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Entrevistas da Semana

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Histórias de Amor e Superação: A Jornada do GAAM na Adoção Legal 613l21

NOSSA ENTREVISTADA DA SEMANA é a atual presidente GAAM Grupo de Apoio à Adoção Manjedoura, Silvana Aparecida da Silva Zanchett,que irá nos falar um pouco sobre esse projeto tão lindo e importante que têm feito a diferença na vida de tantas crianças e adolescentes que não tinham esperança de conseguir o tão sonhado lar e tiveram suas vidas transformadas após dedicação do projeto em suas vidas.

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6 de setembro de 2024

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(Glenda Melo/Diário do Estado)

 Eulina de Azevedo pinto Bellanda – 1° Secretária e Fundadora Primeira sede do Gaam na vila mariana que hoje está cedida para o projeto Garoto Cidadão Diretoria e comitê fiscal do Gaam Arlete Paro – Fundadora e voluntária Doemia Ceni – Fundadora e voluntária Sede atual do GAAM Reunião na atual sede do Gaam
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Diário do Estado: Quando foi criado o Gaam ?
Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
Em 07/07/2004 o Gaam foi criado e de lá para cá não paramos mais, entre histórias alegres e tristes, sobrevive o amor ao próximo à favor da vida. 

Diário do Estado: Com qual missão o projeto foi criado? 
Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
Orientar, apoiar e incentivar ações que promovam a adoção legal, segura e irrevogável; trabalhar em prol da convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, com vistas ao fortalecimento dos vínculos familiares.

Diário do Estado: Qual objetivo o projeto tem como prioridade?
Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
Ser reconhecido pela capacidade de desenvolver ações que promovam a convivência familiar e comunitária para crianças e adolescentes, respeitando o seu direito de viver com dignidade em famílias biológicas ou por adoção.
Nossos Valores são: Respeito, valorização e compromisso com a vida, pela prática da solidariedade, colaboração, aprendizado e compartilhamento de saberes.

Diário do Estado: Quem fundou o Gaam Silvana?
Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
Doemia Ignes Ceni,  na época era Assistente Social lotada na Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Coxim,  (atualmente trabalha na Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude em Campo Grande) que e conheceu o Movimento Nacional da Adoção ao participar no VII ENAPA - Encontro Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção, em maio de 2002 em Mogi das Cruzes - SP. 
Ao retornar para Coxim a mesma procurou as Cofundadoras: Eulina de Azevedo Pinto Bellanda – Assistente Social e Mãe por Adoção e Arlete Souza Cardoso Paro, Professora e na época trabalhava com a Instituição Adoptonsforum, Adoção Internacional para formar o Grupo em Coxim e desde então, iniciou o trabalho do GAAM.
O Grupo de  Apoio à Adoção Manjedoura – GAAM é uma Organização da Sociedade Civil, sem fins lucrativos. Foi o primeiro Grupo de Apoio à Adoção criado no Estado de Mato Grosso do Sul, na cidade de Coxim, no ano de 2002, constituindo sua personalidade jurídica em abril de 200, o projeto é formado por pessoas amigas, dentre elas, pais adotivos, filhos adotivos, pretendentes a adoção e simpatizantes da causa, que se propam a desenvolver um trabalho voluntário de esclarecimento, estímulo e encaminhamento à Adoção Legal e Projetos Sociais de Fortalecimento de Vínculos Familiares tendo como objetivo básico evitar a institucionalização de crianças e adolescentes.

Diário do Estado: Quem são os parceiros do Gaam?
Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
O GAAM atua em parceria com vários segmentos da sociedade, ministério público, Mitra Diocena, que nos sede a sala para realizar os trabalhos e o poder Judiciário (Comarca de Coxim).

Diário do Estado: A primeira sede do Gaam, quando abriu as portas?
Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
Visando  realizar um trabalho social de forma planejada e efetiva,  em maio de 2014, o GAAM  inaugurou sua Sede Social, denominada Espaço Manjedoura, no Bairro Vale do Taquari em Coxim-MS, aonde desenvolveu o Projeto Manjedoura: Prevenção à Criminalidade e Fortalecimento de Vínculos Familiares e Comunitários destinado a atender o público alvo (crianças, adolescentes e famílias), de forma adequada, em um ambiente acolhedor e confortável, proporcionando às crianças e adolescentes, ações complementares à Escola, nas seguintes modalidades: acompanhamento

Diário do Estado: A parte pedagógica Silvana, como foi trabalhada?
Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
Na parte pedagógica esporte; teatro; educação musical, contação de história e ainda, atividades de apoio e oferta de cursos profissionalizantes destinados à profissionalização e geração de renda para as famílias. Em 2022, o prédio foi cedido em modalidade de comodato para a CSN desenvolver o projeto garoto cidadão, que para a nossa alegria atende mais de 150 crianças ali da região.  

Diário do Estado: Hoje como está formada a diretoria do projeto?
Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
Presidente: Silvana Aparecida da Silva Zanchett
Vice-Presidente: Beatriz de Barros Figueiredo

  • 1º Secretário: Eulina de Azevedo Pinto Bellanda
  • 2º Secretário: Fábia Ferreira da Silva
  • 1º Tesoureiro: Julia Benedita Camargo Pavão 
  • 2º Tesoureiro: Maristela Góes Martins

  • Diário do Estado: Silvana, adotar é fácil?
    Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
    Glenda, existem regras para a adoção que as famílias precisam cumprir, participar das reuniões para ser preparado para receber essa criança, ter renda , enfim existem algumas regrinhas , mas como eu digo sempre ter amor para dar é a condição mais importante.

    Diário do Estado: As faixas etárias mais procuradas para adoção, quais são?
    Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
    Ainda continua sendo as menores Glenda, bebês e crianças até os 9, 10 anos, crianças brancas e menores de 13 anos continua sendo as mais procuradas, mas essa realidade é no Brasil todo não só aqui.

    Diário do Estado: por que você acha que ainda existe essa predileção?
    Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
    Os pais que adotam dizem que preferem as crianças menores por poder criar conforme suas costumes, querem moldar as crianças conforme suas criações, é o que mais ouvimos.

    Diário do Estado: Já aconteceu de crianças e famílias não se adaptarem e as crianças serem devolvidas para vocês?
    Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
    Infelizmente sim, isso pode acontecer e já aconteceu no nosso projeto, é muito triste por que essa criança cria uma expectativa que terá um lar, uma família e de repente vimos essa situação acontecer, não só para a criança mas para nós é um baque.

    Diário do Estado: você pode contar porque essa criança foi devolvida?
    Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
    O casal optou por adotar as 4 crianças, todos irmãos, o casal não queria separar as crianças e então decidiu adotar os 4, mas o casal não se adaptou com os 4 e então decidiram por não fazer a adoção.

    Diário do Estado: Isso é recorrente em acontecer 
    Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
    Não muito, mas acontece, e compreendemos também, todos nós temos que adaptar as novas situações, novas rotinas, as vezes pensamos que temos certeza e controle sobre as coisas, mas não temos.

    Diário do Estado: Alguma criança aqui de Coxim já foi adotada por pessoas fora do Brasil?
    Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
    Sim, temos crianças nossas adotadas por pessoas de fora.

    Diário do Estado: Adoção por casais homoafetivos já aconteceu?
    Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
    Sim, e as crianças adotadas não poderiam estar mais felizes e bem cuidadas, não importa para nós a orientação sexual dos pais, isso não é da nossa conta, para nós importa se essa criança será cuidada, amada e protegida.

    Diário do Estado: Como o Gaam é mantido Silvana?
    Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
    Projetos, doações, nós mesmo também arcamos com as despesas quando é preciso para manter nossa sede e garantir toda estrutura para nosso trabalho.

    Diário do Estado: Tem algum caso de adoção que te marcou Silvana?
    Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
    ah sim, dentre tantos os casos com finais felizes uma em especial me chamou atenção, de uma criança com hidrocefalia e outra deficiente que foram adotadas pela mesma pessoa, imagina só você, muitas pessoas não querem adotar crianças com algum problema, imagina uma pessoa na contra mão disso tudo e fazer exatamente o oposto, para mim essa foi a maior demonstração de amor que eu já havia visto.

    Diário do Estado: Por que o tema adoção ainda causa tantas discussões e ainda algumas resistências?
    Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
    Acredito pela falta de informação, falas como: Não sei qual a genética da família, se são de boa índole, coisas desse tipo, mas o que as pessoas se esquecem é que o caráter é formado com a ajuda da criação, impondo limites, dando educação, explicando sobre o certo ou errado, caráter não vem do sangue, caráter é resultado da criação que tivemos desde pequenos.

    Diário do Estado: Você já pensou em adotar?
    Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
    Tenho filhos biológicos mas nunca descartei ter meus filhos de coração, quem sabe mais lá frente, os planos de Deus sempre serão melhores que os meus.

    Diário do Estado: Qual a importância da sua diretoria?
    Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
    Elas são antes de tudo amigas, o trabalho no Gaam sem esse grupo de pessoas totalmente voltadas para o amor ao próximo seria um fracasso, se nós não tivéssemos umas as outras, e não só pela diretoria, o Gaam é composto por uma grande rede de apoio que envolve muitas pessoas mas com o mesmo propósito: Amar o próximo.

    Diário do Estado: Como você gostaria que a adoção fosse vista pelas pessoas?
    Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
    Glenda, as pessoas dizem muito que doar sangue é um gesto de amor não é?  E tirar uma criança das ruas, tirar de abrigos, dar um lar, uma família, ter uma convivência com outras crianças e um lar de verdade, tudo isso é o que? É mais que amor, é você ter a certeza que sua adoção está transformando a vida de uma pessoa para sempre, a doação é mais que amor, adoção é maior e mais verdadeira demonstração de generosidade.

    Diário do Estado: A sociedade Coxinense está mais aberta para este tema?
    Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
    Sem dúvidas, melhorou muito, já foi mais difícil, mas temos que levar em conta que tudo leva tempo, a conscientização precisa ser trabalhada, leva tempo, mas em vista do que era há anos atrás hoje a sociedade de Coxim está muito mais aberta e nos ajuda sempre que precisamos.

    Diário do Estado: Qual o lado bonito e o lado feio deste processo?
    Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
    O lado bonito é quando vemos uma criança deixando os abrigos, saindo das ruas e irem para um lar cheio de amor, o lado feio é quando por alguma motivo essas crianças precisam retornar ao abrigo por uma falta de adaptação dos pais adotivos ou delas própria.

    Diário do Estado: Silvana, quando uma criança é retirada do seu lar e colocada em abrigos e adotada todas as estâncias para que ela continuasse na família biológica foram percorridas?
    Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
    Sim, antes que isso aconteça, que as crianças sejam retiradas do seu convívio familiar aconteceram conversas, encaminhamentos, por que não é do interesse de ninguém separá-las de seus pais biológicos, várias tentativas para fazer esse convívio saudável para as crianças foi esgotado, o processo final e mais doloroso para as crianças que são as que sempre sofrem mais é afastá-las desse lar adoecido, é aí que o Gaam entra.

    Diário do Estado: E na maioria dos casos por que essa criança é tirada da família biológica?
    Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
    Glenda, são vários motivos, abuso sexual, violência física, violência moral, maus tratos, pais com vício de bebidas ou drogas e também existe outra causa, aquela que a própria mãe não quer o filho e entrega para adoção.

    Diário do Estado: É um trabalho muito bonito mas que também mexe muito com emocional de todos vocês certo?
    Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
    Sim, muito, por que a maioria de nós somos mães, então é impossível não se envolver emocionalmente, uma vitória de um final feliz nos emociona, um final triste nos deixa frustradas, mas na maioria das vezes temos chorado de alegria por finais felizes.

    Diário do Estado: Silvana, gostaria que você deixasse suas considerações finais
    Silvana Aparecida da Silva Zanchett:
    Gostaria de agradecer pela oportunidade em poder falar sobre esse tema tão importante e necessário que é a adoção, abrir essa espaço para mostrar o trabalho da equipe do Gaam e de nossos companheiros de caminhada é de uma importância extremamente relevante, nos colocamos a disposição para os que queiram nos ajudar de alguma forma ou conhecer o projeto, nossa sede está localizada na rua Viriato Bandeira 834-sala 2 no centro de Coxim e o nosso telefone de contato é o: 67-99965-1457, interessados em conhecer podem nos ligar estamos sempre a disposição de toda Coxim, grande abraço de toda equipe Gaam.

    Entrevista

    A médica, a mãe e a mulher por trás do jaleco: A inspiradora trajetória da psiquiatra Camila Molina 1t631e

    Nossa entrevista da semana é com uma mulher que carrega, em cada gesto e palavra, a delicadeza e a força de quem escolheu cuidar da mente e da alma das pessoas. Recebemos com muito...

    A médica, a mãe e a mulher por trás do jaleco: A inspiradora trajetória da psiquiatra Camila Molina

    6 de junho de 2025

    A médica, a mãe e a mulher por trás do jaleco: A inspiradora trajetória da psiquiatra Camila Molina

     

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    Nossa entrevista da semana é com uma mulher que carrega, em cada gesto e palavra, a delicadeza e a força de quem escolheu cuidar da mente e da alma das pessoas.
    Recebemos com muito carinho a médica Camila Molina Kern, de 37 anos, psiquiatra formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, uma profissional dedicada, que faz da escuta e do acolhimento as bases do seu trabalho.
    Mas, além da médica, conhecemos também a mulher, a esposa e a mãe: Camila é casada com o também médico Felipe Gomes Ferreira, com quem construiu uma linda família. Juntos, são pais do Matheus, de 7 anos, e da pequena Maitê, de 3 anos, dois grandes amores que, segundo ela, dão ainda mais sentido à sua missão de cuidar das pessoas.
    Hoje, vamos conversar sobre sua trajetória, os desafios e encantos da psiquiatria, e sobre o equilíbrio entre a profissão e a maternidade. Seja muito bem-vinda, doutora Camila é uma alegria ter você conosco!

    Diário do Estado: Como a senhora definiria saúde mental e qual a sua importância na vida cotidiana?
    Dra. Camila:
    Saúde mental é um conjunto de aspectos da vida emocional, social, psicológica que afeta a forma como interpretamos, sentimos e nos comportamos. 

    Diário do Estado:  Quais são os principais fatores que influenciam a saúde mental de uma pessoa?
    Dra. Camila:
    Autoconhecimento seria o principal fator, seguido de capacidade de lidar com emoções ditas negativas, como tristeza e raiva e sem dúvida, manter relacionamentos saudáveis (não me refiro a relacionamentos românticos apenas, mas amizades e vínculos familiares). 

    Diário do Estado:  Quais as diferenças fundamentais entre um transtorno psiquiátrico e uma fase difícil da vida?
    Dra. Camila:
    Fase difícil da vida é um processo absolutamente natural e esperado, tende a ser ageiro e não afeta significativamente a capacidade de trabalho, interação social, sono e apetite. Já os transtornos mentais são patológicos, ou seja, interferem significativamente na qualidade de vida do paciente, e tendem a piorar com o ar do tempo se não houver intervenção adequada. 

    Diário do Estado:  Como é realizado o diagnóstico de um transtorno psiquiátrico? Quais critérios são utilizados? 
    Dra. Camila:
    Os critérios diagnósticos variam conforme a doença, mas seguem manuais validados internacionalmente. Atualmente utilizamos o DSM 5. Para isso são realizadas avaliações clinicas durante os atendimentos e caso haja indicação também podem ser solicitados exames complementares. 

    Diário do Estado:  Quais são os principais tratamentos disponíveis atualmente para as doenças psiquiátricas? 
    Dra. Camila:
    Medicamentos e psicoterapia são amplamente estudados e validados como ferramentas altamente eficazes para uma ampla gama de doenças. 

    Diário do Estado:  Qual é o papel da medicação no tratamento de transtornos mentais? E qual o papel da psicoterapia? 
    Dra. Camila:
    São complementares, na maioria das vezes essas duas modalidades de tratamento são necessárias para alcançar um controle eficaz das doenças. 

    Diário do Estado:  Como saber quando é a hora certa de procurar ajuda psiquiátrica?
    Dra. Camila:
    Quando perceber que existe um prejuízo em sua qualidade de vida, quando perceber que as estratégias adotadas por iniciativa própria não estão sendo eficazes, quando o tempo de sofrimento está muito arrastado. 

    Diário do Estado:  Quais são os transtornos psiquiátricos mais comuns no Brasil atualmente? E em Coxim a maioria dos seus atendimentos, pacientes, quais os maiores encaminhamentos?
    Dra. Camila:
    Os transtornos psiquiátricos mais comuns no Brasil seguem os mesmos padrões observados no restante do mundo, com algumas particularidades ligadas a fatores socioeconômicos. Em primeiro lugar estão os transtornos de ansiedade como transtorno de ansiedade generalizada, fobias, transtorno de pânico; seguidos por transtorno depressivo e na sequência transtornos por uso de substancias. Em Coxim  observo a mesma prevalência citada acima. 

    Diário do Estado:  O que caracteriza a depressão e como ela pode ser diferenciada de uma tristeza comum?
    Dra. Camila:
    Apesar de compartilharem alguns aspectos são condições muito distintas. A tristeza é uma condição normal e ageira e frequentemente apresenta um gatilho identificável. Além disso a pessoa consegue manter sua funcionalidade, mesmo que com alguma dificuldade. Na  depressão existe um prejuízo significativo, duradouro, podendo interferir em sono, apetite, pensamentos, capacidade de trabalho, podendo ainda levar a pensamentos suicidas. Na depressão nem sempre existe um fator desencadeante identificável. 

    Diário do Estado:  A ansiedade está cada vez mais presente na sociedade. Quais são os sinais de que ela se tornou um transtorno?
    Dra. Camila:
    Sentir-se ansioso eventualmente é fisiológico, ou seja, normal e saudável, pois é uma resposta do corpo a um estimulo estressor. Quando se observa uma recorrência frequente dessa sensação, ou quando ela se torna muito intensa a ponte de atrapalhar sua vida cotidiana pode se tratar de uma doença. 

    Diário do Estado:  Quais são os principais desafios no diagnóstico e tratamento da esquizofrenia?
    Dra. Camila:
    Acredito que o maior desafio esteja ligado a questões culturais, preconceitos, que atrasam ou impedem o correto e precoce tratamento, que fará toda a diferença na evolução da doença. 

    Diário do Estado:  Como o transtorno bipolar se manifesta e qual é a importância do tratamento contínuo?
    Dra. Camila:
    O transtorno bipolar é uma doença bastante complexa, que apresenta diversas formas de manifestação, mas para facilitar o entendimento a resumimos como uma doença que é caracterizada por oscilações entre fases de depressão  e hipo/mania, sendo necessário que o paciente fique algumas semanas mantendo as características de um destes polos. A importância do tratamento contínuo visa a estabilização do humor para que a pessoa tenha uma vida absolutamente normal, sem sintomas. 

    Diário do Estado:  Quais medidas podem ser adotadas para prevenir transtornos psiquiátricos?
    Dra. Camila:
    Hábitos simples como o investimento em vínculos afetivos saudáveis, a prática de atividades físicas, investimento em sono de qualidade, alimentação equilibrada, evitar consumo de álcool ou demais substancias psicoativas e prática de meditação funcionam como um excelente arsenal para evitar o adoecimento. Não se trata de evitar todo tipo de sofrimento emocional possível, mas sim de desenvolver ferramentas de enfrentamento. 

    Diário do Estado:  Como a sociedade pode combater o estigma relacionado às doenças mentais?
    Dra. Camila:
    Acredito que atitudes como a sua, de convidar um profissional da área para falar sobre o assunto, ajudam a desmistificar a ideia de que doença mental é sinônimo de loucura. 

    Diário do Estado:  Qual a importância das redes de apoio (família, amigos, comunidade) na recuperação de pacientes com transtornos mentais? 
    Dra. Camila:
    Essas são as primeiras estruturas que a pessoa adoecida encontrará para enfrentar a doença, portanto são de suma importância, devendo encorajar seu ente querido a buscar ajuda o mais breve possível e evitar emitir julgamentos  ou falas preconceituosas. 

    Diário do Estado:  De que forma a cultura e a sociedade influenciam na percepção e no tratamento das doenças psiquiátricas?
    Dra. Camila:
    A percepção cultural sobre o que é normal  ou patológico influencia a forma como os sintomas são interpretados  e até a forma de buscar ajuda. Já escutei diversas vezes de pacientes que demoraram a iniciar o tratamento por considerar que psiquiatra deve ser acionado somente em última instância, após terem esgotado todas as outras tentativas. Algumas sociedades interpretam sintomas psicóticos como possessões e sintomas depressivos ou ansiosos como falhas espirituais ou morais. 

    Diário do Estado:  Como a pandemia de COVID-19 impactou a saúde mental da população?
    Dra. Camila:
    Trouxe um impacto profundo na saude mental da população mundial, devido a fatores como isolamento social, medo do adoecimento, morte de entes queridos, perdas financeiras e sensação de incerteza prolongada. De acordo com a OMS houve um aumento de no mínimo 25% dos transtornos ansiosos e depressivos.            

        

    Diário do Estado:  Quais são os principais desafios que a psiquiatria enfrenta atualmente?
    Dra. Camila:
    Acredito que os principais desafios estejam ligados ao o escasso de serviços de qualidade. As filas para consultas em serviços públicos são longas, muitas vezes sem profissionais treinados. Além disso os medicamentos raramente são encontrados na rede publica, o que dificulta ainda mais o amplo o da população a um tratamento digno e eficaz. 

    Diário do Estado:  Como a senhora vê o futuro da psiquiatria, considerando os avanços tecnológicos e científicos?
    Dra. Camila:
    Muito tem se investido em estudos e avanços tecnológicos que facilitem e tornem mais precisos os diagnósticos e tratamentos  psiquiátricos, mas acredito que nada substituirá a necessidade de acolhimento, empatia e vinculo que somente um bom profissional pode proporcionar aos seus pacientes. 

    Diário do Estado:  Que mensagem a senhora gostaria de deixar para quem enfrenta problemas de saúde mental, mas ainda sente medo ou vergonha de procurar ajuda?
    Dra. Camila:
    Diria que as doenças mentais são como outra qualquer, ou seja, levam a alterações em estruturas e bioquímica cerebral, portanto, assim como você procuraria um ortopedista para tratar um osso quebrado, um psiquiatra vai cuidar do seu adoecimento psíquico. É natural sentir receio das coisas que não conhecemos bem, mas procurando um profissional que te traga segurança, te faça sentir respeitado e demonstre possuir o conhecimento adequado fará uma grande diferença em sua qualidade de vida. 

    Diário do Estado:  Suas considerações finais para o Jornal Diário do Estado
    Dra. Camila:
    Gostaria de parabenizar ao jornal Diário do estado pela iniciativa em falar sobre adoecimento mental, ajudando a reduzir o estigma e o sofrimento das pessoas que lidam com esta dor.  Também quero agradecer ao espaço que me foi oferecido e dizer que estou muito satisfeita em trazer esses esclarecimentos a população coxinense.  

    Confira a Entrevista na Integra: 

    Entrevista

    Samuel Oliveira: 36 Anos no Ar - A Vida, a Paixão e os Bastidores da Voz Mais Marcante de Coxim 3k1334

    Nosso entrevistado da semana é um dos profissionais mais respeitados em seu segmento em Coxim e exemplo de dedicação pela profissão. Samuel Severino Oliveira, 51...

    Samuel Oliveira: 36 Anos no Ar - A Vida, a Paixão e os Bastidores da Voz Mais Marcante de Coxim

    30 de maio de 2025

    Samuel Oliveira: 36 Anos no Ar - A Vida, a Paixão e os Bastidores da Voz Mais Marcante de Coxim

     

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    Nosso entrevistado da semana é um dos profissionais mais respeitados em seu segmento em Coxim e exemplo de dedicação pela profissão.
    Samuel Severino Oliveira, 51 anos, formado em Marketing, casado com Marileide Vaz, Locutor e empreendedor, pai de 3 filhos Tainá, Eduardo e Maria Clara.
    Com 36 anos de dedicação ao rádio, Samuel Oliveira se tornou muito mais do que um locutor: ele é um símbolo de credibilidade, carisma e amor pela profissão. Sua trajetória é feita de histórias inesquecíveis, desafios superados, e um compromisso inabalável com a informação, a música e a companhia diária aos ouvintes.
    Samuel sem dúvida é uma das figuras mais queridas e respeitadas de Coxim, fazendo o que mais ama: comunicar, emocionar e transformar o cotidiano das pessoas através da força da sua voz.
    Hoje, vamos conhecer um pouco mais sobre o homem por trás do microfone, suas memórias, aprendizados e a visão de quem dedicou mais de três décadas a esse meio tão poderoso e essencial.
     

    Diário do Estado: Como nasceu a sua paixão pelo rádio e pela locução? Você se lembra do momento em que decidiu seguir essa carreira?
    Samuel Oliveira:
    Minha paixão pelo rádio surgiu muito cedo, acredito que entre os meus 14 e 15 anos.
    Nessa idade, eu gostava muito de uma rádio que havia lá em Campo Grande, e tinha um locutor em específico que eu irava demais! Me lembro que, sempre que ia a Campo Grande, fazia questão de gravar a voz dele, gravar as músicas dessa rádio, etc.
    E com toda essa inspiração, comecei com uma brincadeira, em um aparelho de som conhecido na época como “3 em 1”. Nele, eu conectava um microfone, me juntava com um amigo que também se interessava por essa área da comunicação e a gente brincava de fazer as famosas paqueras. Levamos esse atempo até para o restaurante onde trabalhávamos na época, e agíamos como se realmente fôssemos locutores.

    E foi nesse mesmo restaurante que conheci a Rosi Paiva, que era a gerente da rádio na época. Eu disse a ela que tinha muito interesse nessa área e ela falou para eu ar na rádio e gravar um piloto. E foi aí que tudo começou.
    Fui aprovado e meu primeiro programa era das 20h às 00h. Comecei sem experiência nenhuma, mas com muito interesse em aprender.

    Diário do Estado: Quais foram os maiores desafios que você enfrentou no início da sua trajetória como locutor?
    Samuel Oliveira:
    Acho que os principais desafios vinham do fato de que a gente tinha pouco o à informação, pouco contato com as rádios de fora, como as de São Paulo, que eram referência para todas as rádios.
    Naquela época, não existia um curso, por exemplo, para a gente se aperfeiçoar. Aprendemos tudo na raça mesmo, e acredito que, se fosse nos tempos de hoje, essa jornada seria um pouco mais leve.

    Diário do Estado: Nestes mais de 20 anos de carreira, qual foi o momento mais marcante ou emocionante para você?
    Samuel Oliveira:
    Tive vários momentos muito marcantes e de muita emoção, mas um que me marcou foi saber que conseguimos ajudar cerca de 110 famílias, na época, através de uma campanha que fizemos para arrecadar cestas básicas, que durou cerca de dois anos.
    Outro momento marcante foi o falecimento da minha mãe. Quando aconteceu, eu estava ao vivo no programa e meu irmão tentava de todas as formas falar comigo, até que conseguiu, já no final do programa.

    Diário do Estado: Como você vê a evolução do rádio desde que começou a trabalhar até hoje? O que mudou na forma de comunicar?
    Samuel Oliveira:
    A evolução do rádio é tremenda. Antigamente, tínhamos que fazer tudo manualmente, com os aparelhos todos analógicos.
    Dava realmente muito trabalho fazer um programa naquela época, já que tudo era manual.
    As propagandas que tínhamos que soltar eram através de fitas, cartucheiras.

    E tudo era feito com discos de vinil. Tínhamos uma programadora, que era uma pessoa contratada só para fazer a programação.
    Então, se eram 12 músicas para tocar no programa, eu chegava e haviam 12 discos separados, que iam para o sonoplasta, e ele era encarregado de cuidar dessa parte de colocar as músicas e as propagandas, e eu ficava com uma via de tudo para a gente conduzir o programa.
    Mas, às vezes, tínhamos que fazer um programa sozinhos.
    Então, numa situação dessas, eu precisava narrar o programa, trocar disco, trocar propaganda — praticamente fazer tudo ao mesmo tempo.
    Por isso, às vezes, brinco que os locutores de hoje em dia são todos “nutelas”, porque, de fato, hoje um computador faz quase tudo. Então o rádio basicamente mudou da água para o vinho.

    Diário do Estado: Quais habilidades considera essenciais para quem quer ser um bom locutor atualmente?
    Samuel Oliveira:
    A nossa forma de se comunicar mudou muito. Antigamente, tínhamos uma visão de que os bons locutores tinham que ter uma voz super grossa, até porque eles eram as nossas referências da época.
    Acredito que, hoje em dia, o essencial é você ser carismático, saber tratar bem as pessoas, ter muita empatia e carinho. Até porque hoje temos muita facilidade de interação com os ouvintes, por meio das redes sociais, então você acaba criando uma relação muito próxima.
    Me lembro que, antigamente, nossa forma de se comunicar com os ouvintes era através de cartas escritas à mão, que eles deixavam em um ponto de coleta, e a gente recebia entre 30 a 60 dias depois.
    Então, hoje em dia, com toda essa tecnologia, é esperado que você seja uma pessoa atenciosa e carismática.

    Diário do Estado: Como é a sua rotina de trabalho na Band FM de Coxim? Quais são os bastidores que o público não vê?
    Samuel Oliveira:
    Minha rotina começa logo cedo, com o meu programa na Vale, o “Programa do Samuca”.
    Ele vai das 7h às 8h30, e eu me divirto muito lá. Acho que não tem forma melhor de começar o dia.
    E ao meio-dia, tenho meu outro programa na Band FM, chamado Band Cidade, que apresento junto com meu amigo Camilo Bressan, uma pessoa por quem tenho um carinho enorme e que me ensinou e ajudou muito a evoluir.
    Sobre os bastidores, acho que o que resume tudo é a correria. Às vezes, os ouvintes acham que, nos intervalos, estamos de boa, mas aproveitamos esse tempo para organizar quais informações do dia são interessantes para ar, quais textos vamos falar, porque tudo precisa ser escolhido com muito critério. É uma responsabilidade enorme estar no nosso lugar propagando informações.

    Diário do Estado: O que mais te motiva a continuar no ar todos os dias?
    Samuel Oliveira:
    O que me motiva, com certeza, é o carinho e reconhecimento do meu trabalho. É sair na rua, encontrar meus ouvintes, ter um de perto, fora as participações diárias pelas redes sociais.
    Acho todo esse contato próximo com as pessoas essencial, e é muito bom saber que nosso trabalho está alcançando muitos lugares que antigamente não atingíamos, graças à evolução do rádio.

    Diário do Estado: Você acredita que o rádio local cumpre um papel importante na comunidade? De que forma isso se manifesta em Coxim?
    Samuel Oliveira:
    Sim, acredito que o rádio é fundamental, cumprindo o seu papel importantíssimo de informar, trazer conteúdo e entretenimento de qualidade para a população.
    O que seria de nós sem o rádio? Ele é o companheiro da dona de casa, do pessoal do comércio, da fazenda. Tem um papel enorme na vida das pessoas.
    Um exemplo de situação em que o rádio cumpriu um papel muito legal em Coxim foi na apuração das eleições municipais, quando tivemos uma participação gigantesca dos ouvintes, não só diretamente pelo rádio, mas também pela nossa transmissão no YouTube.
    Com certeza, o rádio é um grande veículo de comunicação e contribui muito para a sociedade coxinense.

    Diário do Estado: Qual foi o programa ou projeto que você apresentou com mais orgulho até hoje na Band FM? Por quê?
    Samuel Oliveira:
    Atualmente, participo de dois programas que me trazem muito orgulho e alegria, mas a Band FM tem um lugar especial no meu coração, porque fazer parte dela é a realização de um sonho de infância, que eu via como algo muito distante.
    Então, o programa Band Cidade, que apresento com o Camilo Bressan, é motivo de muito orgulho e gratidão para mim.

    Diário do Estado: Como você adapta a sua comunicação para se conectar com o público de Coxim e região?
    Samuel Oliveira:
    Eu procuro fazer uma comunicação bem popular, sem muita formalidade, buscando falar a língua do povo, justamente para me conectar mais com as pessoas.

    Diário do Estado: Com a popularização dos podcasts e das plataformas digitais, como você enxerga o futuro do rádio tradicional?
    Samuel Oliveira:
    Hoje o rádio está ando por uma transformação. Temos vários outros meios de comunicação que tomaram seu espaço, principalmente os podcasts.
    Mas nós, que somos do rádio, temos a obrigação de acompanhar a evolução da tecnologia.
    Um exemplo prático dessa mudança é que, nos programas de entrevistas da rádio, praticamente os transformamos em podcasts.
    Nossos ouvintes têm a opção de escutar a gente na rádio e acompanhar a transmissão ao vivo por outras plataformas, como YouTube e Facebook. Usamos essa evolução tecnológica a nosso favor.
    E, sobre o futuro do rádio, enxergo um futuro brilhante. Acredito que o rádio vai seguir firme e forte, conquistando diversos outros espaços na sociedade.
    Mas, para isso, precisamos ter a mente aberta e realmente usar a tecnologia a nosso favor, sem nos apegar tanto às “tradições”.

    Diário do Estado: Você já pensou ou tem interesse em migrar ou complementar sua atuação com outras mídias, como podcast ou YouTube?
    Samuel Oliveira:
    Talvez “migrar” não seja a palavra certa, mas com certeza já pensei em complementar minha atuação com outras mídias, principalmente depois que percebi que precisamos acompanhar essa evolução.
    Então, aos poucos, venho mudando isso. Como disse anteriormente, busco transformar meus programas no formato de podcast, deixando tudo salvo para que as pessoas assistam quando e onde quiserem. Tenho interesse em usar isso para agregar ainda mais — e quem sabe um dia fazer um podcast voltado exclusivamente para as mídias sociais.

    Diário do Estado: Na sua opinião, o que o rádio oferece que nenhuma outra mídia consegue entregar?
    Samuel Oliveira:
    O rádio tem uma proximidade que nenhuma outra mídia consegue replicar.
    Para muita gente, é uma companhia constante — seja no carro, em casa ou no trabalho — e fala direto com o ouvinte, no ritmo da vida real.
    É instantâneo, ível e humano. A voz no rádio cria um laço de confiança, de intimidade, que não vemos da mesma forma em outras plataformas.

    Diário do Estado: Como você vê a importância da voz na era atual, em que a imagem e o vídeo são tão valorizados?
    Samuel Oliveira:
    A voz é extremamente essencial, independentemente das evoluções da era atual. A voz carrega muita emoção, credibilidade, e nos conecta com as pessoas de uma forma que, muitas vezes, uma imagem não consegue sozinha.
    Principalmente com o crescimento dos podcasts, audiolivros, etc., podemos ver um verdadeiro renascimento da voz.
    A imagem pode até chamar a atenção, mas é a voz que sustenta a imagem e cria o vínculo.

    Diário do Estado: Quem foram ou ainda são suas maiores referências no mundo da locução e comunicação?
    Samuel Oliveira:
    Tive como referência, no início da minha jornada como locutor, uma pessoa que eu escutava aqui na cidade: o saudoso “Tio Zé Potoca”. Ele fazia uma festa no rádio, tudo de forma manual, e essa criatividade me fez enxergá-lo como uma referência.

    Diário do Estado: Como você se prepara antes de entrar no ar? Tem algum ritual ou técnica específica?
    Samuel Oliveira:
    Antigamente, usávamos algumas técnicas para melhorar a voz, inclusive uma chamada técnica da caneta. Mas hoje em dia, não tenho nenhum ritual específico. A gente apenas tenta manter a saúde em dia e ter atenção com os alimentos que vamos consumir, etc.

    Diário do Estado: Qual característica ou estilo você acredita que diferencia sua locução das demais?
    Samuel Oliveira:
    Uma das características que acho que diferencia a minha locução é fazer algo mais informal. Me sinto conversando com amigos mesmo quando estou me comunicando com os ouvintes. Sempre busco agir com muita naturalidade.

    Diário do Estado: Tem alguma situação engraçada ou curiosa que viveu no estúdio e que pode compartilhar com a gente?
    Samuel Oliveira:
    Uma das situações engraçadas que vivi foi um dia em que estava fazendo a divulgação de uma empresa no programa Band Cidade.
    Eu estava falando os valores promocionais, elogiando os preços, e de repente me deparei com o valor de um produto que estava muito caro. Não consegui disfarçar e acabei soltando minha opinião no ar. Esse dia é motivo de muitas risadas até hoje.

    Diário do Estado: Que conselho você daria para quem está começando agora na área de locução ou sonha em trabalhar no rádio?
    Samuel Oliveira:
    Meu conselho para quem quer começar é: buscar informação, estudar muito e fazer o que puder para se especializar na área. Inclusive fazer um curso de vendas, para conseguir conciliar tudo isso.
    Mas não desista, corra atrás, procure uma oportunidade — se for pra ser, vai dar certo.

    Diário do Estado: Depois de tantos anos no ar, qual é a principal lição que o rádio te ensinou, como profissional e como pessoa?
    Samuel Oliveira:
    O rádio me ensinou muitas coisas. Foi como uma faculdade para mim.
    Tudo eu aprendi na prática, sabe?
    O rádio me ensinou a ser um ser humano melhor, a ter mais empatia pelas pessoas, já que, com o rádio, conheci diversas histórias e diferentes realidades que me moldaram para ser quem sou hoje. Eu, de fato, aprendi muito.
    Afinal, comecei no rádio com 16 anos, e apesar de uma pausa nesse período, sigo aqui vivendo essa profissão linda. Se eu pudesse, com certeza faria tudo de novo!

    Diário do Estado: Considerações finais:
    Samuel Oliveira:
    Primeiro, quero agradecer a você, Glenda, e ao Diário do Estado, por me darem essa oportunidade de compartilhar um pouco da minha vida e da minha experiência na comunicação e no rádio.
    Muito obrigado, Elô e Rubens Dantas — só tenho a agradecer a essa equipe.
    Agora, quero agradecer ao Sr. Toninho e à Dona Tânia, que foram quem me deram a oportunidade de começar na rádio. Devo muito a eles.
    E já aproveitando, agradeço muito ao Toni, que é o atual diretor, por continuar me dando a oportunidade de estar no rádio todos os dias. Ele é uma pessoa que me ajuda, me ensina muito e me faz crescer como profissional.
    Também quero agradecer a toda a equipe da rádio, meus companheiros diários, que dividem essa jornada comigo e a tornam mais leve. E, claro, quero agradecer aos meus ouvintes, que são o combustível de tudo isso. Muito obrigado!

     

    Confira a entrevista na integra: 

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