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Júlio Pipoca: O pantaneiro que levou a culinária do MS para o Brasil k621l

Pelo nome de batismo talvez você não conheça mas se eu colocar aqui para vocês o apelido carinhoso que ele ganhou dos amigos coxinenses você com certeza vai acertar o nome do nosso entrevistado da semana

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27 de setembro de 2024

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(Glenda Melo - Diário do Estado)

Júlio tratando dos animais Júlio e seus companheiros de comitiva Júlio praparando a janta da comitiva Júlio e seu inseparável tereré durante a lida
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NOSSO ENTREVISTADO DA SEMANA é um cara de natureza mansa, nascido no Paraná, mas que escolheu o Mato Grosso do Sul para firmar morada, homem de apego e respeito as suas raízes pantaneiras, de menino de rua virou protegido de um dos maiores pecuaristas do Mato Grosso do Sul, o saudoso Lúdio Coelho. Pelo nome de batismo talvez você não conheça mas se eu colocar aqui para vocês o apelido carinhoso que ele ganhou dos amigos coxinenses você com certeza vai acertar o nome do nosso entrevistado da semana “Júlio pipoca” 57anos, como ele mesmo gosta de falar: um homem sem estudo mas que escolheu o caminho do bem quando tudo o levava para o lado oposto da  vida, o pantaneiro que sobreviveu por anos morando nas ruas, foi acolhido, se transformou em um peão de comitiva e hoje corre o Brasil levando a culinária pantaneira. vamos conhecer a história desse legítimo pantaneiro.

Jornal Diário do Estado: Você nasceu no Paraná, mas já morou em várias cidades de MS até se firmar em Aquidauana, mas como foi sua chegada em Coxim?
Júlio pipoca:
É Glenda, eu já rodei muito, se eu contar toda minha história essa entrevista vira um livro, mas podemos começar com o tempo que eu vivia nas ruas, eu fui um menino de rua mesmo e minha história começa nessa fase para poder chegar aqui. 

Jornal Diário do Estado:  Então nos conte, como foi esse período morando nas ruas, foi em Campo Grande certo?
Júlio pipoca:
Sim, eu perdi meus pais aos 5 anos de idade, me colocaram em um orfanato, mas as coisas lá não eram boas, foi então que eu fugi e fiz das ruas de Campo Grande a minha casa.

Jornal Diário do Estado: Você, uma criança de 5 anos se torna morador de rua? como foi isso? 
Júlio pipoca:
Olha eu acho que para as crianças morar na rua é mais fácil, não estou dizendo e nem aconselhando nenhuma criança e adolescente fazer isso, estou dizendo no sentido de achar que as pessoas tem mais pena das crianças de rua e por conta disso ajudam mais.
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Jornal Diário do Estado: Como eram seus dias na rua? Você se lembra?
Júlio pipoca:
Me lembro de muitas coisas, de pedir dinheiro para as pessoas que avam para comer, elas ajudavam, de não tomar banho todos os dias, e dormir na rua, essas são as lembranças mais fortes que eu tenho, mas morar na rua apesar de ser muito difícil me ensinou muitas coisas.

Jornal Diário do Estado: Que tipo de coisa?
Júlio pipoca:
Não confiar em todo mundo.

Jornal Diário do Estado: Você morou na rua por quanto tempo?
Júlio pipoca:
Morei por 2 anos nas ruas de Campo Grande.

Jornal Diário do Estado: E quando você sai das ruas e conhece um lar, uma família novamente?
Júlio pipoca:
Eu tive a sorte de ser notado nas ruas por um homem muito especial, o senhor Lúdio Coelho, já falecido, grande pecuarista e exprefeito de Campo Grande, ele me tirou das ruas e me levou para sua fazenda, a fazenda Querência em Aquidauana, fui criado na fazenda e foi aí que conheci a vida do homem pantaneiro.

Jornal Diário do Estado:  Bom, você foi criado por um dos maiores pecuaristas do Brasil, o senhor Lúdio Coelho infelizmente já falecido foi um dos nomes mais respeitados do Brasil quando o assunto era pecuária, como foi ser criado por ele?
Júlio pipoca:
Glenda, quando cheguei na fazenda eles me deram tudo, fui para escola para aprender ler e escrever, tinha muita fartura, mas também tinha muito trabalho, comecei a ir para a lida com os peões da fazenda e foi naquele momento que eu decidi que não queria mais estudar, só queria fazer aquilo que eles faziam, lidar com a terra e os bichos.

Jornal Diário do Estado: E aceitaram sua escolha?
Júlio pipoca:
Aceitaram, até por que não tinha jeito também, eles mesmos também viram que minha alegria era estar na lida com a peonada.

Jornal Diário do Estado: Então você a sua infância, adolescência e vida adulta na fazenda Querência?
Júlio pipoca:
Sim, eu deixo a fazenda aos 25 anos de idade 

Jornal Diário do Estado: Por que você deixa a fazenda? Não era o que você mais amava fazer?
Júlio pipoca:
Sim, mas em uma dessa saídas da fazenda eu conheci uma mulher, me encantei por ela e aí já viu né? Homem novo apaixonado é bicho besta.

Jornal Diário do Estado: Você é casado Júlio? Tem filhos?
Júlio pipoca:
Sou solteiro, mas tenho 3 filhos, Ana Paula 35 anos, Leandro 34 anos e minha rapinha do tacho, meu xodó Mariana com 11 anos

Jornal Diário do Estado: Quando você chega em Coxim Júlio?
Júlio pipoca:
Chego no ano de 2009

Jornal Diário do Estado: E quando você chega na cidade você volta a ser peão de comitiva e continua na vida de viagens para levar gado?
Júlio pipoca:
Não Glenda, quando eu chego em Coxim me torno comerciante e abro a selaria dos amigos, me tornei comerciante e fiquei com a selaria por 15 anos na cidade

Jornal Diário do Estado:  E por que você fechou a selaria?
Júlio pipoca:
Havia me casado, fiz a partilha dos bens com a minha ex-mulher e então ela ficou com a selaria.

Jornal Diário do Estado: Você a fazer o que depois que se desfaz da selaria?
Júlio pipoca:
Foi aí que nasceu a ideia de colocar minhas traia de pantaneiro na praça da concha e começar a fazer o que eu fiz por tantos anos nas comitivas pelo pantanal, cozinhar.

Jornal Diário do Estado: Isso acontece em que ano?
Júlio pipoca:
2019, o ano da pandemia, eu já havia começado a fazer o cardápio pantaneiro na praça da concha nas sextas-feiras junto com os feirantes, mas aí achei melhor mudar meus horários e dias de venda das comidas, ei a fazer toda quinta-feira servindo os almoços, eu chego na madrugada de quinta-feira e saio só no final da noite de quinta.

Jornal Diário do Estado:  Qual é o cardápio?
Júlio pipoca:
É a mais pura comida pantaneira, do começo até hoje, a mesma comida, arroz carreteiro, feijão gordo, ovo frito, e macarrão de comitiva, que é um macarrão frito.

Jornal Diário do Estado: Você tem uma base do quanto você vendia?
Júlio pipoca:
Eram 200 marmitas, tinha fila de clientes para comprar, por que o povo não tinha o costume de comer a comida pantaneira do mesmo jeito que é feito no pantanal, então muita gente queria saber como era, compravam e viraram clientes e até hoje estão comigo.

Jornal Diário do Estado: Você me disse que começou em 2019, ano da Pandemia, um período que não podíamos aglomerar, reuniões e encontros eram proibidos e o isolamento foi imposto como um meio de conter para que os números não aumentassem e pessoas não fossem contaminadas, como foi para você esse período Júlio?
Júlio pipoca:
Para mim foi muito difícil por que eu vendia 200 marmitex toda quinta-feira, ei a vender 60, as pessoas se isolaram, não podia ter mais feira, eu vendia ainda no sistema de drive, as pessoas avam de carro, eu de máscara, tudo higienizado com álcool gel e eles levavam, mas não tinha mais contato, conversa, as prosas que a gente tinha com os clientes, tudo acabou, inclusive o lucro, o que me salvou foi um projeto do Governo do Estado para o segmento da cultura, e fui sobrevivendo assim até a pandemia acabar e a gente poder voltar a fazer as coisas que a gente fazia, mas foi um período muito difícil.

Jornal Diário do Estado: ado esse período da pandemia, as coisas voltam a melhorar?
Júlio pipoca:
Ah sim, voltou tudo a ser como era antes, e acho que Deus ainda fez minha comida e o prazer que eu sinto em cozinhar chegar em lugares que jamais imaginei que chegariam.

Jornal Diário do Estado: Como assim?
Júlio pipoca:
Começaram a chegar os convites para cozinhar fora de Coxim, para outros estados, foi quando eu pensei: eitaaa !!!!! esse negócio tá dando certo, comecei viajar muito, comecei ficar pouco em Coxim

Jornal Diário do Estado: Qual foi o primeiro convite para cozinhar fora, você se lembra?
Júlio pipoca:
Sim, através do Simon Cândido secretário de desenvolvimento de Coxim, das senhoras Kátia e Denize do SEBRAE que me ajudaram muito, me orientaram, eu fui convidado para dar um treinamento de 10 dias para funcionários do restaurante Cerrado do Pantanal de comidas pantaneiras, fui muito ajudado por eles e pelo SEBRAE e SENAR , esse foi o primeiro convite e foi uma grande experiência para mim, imagina, um peão de comitiva ensinar nossa comida para eles, um homem simples, sem estudo, ensinando, foi muita alegria.

Jornal Diário do Estado: você se arrepende de ter deixado um negócio que já estava consolidado em Coxim como a sua selaria para cozinhar?
Júlio pipoca:
De jeito nenhum, hoje eu sou o homem mais feliz que você pode imaginar, eu amo cozinhar, eu amo levar a nossa cultura para os outros lugares para outras pessoas conhecerem

Jornal Diário do Estado: O que você gostaria de colocar no seu cardápio pantaneiro que você ainda não colocou?
Júlio pipoca:
A costela seca, que é uma costela feita de um jeito diferente, e a farofa pantaneira que dá muito trabalho por que o charque é socado no pilão, mas ainda vou colocar, vai dar certo.

Jornal Diário do Estado: Como está sua agenda para os próximos meses?
Júlio pipoca:
Glenda, eu fico em Coxim até meados do mês de outubro para participar da festa da primavera, depois tenho viagem já agendada para o Paraná, são Paulo, Mato Grosso e aqui para o MS também.

Jornal Diário do Estado: Vai cozinhar para algum famoso em alguma dessas agendas?
Júlio pipoca:
Sim, Fernando e Sorocaba me convidaram para cozinhar nossas comidas para eles, Alex e Ivan também e recentemente eu cozinhei para o presidente do clube Corinthians.

Jornal Diário do Estado: Onde te convidam você vai?
Júlio pipoca:
Convidar não, eles me contratam, eu faço contrato certinho peço sempre 50% antes e os outros 50% depois, tudo é feito nos conformes, como diz o ditado: Nóis é bruto mas nóis não é bobo.

Jornal Diário do Estado: Você tem o sonho de cozinhar em algum lugar Júlio?
Júlio pipoca:
Sim, em Barretos.

Jornal Diário do Estado: Por que Barretos?
Júlio pipoca:
Por que lá no rodeio de Barretos vão os melhores artistas sertanejos, imagina eu cozinhando naquele lugar para aquela gente que vem de todo lugar do Brasil, seria um sonho realizado.

Jornal Diário do Estado: Você cozinha para qualquer evento?
Júlio pipoca:
Sim, casamento, batizado, aniversário e as pessoas também me chamam sem festividade ou comemoração, só querem experimentar a comida pantaneira.

Jornal Diário do Estado: Você tem ideia que você hoje também é um agente cultural que ajuda a difundir nossa cultura pantaneira e nossa cidade Coxim?
Júlio pipoca:
Glenda, nunca me falaram isso, aliás já falaram mas de outras formas, eu não tinha ideia do que eu estava fazendo, para mim eu só estava cozinhando uma coisa que sempre fiz desde que fui trabalhar em comitiva nessas estradas do pantanal, mas hoje eu levo com muito orgulho o nome de Coxim e do nosso estado para todos os lugares que eu vou.

Jornal Diário do Estado: Me fala como você se vê, depois de tantas histórias de superação?
Júlio pipoca:
Eu acho que Deus gosta é muito de mim, mas não é pouco não, é muito, por que tudo que eu já ei principalmente nas ruas e nessas viagens pelo pantanal não era para estar mais aqui e quando eu penso em tudo só posso pensar que Deus me ama e cuida muito de mim.

Jornal Diário do Estado: Júlio, gostaríamos que você nos deixasse suas considerações finais.
Júlio pipoca:
E u queria agradecer o convite que vocês me fizeram, onde que eu imaginei que um dia eu estaria dando uma entrevista para uma jornalista para falar da minha vida simples,  eu agradeço todos vocês do jornal e quero convidar vocês e o povo de Coxim para comer a verdadeira comida pantaneira toda quinta-feira a partir das 6:00 da manhã com um cafezinho na praça da Concha Acústica, muito obrigada e espero vocês todos lá.
 

Entrevista

A médica, a mãe e a mulher por trás do jaleco: A inspiradora trajetória da psiquiatra Camila Molina 1t631e

Nossa entrevista da semana é com uma mulher que carrega, em cada gesto e palavra, a delicadeza e a força de quem escolheu cuidar da mente e da alma das pessoas. Recebemos com muito...

A médica, a mãe e a mulher por trás do jaleco: A inspiradora trajetória da psiquiatra Camila Molina

6 de junho de 2025

A médica, a mãe e a mulher por trás do jaleco: A inspiradora trajetória da psiquiatra Camila Molina

 

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Nossa entrevista da semana é com uma mulher que carrega, em cada gesto e palavra, a delicadeza e a força de quem escolheu cuidar da mente e da alma das pessoas.
Recebemos com muito carinho a médica Camila Molina Kern, de 37 anos, psiquiatra formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, uma profissional dedicada, que faz da escuta e do acolhimento as bases do seu trabalho.
Mas, além da médica, conhecemos também a mulher, a esposa e a mãe: Camila é casada com o também médico Felipe Gomes Ferreira, com quem construiu uma linda família. Juntos, são pais do Matheus, de 7 anos, e da pequena Maitê, de 3 anos, dois grandes amores que, segundo ela, dão ainda mais sentido à sua missão de cuidar das pessoas.
Hoje, vamos conversar sobre sua trajetória, os desafios e encantos da psiquiatria, e sobre o equilíbrio entre a profissão e a maternidade. Seja muito bem-vinda, doutora Camila é uma alegria ter você conosco!

Diário do Estado: Como a senhora definiria saúde mental e qual a sua importância na vida cotidiana?
Dra. Camila:
Saúde mental é um conjunto de aspectos da vida emocional, social, psicológica que afeta a forma como interpretamos, sentimos e nos comportamos. 

Diário do Estado:  Quais são os principais fatores que influenciam a saúde mental de uma pessoa?
Dra. Camila:
Autoconhecimento seria o principal fator, seguido de capacidade de lidar com emoções ditas negativas, como tristeza e raiva e sem dúvida, manter relacionamentos saudáveis (não me refiro a relacionamentos românticos apenas, mas amizades e vínculos familiares). 

Diário do Estado:  Quais as diferenças fundamentais entre um transtorno psiquiátrico e uma fase difícil da vida?
Dra. Camila:
Fase difícil da vida é um processo absolutamente natural e esperado, tende a ser ageiro e não afeta significativamente a capacidade de trabalho, interação social, sono e apetite. Já os transtornos mentais são patológicos, ou seja, interferem significativamente na qualidade de vida do paciente, e tendem a piorar com o ar do tempo se não houver intervenção adequada. 

Diário do Estado:  Como é realizado o diagnóstico de um transtorno psiquiátrico? Quais critérios são utilizados? 
Dra. Camila:
Os critérios diagnósticos variam conforme a doença, mas seguem manuais validados internacionalmente. Atualmente utilizamos o DSM 5. Para isso são realizadas avaliações clinicas durante os atendimentos e caso haja indicação também podem ser solicitados exames complementares. 

Diário do Estado:  Quais são os principais tratamentos disponíveis atualmente para as doenças psiquiátricas? 
Dra. Camila:
Medicamentos e psicoterapia são amplamente estudados e validados como ferramentas altamente eficazes para uma ampla gama de doenças. 

Diário do Estado:  Qual é o papel da medicação no tratamento de transtornos mentais? E qual o papel da psicoterapia? 
Dra. Camila:
São complementares, na maioria das vezes essas duas modalidades de tratamento são necessárias para alcançar um controle eficaz das doenças. 

Diário do Estado:  Como saber quando é a hora certa de procurar ajuda psiquiátrica?
Dra. Camila:
Quando perceber que existe um prejuízo em sua qualidade de vida, quando perceber que as estratégias adotadas por iniciativa própria não estão sendo eficazes, quando o tempo de sofrimento está muito arrastado. 

Diário do Estado:  Quais são os transtornos psiquiátricos mais comuns no Brasil atualmente? E em Coxim a maioria dos seus atendimentos, pacientes, quais os maiores encaminhamentos?
Dra. Camila:
Os transtornos psiquiátricos mais comuns no Brasil seguem os mesmos padrões observados no restante do mundo, com algumas particularidades ligadas a fatores socioeconômicos. Em primeiro lugar estão os transtornos de ansiedade como transtorno de ansiedade generalizada, fobias, transtorno de pânico; seguidos por transtorno depressivo e na sequência transtornos por uso de substancias. Em Coxim  observo a mesma prevalência citada acima. 

Diário do Estado:  O que caracteriza a depressão e como ela pode ser diferenciada de uma tristeza comum?
Dra. Camila:
Apesar de compartilharem alguns aspectos são condições muito distintas. A tristeza é uma condição normal e ageira e frequentemente apresenta um gatilho identificável. Além disso a pessoa consegue manter sua funcionalidade, mesmo que com alguma dificuldade. Na  depressão existe um prejuízo significativo, duradouro, podendo interferir em sono, apetite, pensamentos, capacidade de trabalho, podendo ainda levar a pensamentos suicidas. Na depressão nem sempre existe um fator desencadeante identificável. 

Diário do Estado:  A ansiedade está cada vez mais presente na sociedade. Quais são os sinais de que ela se tornou um transtorno?
Dra. Camila:
Sentir-se ansioso eventualmente é fisiológico, ou seja, normal e saudável, pois é uma resposta do corpo a um estimulo estressor. Quando se observa uma recorrência frequente dessa sensação, ou quando ela se torna muito intensa a ponte de atrapalhar sua vida cotidiana pode se tratar de uma doença. 

Diário do Estado:  Quais são os principais desafios no diagnóstico e tratamento da esquizofrenia?
Dra. Camila:
Acredito que o maior desafio esteja ligado a questões culturais, preconceitos, que atrasam ou impedem o correto e precoce tratamento, que fará toda a diferença na evolução da doença. 

Diário do Estado:  Como o transtorno bipolar se manifesta e qual é a importância do tratamento contínuo?
Dra. Camila:
O transtorno bipolar é uma doença bastante complexa, que apresenta diversas formas de manifestação, mas para facilitar o entendimento a resumimos como uma doença que é caracterizada por oscilações entre fases de depressão  e hipo/mania, sendo necessário que o paciente fique algumas semanas mantendo as características de um destes polos. A importância do tratamento contínuo visa a estabilização do humor para que a pessoa tenha uma vida absolutamente normal, sem sintomas. 

Diário do Estado:  Quais medidas podem ser adotadas para prevenir transtornos psiquiátricos?
Dra. Camila:
Hábitos simples como o investimento em vínculos afetivos saudáveis, a prática de atividades físicas, investimento em sono de qualidade, alimentação equilibrada, evitar consumo de álcool ou demais substancias psicoativas e prática de meditação funcionam como um excelente arsenal para evitar o adoecimento. Não se trata de evitar todo tipo de sofrimento emocional possível, mas sim de desenvolver ferramentas de enfrentamento. 

Diário do Estado:  Como a sociedade pode combater o estigma relacionado às doenças mentais?
Dra. Camila:
Acredito que atitudes como a sua, de convidar um profissional da área para falar sobre o assunto, ajudam a desmistificar a ideia de que doença mental é sinônimo de loucura. 

Diário do Estado:  Qual a importância das redes de apoio (família, amigos, comunidade) na recuperação de pacientes com transtornos mentais? 
Dra. Camila:
Essas são as primeiras estruturas que a pessoa adoecida encontrará para enfrentar a doença, portanto são de suma importância, devendo encorajar seu ente querido a buscar ajuda o mais breve possível e evitar emitir julgamentos  ou falas preconceituosas. 

Diário do Estado:  De que forma a cultura e a sociedade influenciam na percepção e no tratamento das doenças psiquiátricas?
Dra. Camila:
A percepção cultural sobre o que é normal  ou patológico influencia a forma como os sintomas são interpretados  e até a forma de buscar ajuda. Já escutei diversas vezes de pacientes que demoraram a iniciar o tratamento por considerar que psiquiatra deve ser acionado somente em última instância, após terem esgotado todas as outras tentativas. Algumas sociedades interpretam sintomas psicóticos como possessões e sintomas depressivos ou ansiosos como falhas espirituais ou morais. 

Diário do Estado:  Como a pandemia de COVID-19 impactou a saúde mental da população?
Dra. Camila:
Trouxe um impacto profundo na saude mental da população mundial, devido a fatores como isolamento social, medo do adoecimento, morte de entes queridos, perdas financeiras e sensação de incerteza prolongada. De acordo com a OMS houve um aumento de no mínimo 25% dos transtornos ansiosos e depressivos.            

    

Diário do Estado:  Quais são os principais desafios que a psiquiatria enfrenta atualmente?
Dra. Camila:
Acredito que os principais desafios estejam ligados ao o escasso de serviços de qualidade. As filas para consultas em serviços públicos são longas, muitas vezes sem profissionais treinados. Além disso os medicamentos raramente são encontrados na rede publica, o que dificulta ainda mais o amplo o da população a um tratamento digno e eficaz. 

Diário do Estado:  Como a senhora vê o futuro da psiquiatria, considerando os avanços tecnológicos e científicos?
Dra. Camila:
Muito tem se investido em estudos e avanços tecnológicos que facilitem e tornem mais precisos os diagnósticos e tratamentos  psiquiátricos, mas acredito que nada substituirá a necessidade de acolhimento, empatia e vinculo que somente um bom profissional pode proporcionar aos seus pacientes. 

Diário do Estado:  Que mensagem a senhora gostaria de deixar para quem enfrenta problemas de saúde mental, mas ainda sente medo ou vergonha de procurar ajuda?
Dra. Camila:
Diria que as doenças mentais são como outra qualquer, ou seja, levam a alterações em estruturas e bioquímica cerebral, portanto, assim como você procuraria um ortopedista para tratar um osso quebrado, um psiquiatra vai cuidar do seu adoecimento psíquico. É natural sentir receio das coisas que não conhecemos bem, mas procurando um profissional que te traga segurança, te faça sentir respeitado e demonstre possuir o conhecimento adequado fará uma grande diferença em sua qualidade de vida. 

Diário do Estado:  Suas considerações finais para o Jornal Diário do Estado
Dra. Camila:
Gostaria de parabenizar ao jornal Diário do estado pela iniciativa em falar sobre adoecimento mental, ajudando a reduzir o estigma e o sofrimento das pessoas que lidam com esta dor.  Também quero agradecer ao espaço que me foi oferecido e dizer que estou muito satisfeita em trazer esses esclarecimentos a população coxinense.  

Confira a Entrevista na Integra: 

Entrevista

Samuel Oliveira: 36 Anos no Ar - A Vida, a Paixão e os Bastidores da Voz Mais Marcante de Coxim 3k1334

Nosso entrevistado da semana é um dos profissionais mais respeitados em seu segmento em Coxim e exemplo de dedicação pela profissão. Samuel Severino Oliveira, 51...

Samuel Oliveira: 36 Anos no Ar - A Vida, a Paixão e os Bastidores da Voz Mais Marcante de Coxim

30 de maio de 2025

Samuel Oliveira: 36 Anos no Ar - A Vida, a Paixão e os Bastidores da Voz Mais Marcante de Coxim

 

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Nosso entrevistado da semana é um dos profissionais mais respeitados em seu segmento em Coxim e exemplo de dedicação pela profissão.
Samuel Severino Oliveira, 51 anos, formado em Marketing, casado com Marileide Vaz, Locutor e empreendedor, pai de 3 filhos Tainá, Eduardo e Maria Clara.
Com 36 anos de dedicação ao rádio, Samuel Oliveira se tornou muito mais do que um locutor: ele é um símbolo de credibilidade, carisma e amor pela profissão. Sua trajetória é feita de histórias inesquecíveis, desafios superados, e um compromisso inabalável com a informação, a música e a companhia diária aos ouvintes.
Samuel sem dúvida é uma das figuras mais queridas e respeitadas de Coxim, fazendo o que mais ama: comunicar, emocionar e transformar o cotidiano das pessoas através da força da sua voz.
Hoje, vamos conhecer um pouco mais sobre o homem por trás do microfone, suas memórias, aprendizados e a visão de quem dedicou mais de três décadas a esse meio tão poderoso e essencial.
 

Diário do Estado: Como nasceu a sua paixão pelo rádio e pela locução? Você se lembra do momento em que decidiu seguir essa carreira?
Samuel Oliveira:
Minha paixão pelo rádio surgiu muito cedo, acredito que entre os meus 14 e 15 anos.
Nessa idade, eu gostava muito de uma rádio que havia lá em Campo Grande, e tinha um locutor em específico que eu irava demais! Me lembro que, sempre que ia a Campo Grande, fazia questão de gravar a voz dele, gravar as músicas dessa rádio, etc.
E com toda essa inspiração, comecei com uma brincadeira, em um aparelho de som conhecido na época como “3 em 1”. Nele, eu conectava um microfone, me juntava com um amigo que também se interessava por essa área da comunicação e a gente brincava de fazer as famosas paqueras. Levamos esse atempo até para o restaurante onde trabalhávamos na época, e agíamos como se realmente fôssemos locutores.

E foi nesse mesmo restaurante que conheci a Rosi Paiva, que era a gerente da rádio na época. Eu disse a ela que tinha muito interesse nessa área e ela falou para eu ar na rádio e gravar um piloto. E foi aí que tudo começou.
Fui aprovado e meu primeiro programa era das 20h às 00h. Comecei sem experiência nenhuma, mas com muito interesse em aprender.

Diário do Estado: Quais foram os maiores desafios que você enfrentou no início da sua trajetória como locutor?
Samuel Oliveira:
Acho que os principais desafios vinham do fato de que a gente tinha pouco o à informação, pouco contato com as rádios de fora, como as de São Paulo, que eram referência para todas as rádios.
Naquela época, não existia um curso, por exemplo, para a gente se aperfeiçoar. Aprendemos tudo na raça mesmo, e acredito que, se fosse nos tempos de hoje, essa jornada seria um pouco mais leve.

Diário do Estado: Nestes mais de 20 anos de carreira, qual foi o momento mais marcante ou emocionante para você?
Samuel Oliveira:
Tive vários momentos muito marcantes e de muita emoção, mas um que me marcou foi saber que conseguimos ajudar cerca de 110 famílias, na época, através de uma campanha que fizemos para arrecadar cestas básicas, que durou cerca de dois anos.
Outro momento marcante foi o falecimento da minha mãe. Quando aconteceu, eu estava ao vivo no programa e meu irmão tentava de todas as formas falar comigo, até que conseguiu, já no final do programa.

Diário do Estado: Como você vê a evolução do rádio desde que começou a trabalhar até hoje? O que mudou na forma de comunicar?
Samuel Oliveira:
A evolução do rádio é tremenda. Antigamente, tínhamos que fazer tudo manualmente, com os aparelhos todos analógicos.
Dava realmente muito trabalho fazer um programa naquela época, já que tudo era manual.
As propagandas que tínhamos que soltar eram através de fitas, cartucheiras.

E tudo era feito com discos de vinil. Tínhamos uma programadora, que era uma pessoa contratada só para fazer a programação.
Então, se eram 12 músicas para tocar no programa, eu chegava e haviam 12 discos separados, que iam para o sonoplasta, e ele era encarregado de cuidar dessa parte de colocar as músicas e as propagandas, e eu ficava com uma via de tudo para a gente conduzir o programa.
Mas, às vezes, tínhamos que fazer um programa sozinhos.
Então, numa situação dessas, eu precisava narrar o programa, trocar disco, trocar propaganda — praticamente fazer tudo ao mesmo tempo.
Por isso, às vezes, brinco que os locutores de hoje em dia são todos “nutelas”, porque, de fato, hoje um computador faz quase tudo. Então o rádio basicamente mudou da água para o vinho.

Diário do Estado: Quais habilidades considera essenciais para quem quer ser um bom locutor atualmente?
Samuel Oliveira:
A nossa forma de se comunicar mudou muito. Antigamente, tínhamos uma visão de que os bons locutores tinham que ter uma voz super grossa, até porque eles eram as nossas referências da época.
Acredito que, hoje em dia, o essencial é você ser carismático, saber tratar bem as pessoas, ter muita empatia e carinho. Até porque hoje temos muita facilidade de interação com os ouvintes, por meio das redes sociais, então você acaba criando uma relação muito próxima.
Me lembro que, antigamente, nossa forma de se comunicar com os ouvintes era através de cartas escritas à mão, que eles deixavam em um ponto de coleta, e a gente recebia entre 30 a 60 dias depois.
Então, hoje em dia, com toda essa tecnologia, é esperado que você seja uma pessoa atenciosa e carismática.

Diário do Estado: Como é a sua rotina de trabalho na Band FM de Coxim? Quais são os bastidores que o público não vê?
Samuel Oliveira:
Minha rotina começa logo cedo, com o meu programa na Vale, o “Programa do Samuca”.
Ele vai das 7h às 8h30, e eu me divirto muito lá. Acho que não tem forma melhor de começar o dia.
E ao meio-dia, tenho meu outro programa na Band FM, chamado Band Cidade, que apresento junto com meu amigo Camilo Bressan, uma pessoa por quem tenho um carinho enorme e que me ensinou e ajudou muito a evoluir.
Sobre os bastidores, acho que o que resume tudo é a correria. Às vezes, os ouvintes acham que, nos intervalos, estamos de boa, mas aproveitamos esse tempo para organizar quais informações do dia são interessantes para ar, quais textos vamos falar, porque tudo precisa ser escolhido com muito critério. É uma responsabilidade enorme estar no nosso lugar propagando informações.

Diário do Estado: O que mais te motiva a continuar no ar todos os dias?
Samuel Oliveira:
O que me motiva, com certeza, é o carinho e reconhecimento do meu trabalho. É sair na rua, encontrar meus ouvintes, ter um de perto, fora as participações diárias pelas redes sociais.
Acho todo esse contato próximo com as pessoas essencial, e é muito bom saber que nosso trabalho está alcançando muitos lugares que antigamente não atingíamos, graças à evolução do rádio.

Diário do Estado: Você acredita que o rádio local cumpre um papel importante na comunidade? De que forma isso se manifesta em Coxim?
Samuel Oliveira:
Sim, acredito que o rádio é fundamental, cumprindo o seu papel importantíssimo de informar, trazer conteúdo e entretenimento de qualidade para a população.
O que seria de nós sem o rádio? Ele é o companheiro da dona de casa, do pessoal do comércio, da fazenda. Tem um papel enorme na vida das pessoas.
Um exemplo de situação em que o rádio cumpriu um papel muito legal em Coxim foi na apuração das eleições municipais, quando tivemos uma participação gigantesca dos ouvintes, não só diretamente pelo rádio, mas também pela nossa transmissão no YouTube.
Com certeza, o rádio é um grande veículo de comunicação e contribui muito para a sociedade coxinense.

Diário do Estado: Qual foi o programa ou projeto que você apresentou com mais orgulho até hoje na Band FM? Por quê?
Samuel Oliveira:
Atualmente, participo de dois programas que me trazem muito orgulho e alegria, mas a Band FM tem um lugar especial no meu coração, porque fazer parte dela é a realização de um sonho de infância, que eu via como algo muito distante.
Então, o programa Band Cidade, que apresento com o Camilo Bressan, é motivo de muito orgulho e gratidão para mim.

Diário do Estado: Como você adapta a sua comunicação para se conectar com o público de Coxim e região?
Samuel Oliveira:
Eu procuro fazer uma comunicação bem popular, sem muita formalidade, buscando falar a língua do povo, justamente para me conectar mais com as pessoas.

Diário do Estado: Com a popularização dos podcasts e das plataformas digitais, como você enxerga o futuro do rádio tradicional?
Samuel Oliveira:
Hoje o rádio está ando por uma transformação. Temos vários outros meios de comunicação que tomaram seu espaço, principalmente os podcasts.
Mas nós, que somos do rádio, temos a obrigação de acompanhar a evolução da tecnologia.
Um exemplo prático dessa mudança é que, nos programas de entrevistas da rádio, praticamente os transformamos em podcasts.
Nossos ouvintes têm a opção de escutar a gente na rádio e acompanhar a transmissão ao vivo por outras plataformas, como YouTube e Facebook. Usamos essa evolução tecnológica a nosso favor.
E, sobre o futuro do rádio, enxergo um futuro brilhante. Acredito que o rádio vai seguir firme e forte, conquistando diversos outros espaços na sociedade.
Mas, para isso, precisamos ter a mente aberta e realmente usar a tecnologia a nosso favor, sem nos apegar tanto às “tradições”.

Diário do Estado: Você já pensou ou tem interesse em migrar ou complementar sua atuação com outras mídias, como podcast ou YouTube?
Samuel Oliveira:
Talvez “migrar” não seja a palavra certa, mas com certeza já pensei em complementar minha atuação com outras mídias, principalmente depois que percebi que precisamos acompanhar essa evolução.
Então, aos poucos, venho mudando isso. Como disse anteriormente, busco transformar meus programas no formato de podcast, deixando tudo salvo para que as pessoas assistam quando e onde quiserem. Tenho interesse em usar isso para agregar ainda mais — e quem sabe um dia fazer um podcast voltado exclusivamente para as mídias sociais.

Diário do Estado: Na sua opinião, o que o rádio oferece que nenhuma outra mídia consegue entregar?
Samuel Oliveira:
O rádio tem uma proximidade que nenhuma outra mídia consegue replicar.
Para muita gente, é uma companhia constante — seja no carro, em casa ou no trabalho — e fala direto com o ouvinte, no ritmo da vida real.
É instantâneo, ível e humano. A voz no rádio cria um laço de confiança, de intimidade, que não vemos da mesma forma em outras plataformas.

Diário do Estado: Como você vê a importância da voz na era atual, em que a imagem e o vídeo são tão valorizados?
Samuel Oliveira:
A voz é extremamente essencial, independentemente das evoluções da era atual. A voz carrega muita emoção, credibilidade, e nos conecta com as pessoas de uma forma que, muitas vezes, uma imagem não consegue sozinha.
Principalmente com o crescimento dos podcasts, audiolivros, etc., podemos ver um verdadeiro renascimento da voz.
A imagem pode até chamar a atenção, mas é a voz que sustenta a imagem e cria o vínculo.

Diário do Estado: Quem foram ou ainda são suas maiores referências no mundo da locução e comunicação?
Samuel Oliveira:
Tive como referência, no início da minha jornada como locutor, uma pessoa que eu escutava aqui na cidade: o saudoso “Tio Zé Potoca”. Ele fazia uma festa no rádio, tudo de forma manual, e essa criatividade me fez enxergá-lo como uma referência.

Diário do Estado: Como você se prepara antes de entrar no ar? Tem algum ritual ou técnica específica?
Samuel Oliveira:
Antigamente, usávamos algumas técnicas para melhorar a voz, inclusive uma chamada técnica da caneta. Mas hoje em dia, não tenho nenhum ritual específico. A gente apenas tenta manter a saúde em dia e ter atenção com os alimentos que vamos consumir, etc.

Diário do Estado: Qual característica ou estilo você acredita que diferencia sua locução das demais?
Samuel Oliveira:
Uma das características que acho que diferencia a minha locução é fazer algo mais informal. Me sinto conversando com amigos mesmo quando estou me comunicando com os ouvintes. Sempre busco agir com muita naturalidade.

Diário do Estado: Tem alguma situação engraçada ou curiosa que viveu no estúdio e que pode compartilhar com a gente?
Samuel Oliveira:
Uma das situações engraçadas que vivi foi um dia em que estava fazendo a divulgação de uma empresa no programa Band Cidade.
Eu estava falando os valores promocionais, elogiando os preços, e de repente me deparei com o valor de um produto que estava muito caro. Não consegui disfarçar e acabei soltando minha opinião no ar. Esse dia é motivo de muitas risadas até hoje.

Diário do Estado: Que conselho você daria para quem está começando agora na área de locução ou sonha em trabalhar no rádio?
Samuel Oliveira:
Meu conselho para quem quer começar é: buscar informação, estudar muito e fazer o que puder para se especializar na área. Inclusive fazer um curso de vendas, para conseguir conciliar tudo isso.
Mas não desista, corra atrás, procure uma oportunidade — se for pra ser, vai dar certo.

Diário do Estado: Depois de tantos anos no ar, qual é a principal lição que o rádio te ensinou, como profissional e como pessoa?
Samuel Oliveira:
O rádio me ensinou muitas coisas. Foi como uma faculdade para mim.
Tudo eu aprendi na prática, sabe?
O rádio me ensinou a ser um ser humano melhor, a ter mais empatia pelas pessoas, já que, com o rádio, conheci diversas histórias e diferentes realidades que me moldaram para ser quem sou hoje. Eu, de fato, aprendi muito.
Afinal, comecei no rádio com 16 anos, e apesar de uma pausa nesse período, sigo aqui vivendo essa profissão linda. Se eu pudesse, com certeza faria tudo de novo!

Diário do Estado: Considerações finais:
Samuel Oliveira:
Primeiro, quero agradecer a você, Glenda, e ao Diário do Estado, por me darem essa oportunidade de compartilhar um pouco da minha vida e da minha experiência na comunicação e no rádio.
Muito obrigado, Elô e Rubens Dantas — só tenho a agradecer a essa equipe.
Agora, quero agradecer ao Sr. Toninho e à Dona Tânia, que foram quem me deram a oportunidade de começar na rádio. Devo muito a eles.
E já aproveitando, agradeço muito ao Toni, que é o atual diretor, por continuar me dando a oportunidade de estar no rádio todos os dias. Ele é uma pessoa que me ajuda, me ensina muito e me faz crescer como profissional.
Também quero agradecer a toda a equipe da rádio, meus companheiros diários, que dividem essa jornada comigo e a tornam mais leve. E, claro, quero agradecer aos meus ouvintes, que são o combustível de tudo isso. Muito obrigado!

 

Confira a entrevista na integra: 

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