unidade de saúde sem médico. Hoje, Coxim conta com 13 médicos para atendimentos.

Recebemos também o carro do fumacê esta semana. Ele está percorrendo as ruas da cidade em dois horários para aplicação do inseticida, visando prevenir casos de dengue e chikungunya, que têm preocupado cidades vizinhas. Como você pode perceber, estamos trabalhando em todas as frentes de ação e prevenção para a saúde de Coxim.

Prefeito Edilson Magro e Vereadores eleitos em 2024

Diário do Estado: As parcerias com o governo estadual e o governo federal têm sido uma ajuda muito importante para trazer recursos para Coxim, prefeito. Para 2025, Coxim continuará sendo visto por essas esferas?
Prefeito Edilson Magro:
Sem sombra de dúvida. Sem a ajuda do governo do estado e do governo federal, não seria possível avançar, levando em conta que Coxim tem uma arrecadação limitada. O governador Eduardo Riedel tem sido um grande parceiro, assim como deputados estaduais, federais e senadores. Toda nossa bancada tem trabalhado por melhorias para as cidades de Mato Grosso do Sul, e Coxim, nos últimos anos, melhorou muito sua estrutura graças a essas parcerias. Um exemplo disso é o fim do "Buracão", um sonho antigo da população de Coxim. Também temos o asfalto na Vila Santa Maria e a pavimentação chegando aos demais bairros da cidade. Enfim, a infraestrutura de Coxim melhorou muito nos últimos anos, graças a essas parcerias.

Diário do Estado: Falando em infraestrutura, prefeito, as chuvas dos últimos meses têm causado transtornos na cidade. Como a sua istração tem lidado com isso?
Prefeito Edilson Magro:
As chuvas intensas dos últimos meses, de fato, exigiram de nós uma atenção especial. Os primeiros meses do ano são predominantemente chuvosos, e elas causam estragos. Nossa equipe da Secretaria de Obras, através do secretário Ivaldo Lopes e do gerente Miro, está trabalhando de segunda a domingo nos bairros de Coxim e na zona rural para minimizar os transtornos causados pelas últimas chuvas. Pedimos um pouco de paciência e compreensão à população. Sabemos da necessidade de todos, mas as máquinas e equipes estão nas ruas da cidade em uma força-tarefa para melhorar o asfalto, limpar ruas, tapar buracos, podar árvores e realizar outros serviços. Todos os dias tem chovido na cidade. Essa não é uma prerrogativa apenas de Coxim, e o tempo é algo que não temos controle. Por isso, precisamos da compreensão da população.

Diário do Estado: Recentemente, o senhor e uma comitiva de vereadores foram a Brasília. Qual balanço o senhor pode fazer dessa viagem?
Prefeito Edilson Magro:
Muito positivo. Visitamos vários gabinetes, batemos de porta em porta em busca de recursos para Coxim. Com a ajuda dos vereadores que nos acompanharam, cada um pôde trazer algum recurso para a cidade nas áreas da saúde, educação, assistência social, esportes e cultura. Visitamos nossos deputados e senadores, apresentamos as necessidades de Coxim e acredito que voltamos com um saldo positivo dessa viagem, graças também ao empenho dos nossos vereadores, que não mediram esforços para pedir recursos em favor da população de Coxim.

Diário do Estado: Nos últimos meses de 2024, notamos um aumento no número de empresários que chegaram a Coxim apostando na cidade. Em 2025, esse número prosseguiu? Esses empresários têm contado com o apoio da prefeitura para se estabelecerem aqui?
Prefeito Edilson Magro:
Empreender é um dos motores do desenvolvimento econômico. Em cidades como Coxim, o incentivo ao empreendedorismo pode transformar a realidade local. O poder público desempenha um papel essencial ao criar condições favoráveis para que novos negócios possam nascer, crescer e gerar empregos.

Uma das principais formas de apoio é a desburocratização, tornando mais ágil e ível o processo de abertura de empresas. Reduzir prazos, simplificar documentações e oferecer um atendimento eficiente são fatores que encorajam mais pessoas a investir na cidade. Além disso, incentivos fiscais e linhas de crédito íveis são fundamentais. Pequenos e médios empreendedores muitas vezes enfrentam dificuldades financeiras para iniciar seus negócios, e políticas públicas que facilitem o o ao crédito podem ser decisivas para o sucesso de novos empreendimentos.

Outro ponto essencial é a capacitação profissional. Oferecer cursos, palestras e treinamentos ajuda os empresários a se prepararem melhor para os desafios do mercado, aumentando suas chances de sucesso e inovação. O SEBRAE de Coxim tem sido um grande parceiro nessa questão.

Por fim, um ambiente favorável aos negócios depende também de infraestrutura adequada e incentivos para o desenvolvimento local. Melhorias em estradas, internet de qualidade, segurança e incentivos para atrair investidores fortalecem toda a economia da cidade. Quando o poder público apoia os empreendedores, toda a cidade ganha: há mais empregos, maior arrecadação de impostos e um crescimento sustentável que beneficia a população como um todo. Coxim tem um grande potencial, e investir no empreendedorismo é investir no futuro da cidade.

Diário do Estado: Dias atrás, o governador Eduardo Riedel disse, em uma entrevista, que tem pedido para os prefeitos da região norte do Estado fomentarem a questão do turismo nas cidades. Esse pedido vem de encontro aos seus anseios para a parte turística de Coxim?
Prefeito Edilson Magro:
Coxim é uma cidade privilegiada por suas belezas naturais e cultura, tornando-se um destino turístico cada vez mais procurado por visitantes de todo o país. Todos os anos, milhares de turistas vêm conhecer nossas paisagens, nossa gastronomia e, principalmente, participar de eventos marcantes, como o Campeonato de Pesca, que já entrou para o calendário como um dos eventos mais importantes do Estado, movimentando a economia local e fortalecendo nossa identidade como um dos principais polos turísticos da região.

O turismo é um setor fundamental para o crescimento econômico de Coxim. Ele gera empregos, incentiva o comércio, impulsiona a rede hoteleira e valoriza os atrativos naturais e culturais da cidade. Com isso, pequenos e médios empreendedores também se beneficiam, criando novas oportunidades de negócios em diversos setores, desde a gastronomia até o artesanato local. Ciente da importância desse segmento, a Prefeitura de Coxim reafirma seu compromisso em fortalecer o turismo, investindo em infraestrutura, promoção da cidade e incentivos para eventos que atraiam ainda mais visitantes. Nosso objetivo é transformar Coxim em uma referência no turismo sustentável, garantindo crescimento econômico sem perder nossas tradições e preservando nosso meio ambiente. Com planejamento e investimento, faremos de Coxim um destino turístico ainda mais forte, promovendo desenvolvimento para nossa população e oportunidades para todos que acreditam no potencial da cidade. O governador está certo: temos que trabalhar com mais força a questão do turismo. Se, em nossa região, não temos grandes fontes de geração de empregos, temos que focar no turismo, aproveitando nossas riquezas naturais.

Diário do Estado: Cidades pequenas como Coxim enfrentam dificuldades na arrecadação de recursos suficientes para atender todas as necessidades da população por diversos fatores estruturais e econômicos. Prefeituras de várias cidades do Estado de MS estão ando por dificuldades financeiras. Para o senhor, o que leva tamanha dificuldade da cidade em arrecadar?
Prefeito Edilson Magro:
A arrecadação de uma cidade depende, em grande parte, da atividade econômica local. Em cidades pequenas, há menos empresas, indústrias e grandes empreendimentos, o que reduz a geração de impostos como o ISS (Imposto Sobre Serviços) e o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), principais fontes de receita municipal. Com uma arrecadação própria menor, cidades como Coxim dependem fortemente dos rees dos governos estadual e federal, como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O problema é que esses rees podem variar de acordo com a arrecadação nacional e políticas de governo, tornando a receita municipal instável. Com menos habitantes, há uma base reduzida de contribuintes para o IPTU e um menor volume de compras e circulação de mercadorias, afetando a arrecadação de impostos como ICMS.

Além disso, a saída de jovens para grandes centros urbanos enfraquece ainda mais o dinamismo econômico. Em muitos municípios pequenos, a estrutura istrativa tem dificuldades para fiscalizar e cobrar impostos devidos, seja por falta de tecnologia, pessoal qualificado ou investimentos em gestão tributária. Isso resulta em menor eficiência na arrecadação. Mesmo com uma arrecadação menor, a cidade precisa oferecer saúde, educação, segurança e infraestrutura. O custo para manter esses serviços muitas vezes supera a capacidade financeira do município, principalmente se há grande dependência da istração pública para geração de empregos e investimentos.

Para superar esses desafios, cidades como Coxim podem adotar estratégias como: incentivar novos negócios e o turismo, aumentando a arrecadação de impostos locais; atrair investimentos externos, como indústrias e empresas que gerem empregos; aprimorar a gestão tributária, tornando a arrecadação mais eficiente; e buscar parcerias público-privadas para melhorar infraestrutura e serviços sem comprometer o orçamento municipal. Sem planejamento e estratégias de desenvolvimento, a arrecadação limitada continuará sendo um entrave para o crescimento de Coxim e de muitas outras cidades pequenas pelo Brasil.

Diário do Estado: O senhor tem enfrentado algumas críticas da oposição, parte dela vem de alguns vereadores. Como o senhor lida com essas críticas?
Prefeito Edilson Magro:
Glenda, as críticas fazem parte da democracia e do nosso trabalho à frente da istração pública. Eu as encaro com serenidade e sempre com o compromisso de avaliar se há algo que pode ser aprimorado. No entanto, é importante distinguir críticas construtivas, que ajudam a melhorar a gestão, daquelas que têm apenas interesses políticos e não contribuem com soluções para a cidade. Meu foco continua sendo trabalhar por Coxim, buscando melhorias para a população, investindo em infraestrutura, saúde, educação e desenvolvimento econômico. Estou sempre aberto ao diálogo e acredito que, quando a crítica vem acompanhada de propostas concretas, ela pode ser positiva para todos. O que importa, no fim, é entregar resultados para a nossa cidade. Claro que não vamos agradar a todos, mas estamos no caminho certo, com muito trabalho e a disposição de sempre buscar o melhor.

Diário do Estado: Atualmente, como está o relacionamento entre o Legislativo e o Executivo de Coxim?
Prefeito Edilson Magro:
O relacionamento entre o Executivo e o Legislativo de Coxim é baseado no respeito e na busca pelo bem da nossa cidade. Sabemos que cada poder tem suas funções e independência, mas acredito que o diálogo e a colaboração são fundamentais para avançarmos em projetos que realmente tragam benefícios para a população. Nosso objetivo é manter uma relação harmoniosa e produtiva, sempre respeitando as opiniões divergentes, mas focando no que é mais importante: o desenvolvimento de Coxim. Estamos abertos ao debate e à construção conjunta de soluções que atendam às necessidades da nossa comunidade. Claro que tudo deve ser pautado no respeito; tanto o trabalho do Executivo quanto do Legislativo precisa ser respeitado por ambas as partes.

Diário do Estado: Neste segundo mandato, o senhor tem encontrado mais desafios que no primeiro?
Prefeito Edilson Magro:
Cada mandato tem seus desafios. No primeiro, enfrentamos a necessidade de organizar a casa, colocar projetos em andamento e lidar com momentos difíceis, como a pandemia. No segundo mandato, os desafios são diferentes, pois a população espera ainda mais resultados e melhorias concretas. Sabemos que a confiança da população é conquistada com trabalho sério e transparência. É natural que sempre exista um olhar crítico, pois quem istra precisa prestar contas e mostrar que está cumprindo seus compromissos. Meu foco continua sendo entregar melhorias para Coxim, fortalecer nossa economia, investir em infraestrutura e garantir qualidade de vida para nossa gente. O tempo e os resultados são os melhores aliados para mostrar que estamos no caminho certo. Mesmo que muitos olhem com desconfiança, temos trabalhado muito por Coxim, viajado bastante em busca de recursos e empresas que apostem em nossa cidade. Temos tido boas conversas com empresários de todo o Brasil interessados em investir aqui. Acredito que boas notícias logo chegarão para Coxim.

Diário do Estado: Hoje, o PP, seu partido (Partido Progressista), é um dos maiores partidos do Brasil. Os números expressivos das últimas eleições credenciam o partido como um grande celeiro de novos políticos. Como o senhor vê o futuro do PP?
Prefeito Edilson Magro:
O PP tem se consolidado como um dos maiores partidos do Brasil, com um crescimento expressivo nas últimas eleições e uma forte representatividade em todas as esferas da política. Isso demonstra a confiança da população em nossas propostas e na forma como o partido conduz sua atuação, sempre com foco no desenvolvimento, na gestão eficiente e na proximidade com as demandas reais da sociedade. Acredito que o futuro do PP será ainda mais promissor. O partido tem se mostrado um grande celeiro de novas lideranças, renovando seus quadros e trazendo políticos comprometidos com resultados concretos. Essa força política nos dá a responsabilidade de continuar trabalhando com seriedade, ampliando nossa presença e contribuindo para o avanço do Brasil e, claro, de cidades como Coxim, onde queremos seguir impulsionando o crescimento e o bem-estar da população.

Diário do Estado: Hoje, no seu segundo mandato como prefeito da maior cidade da região norte de MS, enfrentando todos os desafios e dificuldades que gestores de cidades pequenas encontram, qual é, na sua opinião, a maior dificuldade de Coxim hoje?
Prefeito Edilson Magro:
Coxim, como muitas cidades do interior, enfrenta desafios estruturais que impactam diretamente nosso desenvolvimento. A maior dificuldade hoje é equilibrar a arrecadação municipal com as demandas da população. Nossa cidade precisa de investimentos em infraestrutura, saúde, educação e geração de empregos, mas, como gestor, lidamos diariamente com a limitação de recursos e a dependência de rees estaduais e federais. Outro grande desafio é impulsionar o crescimento econômico. Precisamos fortalecer o comércio local, atrair novos investimentos e incentivar o turismo, que já é um setor importante para nossa economia. Para isso, buscamos parcerias, projetos e políticas públicas que garantam um futuro mais próspero para Coxim. Felizmente, contamos com muitas pessoas empenhadas no crescimento e progresso da cidade, que já vem acontecendo nos últimos anos com a parceria do governador Eduardo Riedel e da bancada estadual e federal. Em breve, Coxim colherá os frutos desse trabalho.

Diário do Estado: Coxim comemora 127 anos no próximo dia 11 de abril. Como o senhor vê a Coxim de hoje e como espera que seja a Coxim do futuro?
Prefeito Edilson Magro:
Coxim tem uma história rica e um povo batalhador. Celebrar seus 127 anos é um momento de reconhecimento e reflexão sobre o que já conquistamos e o que ainda queremos para o futuro. Hoje, vemos uma cidade que cresceu, que se desenvolve com esforço e que se destaca no turismo, na pecuária e no comércio. Mas também sabemos que ainda enfrentamos desafios típicos de municípios do interior, como a necessidade de mais investimentos, geração de empregos e infraestrutura. Para o futuro, sonho com uma Coxim ainda mais próspera, com uma economia forte, mais oportunidades para os jovens, infraestrutura moderna e serviços públicos eficientes. Parabéns, Coxim, pelos seus 127 anos!

Diário do Estado: Esse ano, uma vasta programação foi organizada para a população coxinense. O que vem por aí, prefeito?
Prefeito Edilson Magro:
A população de Coxim merece o melhor e, para comemorar os 127 anos de emancipação da nossa querida cidade, a Prefeitura Municipal preparou uma agenda especial, repleta de eventos para toda a comunidade. Será um momento de festa, cultura, esporte e lazer, valorizando nossas tradições e celebrando juntos o crescimento e a história do nosso município. A programação inclui shows, atividades culturais, eventos esportivos e momentos de confraternização, proporcionando entretenimento e destacando os talentos locais. Mais do que uma celebração, essa é uma forma de retribuir à população todo o carinho e dedicação que fazem de Coxim uma cidade cada vez melhor. Este é um aniversário especial, e queremos que todos participem e sintam orgulho da nossa cidade.

Diário do Estado: O senhor pode falar sobre as festividades?
Prefeito Edilson Magro:
As festividades começam no dia 4 de abril com o aniversário da Feira da Concha (ASFECO – Feira dos Produtos da Terra), a partir das 19h, valorizando os produtores e artesãos locais.

Entre os dias 7 e 10 de abril, será lançado o “Coxim Podcast”, com entrevistas especiais com autoridades locais. Simultaneamente, o Centro Municipal de Artesanato oferecerá oficinas de artesanato em argila, das 7h às 11h e das 13h30 às 17h. No Museu Arqueológico e Histórico de Coxim (MAHC), acontecerão oficinas de museologia e arqueologia nos mesmos horários.

No dia 9 de abril, às 19h, acontecerá a de ordens de serviço na Praça Frederico Fernandes de Almeida, em frente à Sanesul. Em alusão ao Dia da Biblioteca, no dia 10 de abril, haverá entrega de livros na Biblioteca Municipal. Às 19h, a Câmara Municipal sediará a solene entrega do Título de Cidadão Coxinense, reconhecendo personalidades que contribuíram significativamente para o desenvolvimento da cidade.

Uma das atrações mais aguardadas é a Cavalgada de Coxim, que ocorrerá de 12 a 13 de abril no CTN, com shows de grandes nomes da música sertaneja: João Haroldo e Betinho, Fábio Costa e DJ Eder Marques na sexta-feira (11); João Bosco e Vinícius, Luana Loureiro e DJ Eder Marques no sábado (12); e, no domingo, após a cavalgada que partirá da Praça da Sanesul, shows de Belchior, Lorenzo e Banda.

O tradicional desfile cívico acontecerá no dia 11 de abril, às 7h, na Rua Antônio de Albuquerque, no centro. No mesmo dia, às 15h, a Marcha para Jesus reunirá fiéis na Praça João Ferreira de Albuquerque, seguida de um show.

O dia 12 de abril reserva a saída dos jipeiros do T/MS para a Trilha Pantanal Coxim, às 8h na Praça Zacarias Mourão, e a final da Copa Coxim, às 17h no Estádio André Borges.

No domingo, 13 de abril, acontece o 5º Marathon AMCC Coxim, a partir das 7h na Praça João Ferreira de Albuquerque. Também haverá a cavalgada, com saída da Praça em frente à Sanesul, seguida de um almoço com churrasco no CTN. Para encerrar as comemorações, uma Missa de Ação de Graças será celebrada na Catedral São José, às 19h.

Outro destaque é a inauguração do Cine Coxim no Anfiteatro José Guedes de Melo, que oferecerá sessões de cinema para estudantes da rede municipal durante todo o mês de abril.

A programação completa pode ser conferida nos canais oficiais da Prefeitura de Coxim e em cartazes espalhados pela cidade. As festividades dos 127 anos de Coxim contam com o apoio do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, da Sentesc – Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, da Fundação de Cultura de MS, da Senadora Soraya Thronicke e da Câmara Municipal de Coxim.

Convidamos todos os coxinenses e moradores da região norte a participarem desta grande festa. São 127 anos de história que merecem ser celebrados com alegria e união. Tudo foi pensado com muito carinho para nossa gente, que trabalha tanto e faz com que Coxim esteja entre as cidades mais importantes do estado.

Diário do Estado: Gostaria que o senhor deixasse uma mensagem para a população coxinense.
Prefeito Edilson Magro: Neste momento especial em que nossa cidade celebra seus 127 anos, quero expressar minha profunda gratidão e carinho por cada um de vocês. Coxim é feita por pessoas trabalhadoras, acolhedoras e cheias de esperança, que todos os dias ajudam a construir uma cidade melhor para as futuras gerações.

Nossa história é rica, nossa cultura é forte e nosso potencial é imenso. Sei que enfrentamos desafios, mas também sei da força do nosso povo, que nunca desiste e segue acreditando no crescimento e no desenvolvimento da nossa cidade. Como prefeito, meu compromisso é continuar trabalhando com dedicação, transparência e responsabilidade, sempre pensando no bem-estar de cada família coxinense. Que possamos, juntos, seguir escrevendo essa história com orgulho e união. Parabéns, Coxim, pelos seus 127 anos! Que venham muitos mais anos de progresso e felicidade para nossa gente.

Diário do Estado: Agradeço pela entrevista, prefeito. Fique à vontade para suas considerações finais.
Prefeito Edilson Magro:
Quero expressar minha gratidão ao Diário do Estado, à Elô e ao Rubens Dantas pelo espaço dedicado à divulgação de informações relevantes para a população de Coxim. A comunicação transparente e ível é essencial para que os cidadãos acompanhem o trabalho que estamos realizando.

Também agradeço a você, Glenda, pelo profissionalismo e pela seriedade na condução desta entrevista. É sempre um prazer contar com profissionais comprometidos em levar informação com responsabilidade.

Nossa istração estará sempre de portas abertas para o diálogo e para prestar contas à população. Grande abraço a todos!

 

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Entrevista

A médica, a mãe e a mulher por trás do jaleco: A inspiradora trajetória da psiquiatra Camila Molina 1t631e

Nossa entrevista da semana é com uma mulher que carrega, em cada gesto e palavra, a delicadeza e a força de quem escolheu cuidar da mente e da alma das pessoas. Recebemos com muito...

A médica, a mãe e a mulher por trás do jaleco: A inspiradora trajetória da psiquiatra Camila Molina

6 de junho de 2025

A médica, a mãe e a mulher por trás do jaleco: A inspiradora trajetória da psiquiatra Camila Molina

 

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Nossa entrevista da semana é com uma mulher que carrega, em cada gesto e palavra, a delicadeza e a força de quem escolheu cuidar da mente e da alma das pessoas.
Recebemos com muito carinho a médica Camila Molina Kern, de 37 anos, psiquiatra formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, uma profissional dedicada, que faz da escuta e do acolhimento as bases do seu trabalho.
Mas, além da médica, conhecemos também a mulher, a esposa e a mãe: Camila é casada com o também médico Felipe Gomes Ferreira, com quem construiu uma linda família. Juntos, são pais do Matheus, de 7 anos, e da pequena Maitê, de 3 anos, dois grandes amores que, segundo ela, dão ainda mais sentido à sua missão de cuidar das pessoas.
Hoje, vamos conversar sobre sua trajetória, os desafios e encantos da psiquiatria, e sobre o equilíbrio entre a profissão e a maternidade. Seja muito bem-vinda, doutora Camila é uma alegria ter você conosco!

Diário do Estado: Como a senhora definiria saúde mental e qual a sua importância na vida cotidiana?
Dra. Camila:
Saúde mental é um conjunto de aspectos da vida emocional, social, psicológica que afeta a forma como interpretamos, sentimos e nos comportamos. 

Diário do Estado:  Quais são os principais fatores que influenciam a saúde mental de uma pessoa?
Dra. Camila:
Autoconhecimento seria o principal fator, seguido de capacidade de lidar com emoções ditas negativas, como tristeza e raiva e sem dúvida, manter relacionamentos saudáveis (não me refiro a relacionamentos românticos apenas, mas amizades e vínculos familiares). 

Diário do Estado:  Quais as diferenças fundamentais entre um transtorno psiquiátrico e uma fase difícil da vida?
Dra. Camila:
Fase difícil da vida é um processo absolutamente natural e esperado, tende a ser ageiro e não afeta significativamente a capacidade de trabalho, interação social, sono e apetite. Já os transtornos mentais são patológicos, ou seja, interferem significativamente na qualidade de vida do paciente, e tendem a piorar com o ar do tempo se não houver intervenção adequada. 

Diário do Estado:  Como é realizado o diagnóstico de um transtorno psiquiátrico? Quais critérios são utilizados? 
Dra. Camila:
Os critérios diagnósticos variam conforme a doença, mas seguem manuais validados internacionalmente. Atualmente utilizamos o DSM 5. Para isso são realizadas avaliações clinicas durante os atendimentos e caso haja indicação também podem ser solicitados exames complementares. 

Diário do Estado:  Quais são os principais tratamentos disponíveis atualmente para as doenças psiquiátricas? 
Dra. Camila:
Medicamentos e psicoterapia são amplamente estudados e validados como ferramentas altamente eficazes para uma ampla gama de doenças. 

Diário do Estado:  Qual é o papel da medicação no tratamento de transtornos mentais? E qual o papel da psicoterapia? 
Dra. Camila:
São complementares, na maioria das vezes essas duas modalidades de tratamento são necessárias para alcançar um controle eficaz das doenças. 

Diário do Estado:  Como saber quando é a hora certa de procurar ajuda psiquiátrica?
Dra. Camila:
Quando perceber que existe um prejuízo em sua qualidade de vida, quando perceber que as estratégias adotadas por iniciativa própria não estão sendo eficazes, quando o tempo de sofrimento está muito arrastado. 

Diário do Estado:  Quais são os transtornos psiquiátricos mais comuns no Brasil atualmente? E em Coxim a maioria dos seus atendimentos, pacientes, quais os maiores encaminhamentos?
Dra. Camila:
Os transtornos psiquiátricos mais comuns no Brasil seguem os mesmos padrões observados no restante do mundo, com algumas particularidades ligadas a fatores socioeconômicos. Em primeiro lugar estão os transtornos de ansiedade como transtorno de ansiedade generalizada, fobias, transtorno de pânico; seguidos por transtorno depressivo e na sequência transtornos por uso de substancias. Em Coxim  observo a mesma prevalência citada acima. 

Diário do Estado:  O que caracteriza a depressão e como ela pode ser diferenciada de uma tristeza comum?
Dra. Camila:
Apesar de compartilharem alguns aspectos são condições muito distintas. A tristeza é uma condição normal e ageira e frequentemente apresenta um gatilho identificável. Além disso a pessoa consegue manter sua funcionalidade, mesmo que com alguma dificuldade. Na  depressão existe um prejuízo significativo, duradouro, podendo interferir em sono, apetite, pensamentos, capacidade de trabalho, podendo ainda levar a pensamentos suicidas. Na depressão nem sempre existe um fator desencadeante identificável. 

Diário do Estado:  A ansiedade está cada vez mais presente na sociedade. Quais são os sinais de que ela se tornou um transtorno?
Dra. Camila:
Sentir-se ansioso eventualmente é fisiológico, ou seja, normal e saudável, pois é uma resposta do corpo a um estimulo estressor. Quando se observa uma recorrência frequente dessa sensação, ou quando ela se torna muito intensa a ponte de atrapalhar sua vida cotidiana pode se tratar de uma doença. 

Diário do Estado:  Quais são os principais desafios no diagnóstico e tratamento da esquizofrenia?
Dra. Camila:
Acredito que o maior desafio esteja ligado a questões culturais, preconceitos, que atrasam ou impedem o correto e precoce tratamento, que fará toda a diferença na evolução da doença. 

Diário do Estado:  Como o transtorno bipolar se manifesta e qual é a importância do tratamento contínuo?
Dra. Camila:
O transtorno bipolar é uma doença bastante complexa, que apresenta diversas formas de manifestação, mas para facilitar o entendimento a resumimos como uma doença que é caracterizada por oscilações entre fases de depressão  e hipo/mania, sendo necessário que o paciente fique algumas semanas mantendo as características de um destes polos. A importância do tratamento contínuo visa a estabilização do humor para que a pessoa tenha uma vida absolutamente normal, sem sintomas. 

Diário do Estado:  Quais medidas podem ser adotadas para prevenir transtornos psiquiátricos?
Dra. Camila:
Hábitos simples como o investimento em vínculos afetivos saudáveis, a prática de atividades físicas, investimento em sono de qualidade, alimentação equilibrada, evitar consumo de álcool ou demais substancias psicoativas e prática de meditação funcionam como um excelente arsenal para evitar o adoecimento. Não se trata de evitar todo tipo de sofrimento emocional possível, mas sim de desenvolver ferramentas de enfrentamento. 

Diário do Estado:  Como a sociedade pode combater o estigma relacionado às doenças mentais?
Dra. Camila:
Acredito que atitudes como a sua, de convidar um profissional da área para falar sobre o assunto, ajudam a desmistificar a ideia de que doença mental é sinônimo de loucura. 

Diário do Estado:  Qual a importância das redes de apoio (família, amigos, comunidade) na recuperação de pacientes com transtornos mentais? 
Dra. Camila:
Essas são as primeiras estruturas que a pessoa adoecida encontrará para enfrentar a doença, portanto são de suma importância, devendo encorajar seu ente querido a buscar ajuda o mais breve possível e evitar emitir julgamentos  ou falas preconceituosas. 

Diário do Estado:  De que forma a cultura e a sociedade influenciam na percepção e no tratamento das doenças psiquiátricas?
Dra. Camila:
A percepção cultural sobre o que é normal  ou patológico influencia a forma como os sintomas são interpretados  e até a forma de buscar ajuda. Já escutei diversas vezes de pacientes que demoraram a iniciar o tratamento por considerar que psiquiatra deve ser acionado somente em última instância, após terem esgotado todas as outras tentativas. Algumas sociedades interpretam sintomas psicóticos como possessões e sintomas depressivos ou ansiosos como falhas espirituais ou morais. 

Diário do Estado:  Como a pandemia de COVID-19 impactou a saúde mental da população?
Dra. Camila:
Trouxe um impacto profundo na saude mental da população mundial, devido a fatores como isolamento social, medo do adoecimento, morte de entes queridos, perdas financeiras e sensação de incerteza prolongada. De acordo com a OMS houve um aumento de no mínimo 25% dos transtornos ansiosos e depressivos.            

    

Diário do Estado:  Quais são os principais desafios que a psiquiatria enfrenta atualmente?
Dra. Camila:
Acredito que os principais desafios estejam ligados ao o escasso de serviços de qualidade. As filas para consultas em serviços públicos são longas, muitas vezes sem profissionais treinados. Além disso os medicamentos raramente são encontrados na rede publica, o que dificulta ainda mais o amplo o da população a um tratamento digno e eficaz. 

Diário do Estado:  Como a senhora vê o futuro da psiquiatria, considerando os avanços tecnológicos e científicos?
Dra. Camila:
Muito tem se investido em estudos e avanços tecnológicos que facilitem e tornem mais precisos os diagnósticos e tratamentos  psiquiátricos, mas acredito que nada substituirá a necessidade de acolhimento, empatia e vinculo que somente um bom profissional pode proporcionar aos seus pacientes. 

Diário do Estado:  Que mensagem a senhora gostaria de deixar para quem enfrenta problemas de saúde mental, mas ainda sente medo ou vergonha de procurar ajuda?
Dra. Camila:
Diria que as doenças mentais são como outra qualquer, ou seja, levam a alterações em estruturas e bioquímica cerebral, portanto, assim como você procuraria um ortopedista para tratar um osso quebrado, um psiquiatra vai cuidar do seu adoecimento psíquico. É natural sentir receio das coisas que não conhecemos bem, mas procurando um profissional que te traga segurança, te faça sentir respeitado e demonstre possuir o conhecimento adequado fará uma grande diferença em sua qualidade de vida. 

Diário do Estado:  Suas considerações finais para o Jornal Diário do Estado
Dra. Camila:
Gostaria de parabenizar ao jornal Diário do estado pela iniciativa em falar sobre adoecimento mental, ajudando a reduzir o estigma e o sofrimento das pessoas que lidam com esta dor.  Também quero agradecer ao espaço que me foi oferecido e dizer que estou muito satisfeita em trazer esses esclarecimentos a população coxinense.  

Confira a Entrevista na Integra: 

Entrevista

Samuel Oliveira: 36 Anos no Ar - A Vida, a Paixão e os Bastidores da Voz Mais Marcante de Coxim 3k1334

Nosso entrevistado da semana é um dos profissionais mais respeitados em seu segmento em Coxim e exemplo de dedicação pela profissão. Samuel Severino Oliveira, 51...

Samuel Oliveira: 36 Anos no Ar - A Vida, a Paixão e os Bastidores da Voz Mais Marcante de Coxim

30 de maio de 2025

Samuel Oliveira: 36 Anos no Ar - A Vida, a Paixão e os Bastidores da Voz Mais Marcante de Coxim

 

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Nosso entrevistado da semana é um dos profissionais mais respeitados em seu segmento em Coxim e exemplo de dedicação pela profissão.
Samuel Severino Oliveira, 51 anos, formado em Marketing, casado com Marileide Vaz, Locutor e empreendedor, pai de 3 filhos Tainá, Eduardo e Maria Clara.
Com 36 anos de dedicação ao rádio, Samuel Oliveira se tornou muito mais do que um locutor: ele é um símbolo de credibilidade, carisma e amor pela profissão. Sua trajetória é feita de histórias inesquecíveis, desafios superados, e um compromisso inabalável com a informação, a música e a companhia diária aos ouvintes.
Samuel sem dúvida é uma das figuras mais queridas e respeitadas de Coxim, fazendo o que mais ama: comunicar, emocionar e transformar o cotidiano das pessoas através da força da sua voz.
Hoje, vamos conhecer um pouco mais sobre o homem por trás do microfone, suas memórias, aprendizados e a visão de quem dedicou mais de três décadas a esse meio tão poderoso e essencial.
 

Diário do Estado: Como nasceu a sua paixão pelo rádio e pela locução? Você se lembra do momento em que decidiu seguir essa carreira?
Samuel Oliveira:
Minha paixão pelo rádio surgiu muito cedo, acredito que entre os meus 14 e 15 anos.
Nessa idade, eu gostava muito de uma rádio que havia lá em Campo Grande, e tinha um locutor em específico que eu irava demais! Me lembro que, sempre que ia a Campo Grande, fazia questão de gravar a voz dele, gravar as músicas dessa rádio, etc.
E com toda essa inspiração, comecei com uma brincadeira, em um aparelho de som conhecido na época como “3 em 1”. Nele, eu conectava um microfone, me juntava com um amigo que também se interessava por essa área da comunicação e a gente brincava de fazer as famosas paqueras. Levamos esse atempo até para o restaurante onde trabalhávamos na época, e agíamos como se realmente fôssemos locutores.

E foi nesse mesmo restaurante que conheci a Rosi Paiva, que era a gerente da rádio na época. Eu disse a ela que tinha muito interesse nessa área e ela falou para eu ar na rádio e gravar um piloto. E foi aí que tudo começou.
Fui aprovado e meu primeiro programa era das 20h às 00h. Comecei sem experiência nenhuma, mas com muito interesse em aprender.

Diário do Estado: Quais foram os maiores desafios que você enfrentou no início da sua trajetória como locutor?
Samuel Oliveira:
Acho que os principais desafios vinham do fato de que a gente tinha pouco o à informação, pouco contato com as rádios de fora, como as de São Paulo, que eram referência para todas as rádios.
Naquela época, não existia um curso, por exemplo, para a gente se aperfeiçoar. Aprendemos tudo na raça mesmo, e acredito que, se fosse nos tempos de hoje, essa jornada seria um pouco mais leve.

Diário do Estado: Nestes mais de 20 anos de carreira, qual foi o momento mais marcante ou emocionante para você?
Samuel Oliveira:
Tive vários momentos muito marcantes e de muita emoção, mas um que me marcou foi saber que conseguimos ajudar cerca de 110 famílias, na época, através de uma campanha que fizemos para arrecadar cestas básicas, que durou cerca de dois anos.
Outro momento marcante foi o falecimento da minha mãe. Quando aconteceu, eu estava ao vivo no programa e meu irmão tentava de todas as formas falar comigo, até que conseguiu, já no final do programa.

Diário do Estado: Como você vê a evolução do rádio desde que começou a trabalhar até hoje? O que mudou na forma de comunicar?
Samuel Oliveira:
A evolução do rádio é tremenda. Antigamente, tínhamos que fazer tudo manualmente, com os aparelhos todos analógicos.
Dava realmente muito trabalho fazer um programa naquela época, já que tudo era manual.
As propagandas que tínhamos que soltar eram através de fitas, cartucheiras.

E tudo era feito com discos de vinil. Tínhamos uma programadora, que era uma pessoa contratada só para fazer a programação.
Então, se eram 12 músicas para tocar no programa, eu chegava e haviam 12 discos separados, que iam para o sonoplasta, e ele era encarregado de cuidar dessa parte de colocar as músicas e as propagandas, e eu ficava com uma via de tudo para a gente conduzir o programa.
Mas, às vezes, tínhamos que fazer um programa sozinhos.
Então, numa situação dessas, eu precisava narrar o programa, trocar disco, trocar propaganda — praticamente fazer tudo ao mesmo tempo.
Por isso, às vezes, brinco que os locutores de hoje em dia são todos “nutelas”, porque, de fato, hoje um computador faz quase tudo. Então o rádio basicamente mudou da água para o vinho.

Diário do Estado: Quais habilidades considera essenciais para quem quer ser um bom locutor atualmente?
Samuel Oliveira:
A nossa forma de se comunicar mudou muito. Antigamente, tínhamos uma visão de que os bons locutores tinham que ter uma voz super grossa, até porque eles eram as nossas referências da época.
Acredito que, hoje em dia, o essencial é você ser carismático, saber tratar bem as pessoas, ter muita empatia e carinho. Até porque hoje temos muita facilidade de interação com os ouvintes, por meio das redes sociais, então você acaba criando uma relação muito próxima.
Me lembro que, antigamente, nossa forma de se comunicar com os ouvintes era através de cartas escritas à mão, que eles deixavam em um ponto de coleta, e a gente recebia entre 30 a 60 dias depois.
Então, hoje em dia, com toda essa tecnologia, é esperado que você seja uma pessoa atenciosa e carismática.

Diário do Estado: Como é a sua rotina de trabalho na Band FM de Coxim? Quais são os bastidores que o público não vê?
Samuel Oliveira:
Minha rotina começa logo cedo, com o meu programa na Vale, o “Programa do Samuca”.
Ele vai das 7h às 8h30, e eu me divirto muito lá. Acho que não tem forma melhor de começar o dia.
E ao meio-dia, tenho meu outro programa na Band FM, chamado Band Cidade, que apresento junto com meu amigo Camilo Bressan, uma pessoa por quem tenho um carinho enorme e que me ensinou e ajudou muito a evoluir.
Sobre os bastidores, acho que o que resume tudo é a correria. Às vezes, os ouvintes acham que, nos intervalos, estamos de boa, mas aproveitamos esse tempo para organizar quais informações do dia são interessantes para ar, quais textos vamos falar, porque tudo precisa ser escolhido com muito critério. É uma responsabilidade enorme estar no nosso lugar propagando informações.

Diário do Estado: O que mais te motiva a continuar no ar todos os dias?
Samuel Oliveira:
O que me motiva, com certeza, é o carinho e reconhecimento do meu trabalho. É sair na rua, encontrar meus ouvintes, ter um de perto, fora as participações diárias pelas redes sociais.
Acho todo esse contato próximo com as pessoas essencial, e é muito bom saber que nosso trabalho está alcançando muitos lugares que antigamente não atingíamos, graças à evolução do rádio.

Diário do Estado: Você acredita que o rádio local cumpre um papel importante na comunidade? De que forma isso se manifesta em Coxim?
Samuel Oliveira:
Sim, acredito que o rádio é fundamental, cumprindo o seu papel importantíssimo de informar, trazer conteúdo e entretenimento de qualidade para a população.
O que seria de nós sem o rádio? Ele é o companheiro da dona de casa, do pessoal do comércio, da fazenda. Tem um papel enorme na vida das pessoas.
Um exemplo de situação em que o rádio cumpriu um papel muito legal em Coxim foi na apuração das eleições municipais, quando tivemos uma participação gigantesca dos ouvintes, não só diretamente pelo rádio, mas também pela nossa transmissão no YouTube.
Com certeza, o rádio é um grande veículo de comunicação e contribui muito para a sociedade coxinense.

Diário do Estado: Qual foi o programa ou projeto que você apresentou com mais orgulho até hoje na Band FM? Por quê?
Samuel Oliveira:
Atualmente, participo de dois programas que me trazem muito orgulho e alegria, mas a Band FM tem um lugar especial no meu coração, porque fazer parte dela é a realização de um sonho de infância, que eu via como algo muito distante.
Então, o programa Band Cidade, que apresento com o Camilo Bressan, é motivo de muito orgulho e gratidão para mim.

Diário do Estado: Como você adapta a sua comunicação para se conectar com o público de Coxim e região?
Samuel Oliveira:
Eu procuro fazer uma comunicação bem popular, sem muita formalidade, buscando falar a língua do povo, justamente para me conectar mais com as pessoas.

Diário do Estado: Com a popularização dos podcasts e das plataformas digitais, como você enxerga o futuro do rádio tradicional?
Samuel Oliveira:
Hoje o rádio está ando por uma transformação. Temos vários outros meios de comunicação que tomaram seu espaço, principalmente os podcasts.
Mas nós, que somos do rádio, temos a obrigação de acompanhar a evolução da tecnologia.
Um exemplo prático dessa mudança é que, nos programas de entrevistas da rádio, praticamente os transformamos em podcasts.
Nossos ouvintes têm a opção de escutar a gente na rádio e acompanhar a transmissão ao vivo por outras plataformas, como YouTube e Facebook. Usamos essa evolução tecnológica a nosso favor.
E, sobre o futuro do rádio, enxergo um futuro brilhante. Acredito que o rádio vai seguir firme e forte, conquistando diversos outros espaços na sociedade.
Mas, para isso, precisamos ter a mente aberta e realmente usar a tecnologia a nosso favor, sem nos apegar tanto às “tradições”.

Diário do Estado: Você já pensou ou tem interesse em migrar ou complementar sua atuação com outras mídias, como podcast ou YouTube?
Samuel Oliveira:
Talvez “migrar” não seja a palavra certa, mas com certeza já pensei em complementar minha atuação com outras mídias, principalmente depois que percebi que precisamos acompanhar essa evolução.
Então, aos poucos, venho mudando isso. Como disse anteriormente, busco transformar meus programas no formato de podcast, deixando tudo salvo para que as pessoas assistam quando e onde quiserem. Tenho interesse em usar isso para agregar ainda mais — e quem sabe um dia fazer um podcast voltado exclusivamente para as mídias sociais.

Diário do Estado: Na sua opinião, o que o rádio oferece que nenhuma outra mídia consegue entregar?
Samuel Oliveira:
O rádio tem uma proximidade que nenhuma outra mídia consegue replicar.
Para muita gente, é uma companhia constante — seja no carro, em casa ou no trabalho — e fala direto com o ouvinte, no ritmo da vida real.
É instantâneo, ível e humano. A voz no rádio cria um laço de confiança, de intimidade, que não vemos da mesma forma em outras plataformas.

Diário do Estado: Como você vê a importância da voz na era atual, em que a imagem e o vídeo são tão valorizados?
Samuel Oliveira:
A voz é extremamente essencial, independentemente das evoluções da era atual. A voz carrega muita emoção, credibilidade, e nos conecta com as pessoas de uma forma que, muitas vezes, uma imagem não consegue sozinha.
Principalmente com o crescimento dos podcasts, audiolivros, etc., podemos ver um verdadeiro renascimento da voz.
A imagem pode até chamar a atenção, mas é a voz que sustenta a imagem e cria o vínculo.

Diário do Estado: Quem foram ou ainda são suas maiores referências no mundo da locução e comunicação?
Samuel Oliveira:
Tive como referência, no início da minha jornada como locutor, uma pessoa que eu escutava aqui na cidade: o saudoso “Tio Zé Potoca”. Ele fazia uma festa no rádio, tudo de forma manual, e essa criatividade me fez enxergá-lo como uma referência.

Diário do Estado: Como você se prepara antes de entrar no ar? Tem algum ritual ou técnica específica?
Samuel Oliveira:
Antigamente, usávamos algumas técnicas para melhorar a voz, inclusive uma chamada técnica da caneta. Mas hoje em dia, não tenho nenhum ritual específico. A gente apenas tenta manter a saúde em dia e ter atenção com os alimentos que vamos consumir, etc.

Diário do Estado: Qual característica ou estilo você acredita que diferencia sua locução das demais?
Samuel Oliveira:
Uma das características que acho que diferencia a minha locução é fazer algo mais informal. Me sinto conversando com amigos mesmo quando estou me comunicando com os ouvintes. Sempre busco agir com muita naturalidade.

Diário do Estado: Tem alguma situação engraçada ou curiosa que viveu no estúdio e que pode compartilhar com a gente?
Samuel Oliveira:
Uma das situações engraçadas que vivi foi um dia em que estava fazendo a divulgação de uma empresa no programa Band Cidade.
Eu estava falando os valores promocionais, elogiando os preços, e de repente me deparei com o valor de um produto que estava muito caro. Não consegui disfarçar e acabei soltando minha opinião no ar. Esse dia é motivo de muitas risadas até hoje.

Diário do Estado: Que conselho você daria para quem está começando agora na área de locução ou sonha em trabalhar no rádio?
Samuel Oliveira:
Meu conselho para quem quer começar é: buscar informação, estudar muito e fazer o que puder para se especializar na área. Inclusive fazer um curso de vendas, para conseguir conciliar tudo isso.
Mas não desista, corra atrás, procure uma oportunidade — se for pra ser, vai dar certo.

Diário do Estado: Depois de tantos anos no ar, qual é a principal lição que o rádio te ensinou, como profissional e como pessoa?
Samuel Oliveira:
O rádio me ensinou muitas coisas. Foi como uma faculdade para mim.
Tudo eu aprendi na prática, sabe?
O rádio me ensinou a ser um ser humano melhor, a ter mais empatia pelas pessoas, já que, com o rádio, conheci diversas histórias e diferentes realidades que me moldaram para ser quem sou hoje. Eu, de fato, aprendi muito.
Afinal, comecei no rádio com 16 anos, e apesar de uma pausa nesse período, sigo aqui vivendo essa profissão linda. Se eu pudesse, com certeza faria tudo de novo!

Diário do Estado: Considerações finais:
Samuel Oliveira:
Primeiro, quero agradecer a você, Glenda, e ao Diário do Estado, por me darem essa oportunidade de compartilhar um pouco da minha vida e da minha experiência na comunicação e no rádio.
Muito obrigado, Elô e Rubens Dantas — só tenho a agradecer a essa equipe.
Agora, quero agradecer ao Sr. Toninho e à Dona Tânia, que foram quem me deram a oportunidade de começar na rádio. Devo muito a eles.
E já aproveitando, agradeço muito ao Toni, que é o atual diretor, por continuar me dando a oportunidade de estar no rádio todos os dias. Ele é uma pessoa que me ajuda, me ensina muito e me faz crescer como profissional.
Também quero agradecer a toda a equipe da rádio, meus companheiros diários, que dividem essa jornada comigo e a tornam mais leve. E, claro, quero agradecer aos meus ouvintes, que são o combustível de tudo isso. Muito obrigado!

 

Confira a entrevista na integra: 

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