sábado, 07 de junho, 2025
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Nossa entrevistada da semana é uma mulher que ousou empreender em uma área que tinha paixão, mas não tinha experiência, e essa tentativa deu tão certo que ela se tornou uma referência para outras mulheres, e no mês dedicado as mulheres trazemos sua história como inspiração para muitas outras mulheres.
Geissy Cristina dos Santos Gomes Silva, 30 anos, casada há 3 anos com Everson Silva, juntos são pais de 3 filhos, formada em Química pelo Instituto Federal de Mato Grosso do Sul em 2020, proprietária da Confeitaria Doces Sensações, com seu negócio colocou o nome de Coxim no rol de um dos empreendimentos mais bem sucedidos da região norte do estado, vamos conhecer um pouco da sua história de mulher empreendedora.
Diário do Estado: Geissy, quando as pessoas olham para seus doces fica uma clara impressão que você fez isso a vida toda, quando começou sua paixão pela confeitaria?
Geissy: Glenda, tudo começou quando eu tinha 8 anos na cozinha da minha avó, minha avó sempre foi a minha maior inspiração na cozinha, minha referência em fazer com amor e fazer bem feito, dela puxei a parte de ser perfeccionista com meus produtos, entregar o melhor para as pessoas, assim como eu também quero consumir bons produtos quero oferecer produtos de qualidade para os meus clientes
Diário do Estado: Sua avó também era confeiteira?
Geissy: Não, minha vó era uma grande cozinheira sempre teve restaurante em Coxim na área de peixes, aproveitando a fartura local devido aos nossos rios, ela fazia doces, uma coisa ou outra, mas não era na área de confeitaria não, mas foi através da minha avó que infelizmente não está mais aqui que tudo começou, foi vendo seu amor, sua dedicação, seu capricho em cozinhar que eu comecei a ter um olhar diferente sobre cozinhar para as pessoas, ei a entender que cozinhar era um gesto de amor, delicadeza para com o outro, devo isso a minha avó, e cada doce produzido tem um pouquinho dela, cada receita testada, cada produto novo que entra no cardápio eu sinto o cuidado dela comigo, uma das minhas grandes tristezas e ela não estar aqui para ver minhas vitórias diárias.
Diário do Estado: Você já tinha essa percepção que iria por esse caminho dos doces?
Geissy: Nas festas em família, nos aniversários e datas festivas sempre falavam: Os doces são da Geissy, então talvez sim, talvez isso já estivesse dentro de mim, mesmo que eu ainda não tivesse percebido
Diário do Estado: Você se lembra qual foi a primeira receita que você fez? E alguma deu errado?
Geissy: A minha primeira receita foi o queridinho do brasileiro, o brigadeiro, e a primeira receita que deu errado que ninguém comeu foi um bolo de fubá que eu fiz, foi da forma direto para o lixo, absolutamente ninguém pode comer de tão duro que ficou, mas errar faz parte, hoje mesmo, faço vários testes, erro, acerto, é normal errar, não podemos errar na hora de entregar para o cliente, mas erros podem acontecer, mas na minha cozinha sempre digo para minha equipe: Errar faz parte, mas se errarmos vamos refazer quantas vezes forem necessárias mas nosso erro não pode chegar até o cliente.
Diário do Estado: Quando você começou de fato com a confeitaria em Coxim e como foi empreender aqui?
Geissy: É uma data muito difícil de esquecer, foi no meu aniversário em 2023, dia 10 de junho, estávamos no mês de festas juninas, uma época que eu amo, a minha data preferida no calendário, aproveitando essa data fiz um brigadeiro de milho, em formato de espiga de milho, me lembro que fiz 10 caixinhas com 4 unidades cada caixa, assim que anunciei vendi tudo, o vídeo que fiz desses docinhos teve mais de 1.000 visualizações, foi aí que eu e meu esposo pensamos: Opa, isso pode dar certo e desde então nunca mais paramos, empreender aqui foi um desafio Glenda principalmente para mim que gosto de uma confeitaria mais moderna, não tão amarrada ao tradicional, gosto de trazer coisas diferentes para os meus clientes e as pessoas ainda estão muito presas naquela confeitaria tradicional e eu não queria ser vista como : “A menina que vende doces”, queria ser reconhecida pela minha marca por trazer o diferencial, mas consegui me incluir no mercado da confeitaria de Coxim e da região antes que eu imaginasse.
Diário do Estado: Qual a maior dificuldade que você encontrou em Coxim para empreender?
Geissy: Sem dúvida nenhuma a falta cursos presenciais na área, ainda continua sendo uma grande dificuldade, caso alguém queira empreender nessa área é preciso deixar Coxim, ou fazer cursos online que sabemos que não é a mesma coisa que um curso presencial, Coxim ainda é bem carente nesse sentido e temos ótimas confeiteiras aqui em Coxim, muita oferta de produtos, ótimas profissionais que merecem ter um olhar mais sensível por parte das empresas que dão as qualificações, trazendo cursos, capacitações para que essas pessoas que pensam também em empreender como eu fiz e também como outras colegas fazem se sentirem mais olhados e reconhecidos, isso ainda falta aqui em Coxim, mas fico na torcida para que essa realidade mude.
Diário do Estado: Para as pessoas que estão começando como você começou qual seria seu conselho?
Geissy: Estudem, se capacitem, estudem sobre tudo, sobre a saúde financeira do seu negócio, sobre novas técnicas. Não podemos ficar amarrados ao ado. Não tenham vergonha de vender, principalmente não tenham vergonha de mostrar os seus produtos. Um doce de 20,00 reais faz a diferença no final do mês. Não podemos nos dar ao luxo de perder nenhuma venda, seja ela de 20,00 ou 2.000, cada venda que entra é importante. Cada cliente que nos procura precisa ser tratado com muito carinho, muito respeito, também somos consumidores e devemos tratar como gostaríamos de ser tratados, ter respeito pelos nossos clientes é o que nos faz ter o diferencial, somos procurados por 2 motivos: A qualidade dos nossos produtos e a forma que tratamos nossos clientes, quando perdemos essas duas essências nosso trabalho deixa de ser procurado.
Diário do Estado: Hoje para você, qual a melhor confeitaria do mundo?
Geissy: A sa, são os meus parâmetros de inovação e qualidade, a confeitaria sa hoje para quem gosta de doces e pretende viver disso é um grande parâmetro de sabor e qualidade, além do que eles são os mestres no uso de leite, manteiga e creme de leite.
Diário do Estado: Geissy, Coxim por ser uma cidade interiorana tem algumas dificuldades em prestação de serviço e também para encontrar alguns produtos, você sente essa dificuldade?
Geissy: Não só eu, várias confeiteiras daqui, entre outras áreas também, hoje nós temos esse recurso tão importante que se chama internet, 90% de tudo que uso compro pela internet exatamente pela dificuldade em encontrar certos produtos aqui e quando encontramos são caríssimos, então hoje quem me atende é a internet e quando preciso de algumas coisas mais rapidamente vou até a capital Campo Grande, mas Coxim realmente ainda tem essa dificuldade em atender a mão de obra local
Diário do Estado: Em números, entre docinhos e bolos quanto você vende mês? E qual a maior encomenda que você já recebeu?
Geissy: Glenda, em torno de 6.000 doces (Seis mil) e 2.000 (Dois mil kilos de bolo), isso atendendo Coxim e toda região. A maior encomenda até agora foi para um casamento, 2.000 docinhos, 20 kilos de bolo e 50 bolos de pote, esse pedido foi um dos maiores e foram 8 dias produzindo até a entrega.
Diário do Estado: Você agora está prestes a realizar seu sonho de abrir sua confeitaria como estão os preparativos?
Geissy: Muito ansiosa Glenda, muito ansiosa mesmo, as obras começaram, é um sonho que está saindo papel e tomando vida, acredito que em setembro faremos a inauguração desse espaço lindo, pensado com todo carinho para receber nossos clientes queridos que tanto nos prestigiam sempre e também será uma forma de agradecer por tanto carinho e confiança para comigo, é como um filho que estivesse nascendo, foi muito sonhado, muito esperado, e como sempre tudo que faço eu consagro ao senhor e entrego a ele para que seja feita sempre a sua vontade, tenho a certeza que será um lugar abençoado, próspero e que vai ser um ponto de encontro que criará muitas memórias afetivas em que ali entrar.
Diário do Estado: Hoje, olhando para sua trajetória, você imaginou que em tão pouco tempo sua vida teria sido tão transformada?
Geissy: Jamais, Deus me honrou com muito mais daquilo que eu pedi, tudo que me proponho a fazer na minha vida antes consagro ao senhor e peco a ele que seja feita a vontade dele na minha vida, se for bom para mim e para minha família, que ele faça dar certo, se não for, que ele interceda por mim, e Deus foi infinitamente meu cuidador e até aqui me trouxe uma equipe maravilhosa que posso contar sempre, que são mais que funcionárias e funcionários, são pessoas que sei que posso contar em todos os momentos, são pessoas que posso me ausentar que sei que farão exatamente como eu gostaria que fosse feito, Deus me honrou com um marido que é meu parceiro, que compra meus sonhos e minhas loucuras, que cuida de mim, do nosso empreendimento com todo amor, zelo, paciência e cuidado, nossos filhos são bençãos em nossas vidas, e nossos clientes que são o meu motivo de levantar da cama todos os dias e dar o meu melhor, eles são o maior motivo da nossa prosperidade e preciso honrá-los todos os dias, como eu imaginaria chegar tão longe? Mas hoje eu tenho esse entendimento que se entregarmos tudo a DEUS ele fará infinitamente mais daquilo que desejamos e só precisamos devolver com trabalho, lealdade, honestidade e obediência, o resto ele faz.
Diário do Estado: Você esse ano ganhou um prêmio muito desejado em Coxim como a melhor confeitaria da cidade, como foi receber esse prêmio?
Geissy: Inacreditável, eu nem sabia que estava concorrendo, soube que estava concorrendo e que havia sido eleita a melhor confeitaria da cidade no mesmo dia, não consigo explicar com palavras o que eu senti, imagina, tão pouco tempo na confeitaria e receber um reconhecimento desse, ser indicada entre as melhores já seria um grande feito para mim, eu realmente não esperava receber esse prêmio e nem me sentia ainda nesse patamar, mas preciso agradecer todos que responderam a pesquisa e colocaram a doces sensações entre as que estavam disputando, agradeço principalmente meus clientes que são os melhores que eu poderia ter, sem eles nada disso seria possível, tenho uma equipe maravilhosa, tenho minha família, meu marido e filhos que são minha base e meus clientes que cada dia que a me motivam ainda mais, Deus tem sido maravilhoso em minha vida, realizando muito além de tudo que pedi.
Diário do Estado: Vamos fazer agora o nosso bate-bola Geissy, preparada?
Geissy: Vamos lá
Diário do Estado: Uma cor?
Geissy: Azul
Diário do Estado: Uma música?
Geissy: Um hino, João: 20
Diário do Estado: Um lugar?
Geissy: Minha cozinha
Diário do Estado: Uma comida?
Geissy: Brigadeiro
Diário do Estado: Um desejo?
Geissy: Minha confeitaria
Diário do Estado: O que te irrita?
Geissy: Pessoas aproveitadoras
Diário do Estado: Um dia feliz?
Geissy: Comer
Diário do Estado: Um dia Triste?
Geissy: A morte da minha avó
Diário do Estado: Uma realização?
Geissy: Ter concluído o ensino superior
Diário do Estado: Um medo?
Geissy: Não poder mais cozinhar
Diário do Estado: Maior alegria?
Geissy: Nascimento da minha filha
Diário do Estado: Se você tivesse um super poder, qual você gostaria de ter?
Geissy: Erradicar a fome no mundo
Diário do Estado: Uma dor?
Geissy: Ter perdido minha avó e ela não ter visto minhas realizações hoje
Diário do Estado: Uma palavra bonita para você?
Geissy: Fé
Diário do Estado: Uma palavra feia para você?
Geissy: Egoísmo
Diário do Estado: Um cheiro?
Geissy: Baunilha
Diário do Estado: Sua filha para você é?
Geissy: Tudo
Diário do Estado: Seu marido para você é?
Geissy: Minha base, meu esteio, onde me sinto segura e protegida, meu melhor amigo, meu parceiro
Diário do Estado: Sua equipe para você em uma palavra
Geissy: Família
Diário do Estado: Agora gostaria que você deixasse suas considerações finais Geissy
Geissy: Glenda, gostaria de agradecer muito a oportunidade que o jornal Diário do Estado através da dona Elô e Sr Rubens deram de poder contar um pouco da minha trajetória ate aqui na confeitaria, neste mês das mulheres espero que muitas outras mulheres sejam encorajadas a tomar as rédeas das suas vidas e empreender, não pensem que é fácil, não é, mais é preciso começar, não desistir na primeira dificuldade, nos erros das receitas e que quando os pedidos não chegam, não chegam em um dia, chegam no outro, se cada mulher que empreender oferecer um bom produto e bom atendimento ela conseguirá vencer, tudo para nós mulheres é mais difícil, nada cai no colo, somos esposas, mães, profissionais, cada uma com sua história, mas o que não podemos deixar acontecer é que alguém nos diga que não podemos ou que somos limitadas, podemos fazer tudo que quisermos e nunca é tarde para realizar nossos sonhos, foi-se o tempo que mulheres tinham que ficar em casa somente cuidando da casa, do marido e dos filhos, eu faço tudo isso, mas também ganho meu dinheiro e ajudo outras pessoas a ganharem seu dinheiro também, então a confeitaria hoje vai muito além de sonhos e expectativas, comecei com 10 caixinhas de docinhos, hoje gero empregos e tive minha vida transformada por que acreditei que seria possível, todas nós podemos,basta acreditar.
Entrevista
Nossa entrevista da semana é com uma mulher que carrega, em cada gesto e palavra, a delicadeza e a força de quem escolheu cuidar da mente e da alma das pessoas. Recebemos com muito...
6 de junho de 2025
Nossa entrevista da semana é com uma mulher que carrega, em cada gesto e palavra, a delicadeza e a força de quem escolheu cuidar da mente e da alma das pessoas.
Recebemos com muito carinho a médica Camila Molina Kern, de 37 anos, psiquiatra formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, uma profissional dedicada, que faz da escuta e do acolhimento as bases do seu trabalho.
Mas, além da médica, conhecemos também a mulher, a esposa e a mãe: Camila é casada com o também médico Felipe Gomes Ferreira, com quem construiu uma linda família. Juntos, são pais do Matheus, de 7 anos, e da pequena Maitê, de 3 anos, dois grandes amores que, segundo ela, dão ainda mais sentido à sua missão de cuidar das pessoas.
Hoje, vamos conversar sobre sua trajetória, os desafios e encantos da psiquiatria, e sobre o equilíbrio entre a profissão e a maternidade. Seja muito bem-vinda, doutora Camila é uma alegria ter você conosco!
Diário do Estado: Como a senhora definiria saúde mental e qual a sua importância na vida cotidiana?
Dra. Camila: Saúde mental é um conjunto de aspectos da vida emocional, social, psicológica que afeta a forma como interpretamos, sentimos e nos comportamos.
Diário do Estado: Quais são os principais fatores que influenciam a saúde mental de uma pessoa?
Dra. Camila: Autoconhecimento seria o principal fator, seguido de capacidade de lidar com emoções ditas negativas, como tristeza e raiva e sem dúvida, manter relacionamentos saudáveis (não me refiro a relacionamentos românticos apenas, mas amizades e vínculos familiares).
Diário do Estado: Quais as diferenças fundamentais entre um transtorno psiquiátrico e uma fase difícil da vida?
Dra. Camila: Fase difícil da vida é um processo absolutamente natural e esperado, tende a ser ageiro e não afeta significativamente a capacidade de trabalho, interação social, sono e apetite. Já os transtornos mentais são patológicos, ou seja, interferem significativamente na qualidade de vida do paciente, e tendem a piorar com o ar do tempo se não houver intervenção adequada.
Diário do Estado: Como é realizado o diagnóstico de um transtorno psiquiátrico? Quais critérios são utilizados?
Dra. Camila: Os critérios diagnósticos variam conforme a doença, mas seguem manuais validados internacionalmente. Atualmente utilizamos o DSM 5. Para isso são realizadas avaliações clinicas durante os atendimentos e caso haja indicação também podem ser solicitados exames complementares.
Diário do Estado: Quais são os principais tratamentos disponíveis atualmente para as doenças psiquiátricas?
Dra. Camila: Medicamentos e psicoterapia são amplamente estudados e validados como ferramentas altamente eficazes para uma ampla gama de doenças.
Diário do Estado: Qual é o papel da medicação no tratamento de transtornos mentais? E qual o papel da psicoterapia?
Dra. Camila: São complementares, na maioria das vezes essas duas modalidades de tratamento são necessárias para alcançar um controle eficaz das doenças.
Diário do Estado: Como saber quando é a hora certa de procurar ajuda psiquiátrica?
Dra. Camila: Quando perceber que existe um prejuízo em sua qualidade de vida, quando perceber que as estratégias adotadas por iniciativa própria não estão sendo eficazes, quando o tempo de sofrimento está muito arrastado.
Diário do Estado: Quais são os transtornos psiquiátricos mais comuns no Brasil atualmente? E em Coxim a maioria dos seus atendimentos, pacientes, quais os maiores encaminhamentos?
Dra. Camila: Os transtornos psiquiátricos mais comuns no Brasil seguem os mesmos padrões observados no restante do mundo, com algumas particularidades ligadas a fatores socioeconômicos. Em primeiro lugar estão os transtornos de ansiedade como transtorno de ansiedade generalizada, fobias, transtorno de pânico; seguidos por transtorno depressivo e na sequência transtornos por uso de substancias. Em Coxim observo a mesma prevalência citada acima.
Diário do Estado: O que caracteriza a depressão e como ela pode ser diferenciada de uma tristeza comum?
Dra. Camila: Apesar de compartilharem alguns aspectos são condições muito distintas. A tristeza é uma condição normal e ageira e frequentemente apresenta um gatilho identificável. Além disso a pessoa consegue manter sua funcionalidade, mesmo que com alguma dificuldade. Na depressão existe um prejuízo significativo, duradouro, podendo interferir em sono, apetite, pensamentos, capacidade de trabalho, podendo ainda levar a pensamentos suicidas. Na depressão nem sempre existe um fator desencadeante identificável.
Diário do Estado: A ansiedade está cada vez mais presente na sociedade. Quais são os sinais de que ela se tornou um transtorno?
Dra. Camila: Sentir-se ansioso eventualmente é fisiológico, ou seja, normal e saudável, pois é uma resposta do corpo a um estimulo estressor. Quando se observa uma recorrência frequente dessa sensação, ou quando ela se torna muito intensa a ponte de atrapalhar sua vida cotidiana pode se tratar de uma doença.
Diário do Estado: Quais são os principais desafios no diagnóstico e tratamento da esquizofrenia?
Dra. Camila: Acredito que o maior desafio esteja ligado a questões culturais, preconceitos, que atrasam ou impedem o correto e precoce tratamento, que fará toda a diferença na evolução da doença.
Diário do Estado: Como o transtorno bipolar se manifesta e qual é a importância do tratamento contínuo?
Dra. Camila: O transtorno bipolar é uma doença bastante complexa, que apresenta diversas formas de manifestação, mas para facilitar o entendimento a resumimos como uma doença que é caracterizada por oscilações entre fases de depressão e hipo/mania, sendo necessário que o paciente fique algumas semanas mantendo as características de um destes polos. A importância do tratamento contínuo visa a estabilização do humor para que a pessoa tenha uma vida absolutamente normal, sem sintomas.
Diário do Estado: Quais medidas podem ser adotadas para prevenir transtornos psiquiátricos?
Dra. Camila: Hábitos simples como o investimento em vínculos afetivos saudáveis, a prática de atividades físicas, investimento em sono de qualidade, alimentação equilibrada, evitar consumo de álcool ou demais substancias psicoativas e prática de meditação funcionam como um excelente arsenal para evitar o adoecimento. Não se trata de evitar todo tipo de sofrimento emocional possível, mas sim de desenvolver ferramentas de enfrentamento.
Diário do Estado: Como a sociedade pode combater o estigma relacionado às doenças mentais?
Dra. Camila: Acredito que atitudes como a sua, de convidar um profissional da área para falar sobre o assunto, ajudam a desmistificar a ideia de que doença mental é sinônimo de loucura.
Diário do Estado: Qual a importância das redes de apoio (família, amigos, comunidade) na recuperação de pacientes com transtornos mentais?
Dra. Camila: Essas são as primeiras estruturas que a pessoa adoecida encontrará para enfrentar a doença, portanto são de suma importância, devendo encorajar seu ente querido a buscar ajuda o mais breve possível e evitar emitir julgamentos ou falas preconceituosas.
Diário do Estado: De que forma a cultura e a sociedade influenciam na percepção e no tratamento das doenças psiquiátricas?
Dra. Camila: A percepção cultural sobre o que é normal ou patológico influencia a forma como os sintomas são interpretados e até a forma de buscar ajuda. Já escutei diversas vezes de pacientes que demoraram a iniciar o tratamento por considerar que psiquiatra deve ser acionado somente em última instância, após terem esgotado todas as outras tentativas. Algumas sociedades interpretam sintomas psicóticos como possessões e sintomas depressivos ou ansiosos como falhas espirituais ou morais.
Diário do Estado: Como a pandemia de COVID-19 impactou a saúde mental da população?
Dra. Camila: Trouxe um impacto profundo na saude mental da população mundial, devido a fatores como isolamento social, medo do adoecimento, morte de entes queridos, perdas financeiras e sensação de incerteza prolongada. De acordo com a OMS houve um aumento de no mínimo 25% dos transtornos ansiosos e depressivos.
Diário do Estado: Quais são os principais desafios que a psiquiatria enfrenta atualmente?
Dra. Camila: Acredito que os principais desafios estejam ligados ao o escasso de serviços de qualidade. As filas para consultas em serviços públicos são longas, muitas vezes sem profissionais treinados. Além disso os medicamentos raramente são encontrados na rede publica, o que dificulta ainda mais o amplo o da população a um tratamento digno e eficaz.
Diário do Estado: Como a senhora vê o futuro da psiquiatria, considerando os avanços tecnológicos e científicos?
Dra. Camila: Muito tem se investido em estudos e avanços tecnológicos que facilitem e tornem mais precisos os diagnósticos e tratamentos psiquiátricos, mas acredito que nada substituirá a necessidade de acolhimento, empatia e vinculo que somente um bom profissional pode proporcionar aos seus pacientes.
Diário do Estado: Que mensagem a senhora gostaria de deixar para quem enfrenta problemas de saúde mental, mas ainda sente medo ou vergonha de procurar ajuda?
Dra. Camila: Diria que as doenças mentais são como outra qualquer, ou seja, levam a alterações em estruturas e bioquímica cerebral, portanto, assim como você procuraria um ortopedista para tratar um osso quebrado, um psiquiatra vai cuidar do seu adoecimento psíquico. É natural sentir receio das coisas que não conhecemos bem, mas procurando um profissional que te traga segurança, te faça sentir respeitado e demonstre possuir o conhecimento adequado fará uma grande diferença em sua qualidade de vida.
Diário do Estado: Suas considerações finais para o Jornal Diário do Estado
Dra. Camila: Gostaria de parabenizar ao jornal Diário do estado pela iniciativa em falar sobre adoecimento mental, ajudando a reduzir o estigma e o sofrimento das pessoas que lidam com esta dor. Também quero agradecer ao espaço que me foi oferecido e dizer que estou muito satisfeita em trazer esses esclarecimentos a população coxinense.
Confira a Entrevista na Integra:
Entrevista
Nosso entrevistado da semana é um dos profissionais mais respeitados em seu segmento em Coxim e exemplo de dedicação pela profissão. Samuel Severino Oliveira, 51...
30 de maio de 2025
Nosso entrevistado da semana é um dos profissionais mais respeitados em seu segmento em Coxim e exemplo de dedicação pela profissão.
Samuel Severino Oliveira, 51 anos, formado em Marketing, casado com Marileide Vaz, Locutor e empreendedor, pai de 3 filhos Tainá, Eduardo e Maria Clara.
Com 36 anos de dedicação ao rádio, Samuel Oliveira se tornou muito mais do que um locutor: ele é um símbolo de credibilidade, carisma e amor pela profissão. Sua trajetória é feita de histórias inesquecíveis, desafios superados, e um compromisso inabalável com a informação, a música e a companhia diária aos ouvintes.
Samuel sem dúvida é uma das figuras mais queridas e respeitadas de Coxim, fazendo o que mais ama: comunicar, emocionar e transformar o cotidiano das pessoas através da força da sua voz.
Hoje, vamos conhecer um pouco mais sobre o homem por trás do microfone, suas memórias, aprendizados e a visão de quem dedicou mais de três décadas a esse meio tão poderoso e essencial.
Diário do Estado: Como nasceu a sua paixão pelo rádio e pela locução? Você se lembra do momento em que decidiu seguir essa carreira?
Samuel Oliveira: Minha paixão pelo rádio surgiu muito cedo, acredito que entre os meus 14 e 15 anos.
Nessa idade, eu gostava muito de uma rádio que havia lá em Campo Grande, e tinha um locutor em específico que eu irava demais! Me lembro que, sempre que ia a Campo Grande, fazia questão de gravar a voz dele, gravar as músicas dessa rádio, etc.
E com toda essa inspiração, comecei com uma brincadeira, em um aparelho de som conhecido na época como “3 em 1”. Nele, eu conectava um microfone, me juntava com um amigo que também se interessava por essa área da comunicação e a gente brincava de fazer as famosas paqueras. Levamos esse atempo até para o restaurante onde trabalhávamos na época, e agíamos como se realmente fôssemos locutores.
E foi nesse mesmo restaurante que conheci a Rosi Paiva, que era a gerente da rádio na época. Eu disse a ela que tinha muito interesse nessa área e ela falou para eu ar na rádio e gravar um piloto. E foi aí que tudo começou.
Fui aprovado e meu primeiro programa era das 20h às 00h. Comecei sem experiência nenhuma, mas com muito interesse em aprender.
Diário do Estado: Quais foram os maiores desafios que você enfrentou no início da sua trajetória como locutor?
Samuel Oliveira: Acho que os principais desafios vinham do fato de que a gente tinha pouco o à informação, pouco contato com as rádios de fora, como as de São Paulo, que eram referência para todas as rádios.
Naquela época, não existia um curso, por exemplo, para a gente se aperfeiçoar. Aprendemos tudo na raça mesmo, e acredito que, se fosse nos tempos de hoje, essa jornada seria um pouco mais leve.
Diário do Estado: Nestes mais de 20 anos de carreira, qual foi o momento mais marcante ou emocionante para você?
Samuel Oliveira: Tive vários momentos muito marcantes e de muita emoção, mas um que me marcou foi saber que conseguimos ajudar cerca de 110 famílias, na época, através de uma campanha que fizemos para arrecadar cestas básicas, que durou cerca de dois anos.
Outro momento marcante foi o falecimento da minha mãe. Quando aconteceu, eu estava ao vivo no programa e meu irmão tentava de todas as formas falar comigo, até que conseguiu, já no final do programa.
Diário do Estado: Como você vê a evolução do rádio desde que começou a trabalhar até hoje? O que mudou na forma de comunicar?
Samuel Oliveira: A evolução do rádio é tremenda. Antigamente, tínhamos que fazer tudo manualmente, com os aparelhos todos analógicos.
Dava realmente muito trabalho fazer um programa naquela época, já que tudo era manual.
As propagandas que tínhamos que soltar eram através de fitas, cartucheiras.
E tudo era feito com discos de vinil. Tínhamos uma programadora, que era uma pessoa contratada só para fazer a programação.
Então, se eram 12 músicas para tocar no programa, eu chegava e haviam 12 discos separados, que iam para o sonoplasta, e ele era encarregado de cuidar dessa parte de colocar as músicas e as propagandas, e eu ficava com uma via de tudo para a gente conduzir o programa.
Mas, às vezes, tínhamos que fazer um programa sozinhos.
Então, numa situação dessas, eu precisava narrar o programa, trocar disco, trocar propaganda — praticamente fazer tudo ao mesmo tempo.
Por isso, às vezes, brinco que os locutores de hoje em dia são todos “nutelas”, porque, de fato, hoje um computador faz quase tudo. Então o rádio basicamente mudou da água para o vinho.
Diário do Estado: Quais habilidades considera essenciais para quem quer ser um bom locutor atualmente?
Samuel Oliveira: A nossa forma de se comunicar mudou muito. Antigamente, tínhamos uma visão de que os bons locutores tinham que ter uma voz super grossa, até porque eles eram as nossas referências da época.
Acredito que, hoje em dia, o essencial é você ser carismático, saber tratar bem as pessoas, ter muita empatia e carinho. Até porque hoje temos muita facilidade de interação com os ouvintes, por meio das redes sociais, então você acaba criando uma relação muito próxima.
Me lembro que, antigamente, nossa forma de se comunicar com os ouvintes era através de cartas escritas à mão, que eles deixavam em um ponto de coleta, e a gente recebia entre 30 a 60 dias depois.
Então, hoje em dia, com toda essa tecnologia, é esperado que você seja uma pessoa atenciosa e carismática.
Diário do Estado: Como é a sua rotina de trabalho na Band FM de Coxim? Quais são os bastidores que o público não vê?
Samuel Oliveira: Minha rotina começa logo cedo, com o meu programa na Vale, o “Programa do Samuca”.
Ele vai das 7h às 8h30, e eu me divirto muito lá. Acho que não tem forma melhor de começar o dia.
E ao meio-dia, tenho meu outro programa na Band FM, chamado Band Cidade, que apresento junto com meu amigo Camilo Bressan, uma pessoa por quem tenho um carinho enorme e que me ensinou e ajudou muito a evoluir.
Sobre os bastidores, acho que o que resume tudo é a correria. Às vezes, os ouvintes acham que, nos intervalos, estamos de boa, mas aproveitamos esse tempo para organizar quais informações do dia são interessantes para ar, quais textos vamos falar, porque tudo precisa ser escolhido com muito critério. É uma responsabilidade enorme estar no nosso lugar propagando informações.
Diário do Estado: O que mais te motiva a continuar no ar todos os dias?
Samuel Oliveira: O que me motiva, com certeza, é o carinho e reconhecimento do meu trabalho. É sair na rua, encontrar meus ouvintes, ter um de perto, fora as participações diárias pelas redes sociais.
Acho todo esse contato próximo com as pessoas essencial, e é muito bom saber que nosso trabalho está alcançando muitos lugares que antigamente não atingíamos, graças à evolução do rádio.
Diário do Estado: Você acredita que o rádio local cumpre um papel importante na comunidade? De que forma isso se manifesta em Coxim?
Samuel Oliveira: Sim, acredito que o rádio é fundamental, cumprindo o seu papel importantíssimo de informar, trazer conteúdo e entretenimento de qualidade para a população.
O que seria de nós sem o rádio? Ele é o companheiro da dona de casa, do pessoal do comércio, da fazenda. Tem um papel enorme na vida das pessoas.
Um exemplo de situação em que o rádio cumpriu um papel muito legal em Coxim foi na apuração das eleições municipais, quando tivemos uma participação gigantesca dos ouvintes, não só diretamente pelo rádio, mas também pela nossa transmissão no YouTube.
Com certeza, o rádio é um grande veículo de comunicação e contribui muito para a sociedade coxinense.
Diário do Estado: Qual foi o programa ou projeto que você apresentou com mais orgulho até hoje na Band FM? Por quê?
Samuel Oliveira: Atualmente, participo de dois programas que me trazem muito orgulho e alegria, mas a Band FM tem um lugar especial no meu coração, porque fazer parte dela é a realização de um sonho de infância, que eu via como algo muito distante.
Então, o programa Band Cidade, que apresento com o Camilo Bressan, é motivo de muito orgulho e gratidão para mim.
Diário do Estado: Como você adapta a sua comunicação para se conectar com o público de Coxim e região?
Samuel Oliveira: Eu procuro fazer uma comunicação bem popular, sem muita formalidade, buscando falar a língua do povo, justamente para me conectar mais com as pessoas.
Diário do Estado: Com a popularização dos podcasts e das plataformas digitais, como você enxerga o futuro do rádio tradicional?
Samuel Oliveira: Hoje o rádio está ando por uma transformação. Temos vários outros meios de comunicação que tomaram seu espaço, principalmente os podcasts.
Mas nós, que somos do rádio, temos a obrigação de acompanhar a evolução da tecnologia.
Um exemplo prático dessa mudança é que, nos programas de entrevistas da rádio, praticamente os transformamos em podcasts.
Nossos ouvintes têm a opção de escutar a gente na rádio e acompanhar a transmissão ao vivo por outras plataformas, como YouTube e Facebook. Usamos essa evolução tecnológica a nosso favor.
E, sobre o futuro do rádio, enxergo um futuro brilhante. Acredito que o rádio vai seguir firme e forte, conquistando diversos outros espaços na sociedade.
Mas, para isso, precisamos ter a mente aberta e realmente usar a tecnologia a nosso favor, sem nos apegar tanto às “tradições”.
Diário do Estado: Você já pensou ou tem interesse em migrar ou complementar sua atuação com outras mídias, como podcast ou YouTube?
Samuel Oliveira: Talvez “migrar” não seja a palavra certa, mas com certeza já pensei em complementar minha atuação com outras mídias, principalmente depois que percebi que precisamos acompanhar essa evolução.
Então, aos poucos, venho mudando isso. Como disse anteriormente, busco transformar meus programas no formato de podcast, deixando tudo salvo para que as pessoas assistam quando e onde quiserem. Tenho interesse em usar isso para agregar ainda mais — e quem sabe um dia fazer um podcast voltado exclusivamente para as mídias sociais.
Diário do Estado: Na sua opinião, o que o rádio oferece que nenhuma outra mídia consegue entregar?
Samuel Oliveira: O rádio tem uma proximidade que nenhuma outra mídia consegue replicar.
Para muita gente, é uma companhia constante — seja no carro, em casa ou no trabalho — e fala direto com o ouvinte, no ritmo da vida real.
É instantâneo, ível e humano. A voz no rádio cria um laço de confiança, de intimidade, que não vemos da mesma forma em outras plataformas.
Diário do Estado: Como você vê a importância da voz na era atual, em que a imagem e o vídeo são tão valorizados?
Samuel Oliveira: A voz é extremamente essencial, independentemente das evoluções da era atual. A voz carrega muita emoção, credibilidade, e nos conecta com as pessoas de uma forma que, muitas vezes, uma imagem não consegue sozinha.
Principalmente com o crescimento dos podcasts, audiolivros, etc., podemos ver um verdadeiro renascimento da voz.
A imagem pode até chamar a atenção, mas é a voz que sustenta a imagem e cria o vínculo.
Diário do Estado: Quem foram ou ainda são suas maiores referências no mundo da locução e comunicação?
Samuel Oliveira: Tive como referência, no início da minha jornada como locutor, uma pessoa que eu escutava aqui na cidade: o saudoso “Tio Zé Potoca”. Ele fazia uma festa no rádio, tudo de forma manual, e essa criatividade me fez enxergá-lo como uma referência.
Diário do Estado: Como você se prepara antes de entrar no ar? Tem algum ritual ou técnica específica?
Samuel Oliveira: Antigamente, usávamos algumas técnicas para melhorar a voz, inclusive uma chamada técnica da caneta. Mas hoje em dia, não tenho nenhum ritual específico. A gente apenas tenta manter a saúde em dia e ter atenção com os alimentos que vamos consumir, etc.
Diário do Estado: Qual característica ou estilo você acredita que diferencia sua locução das demais?
Samuel Oliveira: Uma das características que acho que diferencia a minha locução é fazer algo mais informal. Me sinto conversando com amigos mesmo quando estou me comunicando com os ouvintes. Sempre busco agir com muita naturalidade.
Diário do Estado: Tem alguma situação engraçada ou curiosa que viveu no estúdio e que pode compartilhar com a gente?
Samuel Oliveira: Uma das situações engraçadas que vivi foi um dia em que estava fazendo a divulgação de uma empresa no programa Band Cidade.
Eu estava falando os valores promocionais, elogiando os preços, e de repente me deparei com o valor de um produto que estava muito caro. Não consegui disfarçar e acabei soltando minha opinião no ar. Esse dia é motivo de muitas risadas até hoje.
Diário do Estado: Que conselho você daria para quem está começando agora na área de locução ou sonha em trabalhar no rádio?
Samuel Oliveira: Meu conselho para quem quer começar é: buscar informação, estudar muito e fazer o que puder para se especializar na área. Inclusive fazer um curso de vendas, para conseguir conciliar tudo isso.
Mas não desista, corra atrás, procure uma oportunidade — se for pra ser, vai dar certo.
Diário do Estado: Depois de tantos anos no ar, qual é a principal lição que o rádio te ensinou, como profissional e como pessoa?
Samuel Oliveira: O rádio me ensinou muitas coisas. Foi como uma faculdade para mim.
Tudo eu aprendi na prática, sabe?
O rádio me ensinou a ser um ser humano melhor, a ter mais empatia pelas pessoas, já que, com o rádio, conheci diversas histórias e diferentes realidades que me moldaram para ser quem sou hoje. Eu, de fato, aprendi muito.
Afinal, comecei no rádio com 16 anos, e apesar de uma pausa nesse período, sigo aqui vivendo essa profissão linda. Se eu pudesse, com certeza faria tudo de novo!
Diário do Estado: Considerações finais:
Samuel Oliveira: Primeiro, quero agradecer a você, Glenda, e ao Diário do Estado, por me darem essa oportunidade de compartilhar um pouco da minha vida e da minha experiência na comunicação e no rádio.
Muito obrigado, Elô e Rubens Dantas — só tenho a agradecer a essa equipe.
Agora, quero agradecer ao Sr. Toninho e à Dona Tânia, que foram quem me deram a oportunidade de começar na rádio. Devo muito a eles.
E já aproveitando, agradeço muito ao Toni, que é o atual diretor, por continuar me dando a oportunidade de estar no rádio todos os dias. Ele é uma pessoa que me ajuda, me ensina muito e me faz crescer como profissional.
Também quero agradecer a toda a equipe da rádio, meus companheiros diários, que dividem essa jornada comigo e a tornam mais leve. E, claro, quero agradecer aos meus ouvintes, que são o combustível de tudo isso. Muito obrigado!
Confira a entrevista na integra: