domingo, 08 de junho, 2025

WhatsApp

(67) 99983-4015

Portal da transparencia

Entrevistas da Semana

A+ A-

APAE de Coxim, conheça sobre essa instituição tão importante com o presidente Dr. Sebastião Miranda 70pt

Nosso entrevistado da semana dedica sua vida nos últimos anos para uma das instituições mais respeitadas e sérias do Brasil, a APAE

Icone Calendário

16 de agosto de 2024

Icone Autor

 (Glenda Melo/ Diário do Estado)

Dr. Sebastião no pátio da APAE com alunos Alunos em atividades recreativas Dr. Sebastião Miranda em frente a APAE Obras de melhorias acontecendo na APAE
Continue Lendo...

Nosso entrevistado da semana dedica sua vida nos últimos anos para uma das instituições mais respeitadas e sérias do Brasil, a APAE, e para nos contar um pouco de como é o funcionamento, a rotina desde lugar e o atendimento dos alunos convidamos o advogado Sebastião Miranda para uma conversa esclarecedora e emocionante sobre essa instituição que têm como maior objetivo o amor e cuidado ao próximo.

Sebastião Miranda, 64 anos,após trabalhar na lavoura e garimpo na Região de Guiratinga-MT foi seminarista em Campo Grande,no Seminário Lagoa da Cruz, sob a Coordenação dos Padres Osmar e Moralles; Advogado graduado pela Universidade "BRAZ CUBAS" de Mogi das Cruzes-SP, colação de grau em 18 de julho de 1.986,  atuante há 38 anos na Comarca de Coxim-MS; pós graduado(presencial) pela FUCMAT, atual UCDB com ênfase em direito processual, civil e empresarial, e Pós Graduação presencial com ênfase em Direito Processual Civil. Presidente da OAB/Seccional de Coxim-MS no triênio  2007/2009; Subsecretário de Justiça e Cidadania no Governo Wilson Barbosa Martins em 1.997/98; Conselheiro Estadual da OAB no Triênio 2.016/2.018; Conselheiro do Tribunal de Ética e Disciplina nos anos 2.019/2.924, Há quase 2 anos a frente da APAE de Coxim,Pai de três filhas, Raissa, Laura e Ana Luíza, em uma união estável há 23 anos com Adriana Salton, grande companheira e amiga.
 

Diário do Estado: Dr Sebastião, nos conte sobre sua chegada em Coxim?
Sebastião Miranda:
Glenda, cheguei em Coxim em 1986, junto com os advogados Dr Miron Vilela e Júnior Mochi criamos o nosso escritório de advocacia e por 17 anos trabalhamos juntos, foi uma grande escola, amizades consolidadas, são até hoje amigos preciosos que a advocacia me trouxe.

Diário do Estado: A advocacia é uma paixão?
Sebastião Miranda:
Estou há 38 anos advogando, é a profissão que escolhi para mim, defendi grandes causas, pude contribuir de alguma maneira positiva para vida de muitas pessoas ao longo dessa caminhada e continuo contribuindo mas agora quero fazer uma declaração, nunca fui tão feliz e realizado como nesse 1 ano e 8 meses em que Deus me colocou na istração da APAE, posso dizer sem sombra de dúvida que hoje sou um homem transformado por poder estar naquele lugar, convivendo com aqueles seres humanos tão especiais.

Diário do Estado: Já que o senhor entrou no assunto sobre a APAE, vamos falar sobre ela, como foi chegar alí e como é trabalhar na APAE?
Sebastião Miranda:
Eu, em toda minha vida jamais imaginei que um lugar pudesse transformar tanto a vida de alguém, posso com certeza afirmar que existem 2 sebastiões, um antes de entrar para trabalhar na APAE, e um após entrar lá, é uma transformação que qualquer um que entre lá dentro já sente o quanto aquele lugar é especial.

Diário do Estado: Pode nos contar o porquê?
Sebastião Miranda:
Existem lugares que nos adoecem e lugares que nos curam, nos melhora como seres humanos, nos ensinam, tratam a nossa alma, a APAE é um lugar de amor, compaixão, empatia, quando a pessoa chega ali sente os bons sentimentos e energias que moram lá então estar lá é gratificante demais, pelo lugar, pelos alunos que são seres de luz, incapazes de fazer mal a alguém, eles só emanam amor, amor e amor.

Diário do Estado: Hoje, a APAE tem quantos alunos? e qual a idade deles ?
Sebastião Miranda:
Hoje atendemos 60 alunos, temos alunos de 16 aos 55 anos

Diário do Estado: Como é a rotina deles?
Sebastião Miranda:
A APAE possui um veículo para o transporte desses alunos, sem custo nenhum para as famílias, os alunos são levados para lá onde fazem suas atividades durante todos os dias de segunda a sexta-feira.

Diário do Estado: Quais os serviços oferecidos aos alunos?
Sebastião Miranda:
Fisioterapia, assistência social, aulas com professores, teatro, música, brincadeiras.

Diário do Estado: Os alunos recebem quantas refeições por dia? e como é feita a arrecadação dos alimentos que eles consomem?
Sebastião Miranda:
O alunos recebem café da manhã e almoço, os que ficam no horário matutino, para os que ficam no horário vespertino é servido lanche e antes de irem embora às 17:00 recebem um lanche reforçado como se fosse uma janta, após a refeição eles voltam para casa, toda a parte de bens de consumo, alimentação e higiene é mantido com uma verba do FUNDEB.

Diário do Estado: Quantos funcionários fazem parte da APAE?
Sebastião Miranda:
6

Diário do Estado: Em Coxim existem algumas parcerias, empresas ou empresários ajudam a APAE mensalmente?
Sebastião Miranda:
Muito bom falarmos sobre isso Glenda, sim, temos apoio de algumas empresas daqui como a loja Gazin, o banco Sicred, o atacado leve-max, e a rede de supermercados compre bem, união e GP mais e mais alguns empresários que não tenho autorização para citar os nomes mas que sempre que precisamos recorremos a eles e eles prontamente nos ajudam.

Diário do Estado: E o poder público local, ajuda?
Sebastião Miranda:
Sim, a prefeitura municipal de Coxim nos ajuda, o vereador Carlos Henrique nos ajudou com uma emenda, o deputado federal Marcos Polon também nos ajudou com uma emenda de 150.000,00 cento e cinquenta mil reais,o deputado estadual Júnior Mochi que também é um grande parceiro, esses recursos serão destinados para compra da van para nossa APAE, uma van com elevador para cadeirantes, para uso exclusivo dos nossos alunos, para que eles tenham mais recursos e ibilidade para chegarem na instituição diariamente.

Diário do Estado: Imagino que exista uma grande preocupação em atender os alunos sem que exista desperdícios, existe alguma organização quanto a isso?
Sebastião Miranda:
Existe sim esse trabalho, tudo aquilo que não chega a ser usado no prédio da APAE viram cestas que são destinadas para as famílias dos alunos, nada é desperdiçado e perdido, tudo vira ajuda dentro e fora das paredes da APAE, até porque vivemos tempo que a consciência de planejar para não deixar faltar existe.

Diário do Estado: Existe algum tipo de preocupação por parte da instituição para com os alunos?
Sebastião Miranda:
Uma coisa que me preocupa quanto a parte intelectual dos alunos Glenda é a questão das faltas, sabemos para que todo tratamento, acompanhamentos darem certo precisam de uma constância e frequência, algumas mães deixam de mandar seus filhos muitas vezes, isso acarreta na quebra da evolução nos estudos, parte de acompanhamentos com psicólogos e atividades que fazem junto de outros colegas para socialização, já disponibilizamos o transporte gratuito para que eles não faltem, então se eu puder pedir  para essas mães alguma coisa seria: mandem seus filhos para a instituição, faz uma diferença enorme na formação intelectual, física e motora desses alunos.

Diário do Estado: Dr Sebastião, ainda existe no Brasil um grande problema quanto a inclusão de pessoas com deficiência, embora já tenha melhorado muito, como senhor vê o cenário hoje?
Sebastião Miranda:
O que falta é organização para que as políticas públicas de fato funcionem, organização e fiscalização dos recursos, monitoramento, essas são ferramentas essenciais para que tudo funcione de maneira que leve as crianças, jovens e adultos deficientes uma melhoria na qualidade de vida.

Diário do Estado: O senhor acha que a política ajuda nessa construção de melhorias?
Sebastião Miranda:
Glenda, sim, como exemplo posso dar o início da minha história na APAE, quando cheguei havia muitos problemas de vazamento, infiltração e a parte elétrica também estava bastante comprometida, graças a ajuda de emendas de vereadores da época destinadas para nossa instituição os problemas foram solucionados, portanto a política ajuda sim, pois esses recursos são muito importantes para manter o bom funcionamento do local.

Diário do Estado: Como é feita a avaliação sobre os estudantes que frequentam a APAE?
Sebastião Miranda:
É feita uma sondagem com visitas nas casas desses alunos, nós fazemos essas visitas acompanhados por uma assistente social para confirmar a necessidade desse aluno frequentar a instituição, após a confirmação que o aluno está apto a frequentar a instituição é feito um plano educacional individual desse aluno, como todos os alunos que frequentam a APAE e assim as rotinas de estudo, e atividades já podem começar na instituição.

Diário do Estado: O que o senhor acha que o poder público local poderia fazer para ajudar a APAE de Coxim?
Sebastião Miranda:
Assumir o transporte desses alunos da APAE, isso nos cortaria gastos para instituição e  para nós enquanto instituição seria um grande ganho, pois se cortamos gastos com combustíveis e conserto de veículos poderíamos investir ainda mais no serviço prestado para esses estudantes.

Diário do Estado: Qual a sua meta à frente da APAE para o ano de 2025 Dr Francisco?
Sebastião Miranda:
Gostaria muito e estamos trabalhando com muita força para isso para quem em 2025 nossos alunos tenham os serviços oferecidos por uma equipe multidisciplinar como: ortopedista, neurologista, dentista,psicopedagoga, neuropediatra, mesmo que essas consultas aconteçam pelo sistema de telemedicina, mas que aconteça, sem sombra de dúvidas essa é a nossa luta , de toda equipe para que esse sonho se torne realidade e possamos oferecer cada vez mais para esses estudantes uma qualidade de vida melhor.

Diário do Estado: O senhor já nos disse que orçamento para manter a instituição como bens de consumo, alimentação e higiene vocês já possuem, mas se alguém quiser ajudar de alguma forma como fazer isso?
Sebastião Miranda:
Realmente Glenda, reafirmo que não precisamos de doações de roupas e alimentos e demais itens, mas aqueles que quiserem ajudar a APAE uma ajuda sempre bem vinda são brinquedos, materiais pedagógicos e materiais que são usados para atividade física como bolas, redes, e tudo que pode ser usado como meio de atividade física e que ajudem na parte intelectual deles, como brinquedos educativos, quebra-cabeças, brinquedos de montar que também ajuda nas atividades de coordenação motora, isso sim, aceitamos e será recebido com muito carinho.

Diário do Estado: Algum evento importante para os próximos dias?
Sebastião Miranda:
Sim. dos dias 21 a 27 de agosto acontece a semana do excepcional, serão várias atividades que acontecerão todos os dias durante uma semana na APAE de Coxim, os alunos terão uma semana movimentada com apresentações culturais, com muita música, teatro, dança, várias ações acontecerão especialmente para eles, para que eles sintam o quanto são amados, e o quanto são importantes.

Diário do Estado: Como está organizada a equipe da APAE?
Sebastião Miranda:
Presidente: Sebastião Paulo José Miranda, Vice-presidente: Reginaldo Silva Santos, Diretor geral : Luiz Henrique Botelho Funanri, Primeiro secretário: Ernandes José Bezerra, Segundo diretor financeiro: João Gilberto Marcato, Segundo diretor secretário:Gleyson Ramos Zorron, todos são pagos pela instituição.

Diário do Estado: Dr Sebastião, pelo seu olhar, o que é a APAE?
Sebastião Miranda:
Glenda, amo a profissão que escolhi, a advocacia, mas minha vida ou a ter um outro sentido desde que tive a benção de pisar na APAE, você não tem ideia de quanto amor existe naquele lugar, te convido um dia que você estiver triste ou com algum problema, vai até lá e receba um abraço de nossos alunos, não é um abraço comum, é um abraço que nunca você receberá igual, cheio de amor,pureza de espírito, paz, falando parece exagero, mas só indo lá recebendo o amor que eles têm para oferecer para saber, eles realmente são ESPECIAIS, melhorei como ser humano, ei a dar valor em coisas que antes eu não dava, ei por uma transformação interna, achei que eu faria por eles, mas foram e são eles que fazem por mim diariamente, os 38 anos que tenho de advocacia não se igualam aos quase 2 anos que estou na APAE, o extraordinário da vida acontece ali com aqueles alunos.

Diário do Estado: Gostaria que o senhor deixasse suas considerações finais 
Sebastião Miranda:
Gostaria de agradecer em nome de toda a equipe da APAE de Coxim ao jornal Diário do Estado por abrir suas portas para que pudéssemos contar um pouquinho do nosso trabalho nessa instituição tão importante e tão respeitada no Brasil, eu acredito no poder do amor, do cuidado, da gentileza, do olhar de amor pelo próximo, nos dias atuais tudo isso tem se perdido diante das notícias ruins e a escalada do mal, mas eu ainda prefiro acreditar que o bem sempre prevalecerá sobre o mal, a bondade é feita para todos aqueles que entendem o amor como uma ferramenta de transformação para uma sociedade, estar ali é atender o chamado de cuidar do outro e com isso também cuidamos de nós, agradeço a oportunidade e convido todos aqueles que sentirem no coração a vontade de nos visitar, conhecer nossas instalações e ajudar de alguma forma, nossas portas estão abertas.

 

Entrevista

A médica, a mãe e a mulher por trás do jaleco: A inspiradora trajetória da psiquiatra Camila Molina 1t631e

Nossa entrevista da semana é com uma mulher que carrega, em cada gesto e palavra, a delicadeza e a força de quem escolheu cuidar da mente e da alma das pessoas. Recebemos com muito...

A médica, a mãe e a mulher por trás do jaleco: A inspiradora trajetória da psiquiatra Camila Molina

6 de junho de 2025

A médica, a mãe e a mulher por trás do jaleco: A inspiradora trajetória da psiquiatra Camila Molina

 

Continue Lendo...

Nossa entrevista da semana é com uma mulher que carrega, em cada gesto e palavra, a delicadeza e a força de quem escolheu cuidar da mente e da alma das pessoas.
Recebemos com muito carinho a médica Camila Molina Kern, de 37 anos, psiquiatra formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, uma profissional dedicada, que faz da escuta e do acolhimento as bases do seu trabalho.
Mas, além da médica, conhecemos também a mulher, a esposa e a mãe: Camila é casada com o também médico Felipe Gomes Ferreira, com quem construiu uma linda família. Juntos, são pais do Matheus, de 7 anos, e da pequena Maitê, de 3 anos, dois grandes amores que, segundo ela, dão ainda mais sentido à sua missão de cuidar das pessoas.
Hoje, vamos conversar sobre sua trajetória, os desafios e encantos da psiquiatria, e sobre o equilíbrio entre a profissão e a maternidade. Seja muito bem-vinda, doutora Camila é uma alegria ter você conosco!

Diário do Estado: Como a senhora definiria saúde mental e qual a sua importância na vida cotidiana?
Dra. Camila:
Saúde mental é um conjunto de aspectos da vida emocional, social, psicológica que afeta a forma como interpretamos, sentimos e nos comportamos. 

Diário do Estado:  Quais são os principais fatores que influenciam a saúde mental de uma pessoa?
Dra. Camila:
Autoconhecimento seria o principal fator, seguido de capacidade de lidar com emoções ditas negativas, como tristeza e raiva e sem dúvida, manter relacionamentos saudáveis (não me refiro a relacionamentos românticos apenas, mas amizades e vínculos familiares). 

Diário do Estado:  Quais as diferenças fundamentais entre um transtorno psiquiátrico e uma fase difícil da vida?
Dra. Camila:
Fase difícil da vida é um processo absolutamente natural e esperado, tende a ser ageiro e não afeta significativamente a capacidade de trabalho, interação social, sono e apetite. Já os transtornos mentais são patológicos, ou seja, interferem significativamente na qualidade de vida do paciente, e tendem a piorar com o ar do tempo se não houver intervenção adequada. 

Diário do Estado:  Como é realizado o diagnóstico de um transtorno psiquiátrico? Quais critérios são utilizados? 
Dra. Camila:
Os critérios diagnósticos variam conforme a doença, mas seguem manuais validados internacionalmente. Atualmente utilizamos o DSM 5. Para isso são realizadas avaliações clinicas durante os atendimentos e caso haja indicação também podem ser solicitados exames complementares. 

Diário do Estado:  Quais são os principais tratamentos disponíveis atualmente para as doenças psiquiátricas? 
Dra. Camila:
Medicamentos e psicoterapia são amplamente estudados e validados como ferramentas altamente eficazes para uma ampla gama de doenças. 

Diário do Estado:  Qual é o papel da medicação no tratamento de transtornos mentais? E qual o papel da psicoterapia? 
Dra. Camila:
São complementares, na maioria das vezes essas duas modalidades de tratamento são necessárias para alcançar um controle eficaz das doenças. 

Diário do Estado:  Como saber quando é a hora certa de procurar ajuda psiquiátrica?
Dra. Camila:
Quando perceber que existe um prejuízo em sua qualidade de vida, quando perceber que as estratégias adotadas por iniciativa própria não estão sendo eficazes, quando o tempo de sofrimento está muito arrastado. 

Diário do Estado:  Quais são os transtornos psiquiátricos mais comuns no Brasil atualmente? E em Coxim a maioria dos seus atendimentos, pacientes, quais os maiores encaminhamentos?
Dra. Camila:
Os transtornos psiquiátricos mais comuns no Brasil seguem os mesmos padrões observados no restante do mundo, com algumas particularidades ligadas a fatores socioeconômicos. Em primeiro lugar estão os transtornos de ansiedade como transtorno de ansiedade generalizada, fobias, transtorno de pânico; seguidos por transtorno depressivo e na sequência transtornos por uso de substancias. Em Coxim  observo a mesma prevalência citada acima. 

Diário do Estado:  O que caracteriza a depressão e como ela pode ser diferenciada de uma tristeza comum?
Dra. Camila:
Apesar de compartilharem alguns aspectos são condições muito distintas. A tristeza é uma condição normal e ageira e frequentemente apresenta um gatilho identificável. Além disso a pessoa consegue manter sua funcionalidade, mesmo que com alguma dificuldade. Na  depressão existe um prejuízo significativo, duradouro, podendo interferir em sono, apetite, pensamentos, capacidade de trabalho, podendo ainda levar a pensamentos suicidas. Na depressão nem sempre existe um fator desencadeante identificável. 

Diário do Estado:  A ansiedade está cada vez mais presente na sociedade. Quais são os sinais de que ela se tornou um transtorno?
Dra. Camila:
Sentir-se ansioso eventualmente é fisiológico, ou seja, normal e saudável, pois é uma resposta do corpo a um estimulo estressor. Quando se observa uma recorrência frequente dessa sensação, ou quando ela se torna muito intensa a ponte de atrapalhar sua vida cotidiana pode se tratar de uma doença. 

Diário do Estado:  Quais são os principais desafios no diagnóstico e tratamento da esquizofrenia?
Dra. Camila:
Acredito que o maior desafio esteja ligado a questões culturais, preconceitos, que atrasam ou impedem o correto e precoce tratamento, que fará toda a diferença na evolução da doença. 

Diário do Estado:  Como o transtorno bipolar se manifesta e qual é a importância do tratamento contínuo?
Dra. Camila:
O transtorno bipolar é uma doença bastante complexa, que apresenta diversas formas de manifestação, mas para facilitar o entendimento a resumimos como uma doença que é caracterizada por oscilações entre fases de depressão  e hipo/mania, sendo necessário que o paciente fique algumas semanas mantendo as características de um destes polos. A importância do tratamento contínuo visa a estabilização do humor para que a pessoa tenha uma vida absolutamente normal, sem sintomas. 

Diário do Estado:  Quais medidas podem ser adotadas para prevenir transtornos psiquiátricos?
Dra. Camila:
Hábitos simples como o investimento em vínculos afetivos saudáveis, a prática de atividades físicas, investimento em sono de qualidade, alimentação equilibrada, evitar consumo de álcool ou demais substancias psicoativas e prática de meditação funcionam como um excelente arsenal para evitar o adoecimento. Não se trata de evitar todo tipo de sofrimento emocional possível, mas sim de desenvolver ferramentas de enfrentamento. 

Diário do Estado:  Como a sociedade pode combater o estigma relacionado às doenças mentais?
Dra. Camila:
Acredito que atitudes como a sua, de convidar um profissional da área para falar sobre o assunto, ajudam a desmistificar a ideia de que doença mental é sinônimo de loucura. 

Diário do Estado:  Qual a importância das redes de apoio (família, amigos, comunidade) na recuperação de pacientes com transtornos mentais? 
Dra. Camila:
Essas são as primeiras estruturas que a pessoa adoecida encontrará para enfrentar a doença, portanto são de suma importância, devendo encorajar seu ente querido a buscar ajuda o mais breve possível e evitar emitir julgamentos  ou falas preconceituosas. 

Diário do Estado:  De que forma a cultura e a sociedade influenciam na percepção e no tratamento das doenças psiquiátricas?
Dra. Camila:
A percepção cultural sobre o que é normal  ou patológico influencia a forma como os sintomas são interpretados  e até a forma de buscar ajuda. Já escutei diversas vezes de pacientes que demoraram a iniciar o tratamento por considerar que psiquiatra deve ser acionado somente em última instância, após terem esgotado todas as outras tentativas. Algumas sociedades interpretam sintomas psicóticos como possessões e sintomas depressivos ou ansiosos como falhas espirituais ou morais. 

Diário do Estado:  Como a pandemia de COVID-19 impactou a saúde mental da população?
Dra. Camila:
Trouxe um impacto profundo na saude mental da população mundial, devido a fatores como isolamento social, medo do adoecimento, morte de entes queridos, perdas financeiras e sensação de incerteza prolongada. De acordo com a OMS houve um aumento de no mínimo 25% dos transtornos ansiosos e depressivos.            

    

Diário do Estado:  Quais são os principais desafios que a psiquiatria enfrenta atualmente?
Dra. Camila:
Acredito que os principais desafios estejam ligados ao o escasso de serviços de qualidade. As filas para consultas em serviços públicos são longas, muitas vezes sem profissionais treinados. Além disso os medicamentos raramente são encontrados na rede publica, o que dificulta ainda mais o amplo o da população a um tratamento digno e eficaz. 

Diário do Estado:  Como a senhora vê o futuro da psiquiatria, considerando os avanços tecnológicos e científicos?
Dra. Camila:
Muito tem se investido em estudos e avanços tecnológicos que facilitem e tornem mais precisos os diagnósticos e tratamentos  psiquiátricos, mas acredito que nada substituirá a necessidade de acolhimento, empatia e vinculo que somente um bom profissional pode proporcionar aos seus pacientes. 

Diário do Estado:  Que mensagem a senhora gostaria de deixar para quem enfrenta problemas de saúde mental, mas ainda sente medo ou vergonha de procurar ajuda?
Dra. Camila:
Diria que as doenças mentais são como outra qualquer, ou seja, levam a alterações em estruturas e bioquímica cerebral, portanto, assim como você procuraria um ortopedista para tratar um osso quebrado, um psiquiatra vai cuidar do seu adoecimento psíquico. É natural sentir receio das coisas que não conhecemos bem, mas procurando um profissional que te traga segurança, te faça sentir respeitado e demonstre possuir o conhecimento adequado fará uma grande diferença em sua qualidade de vida. 

Diário do Estado:  Suas considerações finais para o Jornal Diário do Estado
Dra. Camila:
Gostaria de parabenizar ao jornal Diário do estado pela iniciativa em falar sobre adoecimento mental, ajudando a reduzir o estigma e o sofrimento das pessoas que lidam com esta dor.  Também quero agradecer ao espaço que me foi oferecido e dizer que estou muito satisfeita em trazer esses esclarecimentos a população coxinense.  

Confira a Entrevista na Integra: 

Entrevista

Samuel Oliveira: 36 Anos no Ar - A Vida, a Paixão e os Bastidores da Voz Mais Marcante de Coxim 3k1334

Nosso entrevistado da semana é um dos profissionais mais respeitados em seu segmento em Coxim e exemplo de dedicação pela profissão. Samuel Severino Oliveira, 51...

Samuel Oliveira: 36 Anos no Ar - A Vida, a Paixão e os Bastidores da Voz Mais Marcante de Coxim

30 de maio de 2025

Samuel Oliveira: 36 Anos no Ar - A Vida, a Paixão e os Bastidores da Voz Mais Marcante de Coxim

 

Continue Lendo...

Nosso entrevistado da semana é um dos profissionais mais respeitados em seu segmento em Coxim e exemplo de dedicação pela profissão.
Samuel Severino Oliveira, 51 anos, formado em Marketing, casado com Marileide Vaz, Locutor e empreendedor, pai de 3 filhos Tainá, Eduardo e Maria Clara.
Com 36 anos de dedicação ao rádio, Samuel Oliveira se tornou muito mais do que um locutor: ele é um símbolo de credibilidade, carisma e amor pela profissão. Sua trajetória é feita de histórias inesquecíveis, desafios superados, e um compromisso inabalável com a informação, a música e a companhia diária aos ouvintes.
Samuel sem dúvida é uma das figuras mais queridas e respeitadas de Coxim, fazendo o que mais ama: comunicar, emocionar e transformar o cotidiano das pessoas através da força da sua voz.
Hoje, vamos conhecer um pouco mais sobre o homem por trás do microfone, suas memórias, aprendizados e a visão de quem dedicou mais de três décadas a esse meio tão poderoso e essencial.
 

Diário do Estado: Como nasceu a sua paixão pelo rádio e pela locução? Você se lembra do momento em que decidiu seguir essa carreira?
Samuel Oliveira:
Minha paixão pelo rádio surgiu muito cedo, acredito que entre os meus 14 e 15 anos.
Nessa idade, eu gostava muito de uma rádio que havia lá em Campo Grande, e tinha um locutor em específico que eu irava demais! Me lembro que, sempre que ia a Campo Grande, fazia questão de gravar a voz dele, gravar as músicas dessa rádio, etc.
E com toda essa inspiração, comecei com uma brincadeira, em um aparelho de som conhecido na época como “3 em 1”. Nele, eu conectava um microfone, me juntava com um amigo que também se interessava por essa área da comunicação e a gente brincava de fazer as famosas paqueras. Levamos esse atempo até para o restaurante onde trabalhávamos na época, e agíamos como se realmente fôssemos locutores.

E foi nesse mesmo restaurante que conheci a Rosi Paiva, que era a gerente da rádio na época. Eu disse a ela que tinha muito interesse nessa área e ela falou para eu ar na rádio e gravar um piloto. E foi aí que tudo começou.
Fui aprovado e meu primeiro programa era das 20h às 00h. Comecei sem experiência nenhuma, mas com muito interesse em aprender.

Diário do Estado: Quais foram os maiores desafios que você enfrentou no início da sua trajetória como locutor?
Samuel Oliveira:
Acho que os principais desafios vinham do fato de que a gente tinha pouco o à informação, pouco contato com as rádios de fora, como as de São Paulo, que eram referência para todas as rádios.
Naquela época, não existia um curso, por exemplo, para a gente se aperfeiçoar. Aprendemos tudo na raça mesmo, e acredito que, se fosse nos tempos de hoje, essa jornada seria um pouco mais leve.

Diário do Estado: Nestes mais de 20 anos de carreira, qual foi o momento mais marcante ou emocionante para você?
Samuel Oliveira:
Tive vários momentos muito marcantes e de muita emoção, mas um que me marcou foi saber que conseguimos ajudar cerca de 110 famílias, na época, através de uma campanha que fizemos para arrecadar cestas básicas, que durou cerca de dois anos.
Outro momento marcante foi o falecimento da minha mãe. Quando aconteceu, eu estava ao vivo no programa e meu irmão tentava de todas as formas falar comigo, até que conseguiu, já no final do programa.

Diário do Estado: Como você vê a evolução do rádio desde que começou a trabalhar até hoje? O que mudou na forma de comunicar?
Samuel Oliveira:
A evolução do rádio é tremenda. Antigamente, tínhamos que fazer tudo manualmente, com os aparelhos todos analógicos.
Dava realmente muito trabalho fazer um programa naquela época, já que tudo era manual.
As propagandas que tínhamos que soltar eram através de fitas, cartucheiras.

E tudo era feito com discos de vinil. Tínhamos uma programadora, que era uma pessoa contratada só para fazer a programação.
Então, se eram 12 músicas para tocar no programa, eu chegava e haviam 12 discos separados, que iam para o sonoplasta, e ele era encarregado de cuidar dessa parte de colocar as músicas e as propagandas, e eu ficava com uma via de tudo para a gente conduzir o programa.
Mas, às vezes, tínhamos que fazer um programa sozinhos.
Então, numa situação dessas, eu precisava narrar o programa, trocar disco, trocar propaganda — praticamente fazer tudo ao mesmo tempo.
Por isso, às vezes, brinco que os locutores de hoje em dia são todos “nutelas”, porque, de fato, hoje um computador faz quase tudo. Então o rádio basicamente mudou da água para o vinho.

Diário do Estado: Quais habilidades considera essenciais para quem quer ser um bom locutor atualmente?
Samuel Oliveira:
A nossa forma de se comunicar mudou muito. Antigamente, tínhamos uma visão de que os bons locutores tinham que ter uma voz super grossa, até porque eles eram as nossas referências da época.
Acredito que, hoje em dia, o essencial é você ser carismático, saber tratar bem as pessoas, ter muita empatia e carinho. Até porque hoje temos muita facilidade de interação com os ouvintes, por meio das redes sociais, então você acaba criando uma relação muito próxima.
Me lembro que, antigamente, nossa forma de se comunicar com os ouvintes era através de cartas escritas à mão, que eles deixavam em um ponto de coleta, e a gente recebia entre 30 a 60 dias depois.
Então, hoje em dia, com toda essa tecnologia, é esperado que você seja uma pessoa atenciosa e carismática.

Diário do Estado: Como é a sua rotina de trabalho na Band FM de Coxim? Quais são os bastidores que o público não vê?
Samuel Oliveira:
Minha rotina começa logo cedo, com o meu programa na Vale, o “Programa do Samuca”.
Ele vai das 7h às 8h30, e eu me divirto muito lá. Acho que não tem forma melhor de começar o dia.
E ao meio-dia, tenho meu outro programa na Band FM, chamado Band Cidade, que apresento junto com meu amigo Camilo Bressan, uma pessoa por quem tenho um carinho enorme e que me ensinou e ajudou muito a evoluir.
Sobre os bastidores, acho que o que resume tudo é a correria. Às vezes, os ouvintes acham que, nos intervalos, estamos de boa, mas aproveitamos esse tempo para organizar quais informações do dia são interessantes para ar, quais textos vamos falar, porque tudo precisa ser escolhido com muito critério. É uma responsabilidade enorme estar no nosso lugar propagando informações.

Diário do Estado: O que mais te motiva a continuar no ar todos os dias?
Samuel Oliveira:
O que me motiva, com certeza, é o carinho e reconhecimento do meu trabalho. É sair na rua, encontrar meus ouvintes, ter um de perto, fora as participações diárias pelas redes sociais.
Acho todo esse contato próximo com as pessoas essencial, e é muito bom saber que nosso trabalho está alcançando muitos lugares que antigamente não atingíamos, graças à evolução do rádio.

Diário do Estado: Você acredita que o rádio local cumpre um papel importante na comunidade? De que forma isso se manifesta em Coxim?
Samuel Oliveira:
Sim, acredito que o rádio é fundamental, cumprindo o seu papel importantíssimo de informar, trazer conteúdo e entretenimento de qualidade para a população.
O que seria de nós sem o rádio? Ele é o companheiro da dona de casa, do pessoal do comércio, da fazenda. Tem um papel enorme na vida das pessoas.
Um exemplo de situação em que o rádio cumpriu um papel muito legal em Coxim foi na apuração das eleições municipais, quando tivemos uma participação gigantesca dos ouvintes, não só diretamente pelo rádio, mas também pela nossa transmissão no YouTube.
Com certeza, o rádio é um grande veículo de comunicação e contribui muito para a sociedade coxinense.

Diário do Estado: Qual foi o programa ou projeto que você apresentou com mais orgulho até hoje na Band FM? Por quê?
Samuel Oliveira:
Atualmente, participo de dois programas que me trazem muito orgulho e alegria, mas a Band FM tem um lugar especial no meu coração, porque fazer parte dela é a realização de um sonho de infância, que eu via como algo muito distante.
Então, o programa Band Cidade, que apresento com o Camilo Bressan, é motivo de muito orgulho e gratidão para mim.

Diário do Estado: Como você adapta a sua comunicação para se conectar com o público de Coxim e região?
Samuel Oliveira:
Eu procuro fazer uma comunicação bem popular, sem muita formalidade, buscando falar a língua do povo, justamente para me conectar mais com as pessoas.

Diário do Estado: Com a popularização dos podcasts e das plataformas digitais, como você enxerga o futuro do rádio tradicional?
Samuel Oliveira:
Hoje o rádio está ando por uma transformação. Temos vários outros meios de comunicação que tomaram seu espaço, principalmente os podcasts.
Mas nós, que somos do rádio, temos a obrigação de acompanhar a evolução da tecnologia.
Um exemplo prático dessa mudança é que, nos programas de entrevistas da rádio, praticamente os transformamos em podcasts.
Nossos ouvintes têm a opção de escutar a gente na rádio e acompanhar a transmissão ao vivo por outras plataformas, como YouTube e Facebook. Usamos essa evolução tecnológica a nosso favor.
E, sobre o futuro do rádio, enxergo um futuro brilhante. Acredito que o rádio vai seguir firme e forte, conquistando diversos outros espaços na sociedade.
Mas, para isso, precisamos ter a mente aberta e realmente usar a tecnologia a nosso favor, sem nos apegar tanto às “tradições”.

Diário do Estado: Você já pensou ou tem interesse em migrar ou complementar sua atuação com outras mídias, como podcast ou YouTube?
Samuel Oliveira:
Talvez “migrar” não seja a palavra certa, mas com certeza já pensei em complementar minha atuação com outras mídias, principalmente depois que percebi que precisamos acompanhar essa evolução.
Então, aos poucos, venho mudando isso. Como disse anteriormente, busco transformar meus programas no formato de podcast, deixando tudo salvo para que as pessoas assistam quando e onde quiserem. Tenho interesse em usar isso para agregar ainda mais — e quem sabe um dia fazer um podcast voltado exclusivamente para as mídias sociais.

Diário do Estado: Na sua opinião, o que o rádio oferece que nenhuma outra mídia consegue entregar?
Samuel Oliveira:
O rádio tem uma proximidade que nenhuma outra mídia consegue replicar.
Para muita gente, é uma companhia constante — seja no carro, em casa ou no trabalho — e fala direto com o ouvinte, no ritmo da vida real.
É instantâneo, ível e humano. A voz no rádio cria um laço de confiança, de intimidade, que não vemos da mesma forma em outras plataformas.

Diário do Estado: Como você vê a importância da voz na era atual, em que a imagem e o vídeo são tão valorizados?
Samuel Oliveira:
A voz é extremamente essencial, independentemente das evoluções da era atual. A voz carrega muita emoção, credibilidade, e nos conecta com as pessoas de uma forma que, muitas vezes, uma imagem não consegue sozinha.
Principalmente com o crescimento dos podcasts, audiolivros, etc., podemos ver um verdadeiro renascimento da voz.
A imagem pode até chamar a atenção, mas é a voz que sustenta a imagem e cria o vínculo.

Diário do Estado: Quem foram ou ainda são suas maiores referências no mundo da locução e comunicação?
Samuel Oliveira:
Tive como referência, no início da minha jornada como locutor, uma pessoa que eu escutava aqui na cidade: o saudoso “Tio Zé Potoca”. Ele fazia uma festa no rádio, tudo de forma manual, e essa criatividade me fez enxergá-lo como uma referência.

Diário do Estado: Como você se prepara antes de entrar no ar? Tem algum ritual ou técnica específica?
Samuel Oliveira:
Antigamente, usávamos algumas técnicas para melhorar a voz, inclusive uma chamada técnica da caneta. Mas hoje em dia, não tenho nenhum ritual específico. A gente apenas tenta manter a saúde em dia e ter atenção com os alimentos que vamos consumir, etc.

Diário do Estado: Qual característica ou estilo você acredita que diferencia sua locução das demais?
Samuel Oliveira:
Uma das características que acho que diferencia a minha locução é fazer algo mais informal. Me sinto conversando com amigos mesmo quando estou me comunicando com os ouvintes. Sempre busco agir com muita naturalidade.

Diário do Estado: Tem alguma situação engraçada ou curiosa que viveu no estúdio e que pode compartilhar com a gente?
Samuel Oliveira:
Uma das situações engraçadas que vivi foi um dia em que estava fazendo a divulgação de uma empresa no programa Band Cidade.
Eu estava falando os valores promocionais, elogiando os preços, e de repente me deparei com o valor de um produto que estava muito caro. Não consegui disfarçar e acabei soltando minha opinião no ar. Esse dia é motivo de muitas risadas até hoje.

Diário do Estado: Que conselho você daria para quem está começando agora na área de locução ou sonha em trabalhar no rádio?
Samuel Oliveira:
Meu conselho para quem quer começar é: buscar informação, estudar muito e fazer o que puder para se especializar na área. Inclusive fazer um curso de vendas, para conseguir conciliar tudo isso.
Mas não desista, corra atrás, procure uma oportunidade — se for pra ser, vai dar certo.

Diário do Estado: Depois de tantos anos no ar, qual é a principal lição que o rádio te ensinou, como profissional e como pessoa?
Samuel Oliveira:
O rádio me ensinou muitas coisas. Foi como uma faculdade para mim.
Tudo eu aprendi na prática, sabe?
O rádio me ensinou a ser um ser humano melhor, a ter mais empatia pelas pessoas, já que, com o rádio, conheci diversas histórias e diferentes realidades que me moldaram para ser quem sou hoje. Eu, de fato, aprendi muito.
Afinal, comecei no rádio com 16 anos, e apesar de uma pausa nesse período, sigo aqui vivendo essa profissão linda. Se eu pudesse, com certeza faria tudo de novo!

Diário do Estado: Considerações finais:
Samuel Oliveira:
Primeiro, quero agradecer a você, Glenda, e ao Diário do Estado, por me darem essa oportunidade de compartilhar um pouco da minha vida e da minha experiência na comunicação e no rádio.
Muito obrigado, Elô e Rubens Dantas — só tenho a agradecer a essa equipe.
Agora, quero agradecer ao Sr. Toninho e à Dona Tânia, que foram quem me deram a oportunidade de começar na rádio. Devo muito a eles.
E já aproveitando, agradeço muito ao Toni, que é o atual diretor, por continuar me dando a oportunidade de estar no rádio todos os dias. Ele é uma pessoa que me ajuda, me ensina muito e me faz crescer como profissional.
Também quero agradecer a toda a equipe da rádio, meus companheiros diários, que dividem essa jornada comigo e a tornam mais leve. E, claro, quero agradecer aos meus ouvintes, que são o combustível de tudo isso. Muito obrigado!

 

Confira a entrevista na integra: 

Icone enqute

Enquete 6bk5s

Você está satisfeito(a) com o serviço prestado pela CCR-MS Via?