sábado, 07 de junho, 2025
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Bispo
14 de fevereiro de 2025
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No quinto domingo do Tempo Comum, a Diocese de Coxim viveu uma forte experiência vocacional. No Centro Emaús, local de retiro, formação e oração, aconteceu o Encontro Diocesano de Catequese, reunindo mais de 120 catequistas para um momento de aprendizado e preparação. Com alegria e fé, esses catequistas se fortaleceram espiritualmente para mais um ano de missão, especialmente no acompanhamento das crianças que iniciarão sua caminhada cristã.
Além desse encontro formativo, a diocese também celebrou vocações específicas ao ministério sacerdotal. Dois novos seminaristas, Matheus e Edgar, ingressaram no Seminário Propedêutico, em Dourados, dando o primeiro o concreto em sua caminhada de discernimento. Já o seminarista Paulo Henrique recebeu a ordem do leitorado, um grau da ordem menor, fortalecendo ainda mais seu compromisso com a Igreja. Com a graça de Deus, vemos as vocações florescerem em nossa diocese, um sinal da presença amorosa do Pai que continua a chamar operários para sua messe.
A palavra “vocação” vem do latim vocatio, onis, que significa chamada ou convite. A vocação é um dom da graça divina, que se manifesta de forma sutil em nossos corações, como um sussurro do Senhor. No entanto, essa chamada exige uma resposta, um “sim” generoso e consciente. Embora a vocação seja uma iniciativa de Deus, cabe a cada um acolhê-la e cultivá-la com oração e discernimento. Como nos ensina a Lumen Gentium, “a vocação de todos os fiéis é um chamado à santidade dentro da Igreja”.
Muitas vezes, reduzimos a vocação apenas ao chamado sacerdotal, mas a Igreja nos ensina que há diversas vocações, todas essenciais para a edificação do Reino de Deus. Além da vocação presbiteral, temos a vida consagrada, o matrimônio e até mesmo os diversos ministérios leigos, como o serviço catequético. Cada um, segundo seu carisma, é chamado a testemunhar Cristo no mundo, respondendo ao chamado divino com generosidade e fidelidade.
Diante dessa riqueza vocacional, somos convidados a rezar pelas vocações e a incentivar aqueles que sentem o chamado de Deus. Assim como Jesus disse a Simão Pedro: “Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca” (Lc 5,4), somos desafiados a confiar na vontade do Senhor e responder ao Seu chamado com coragem. E, para aqueles que hesitam, vale lembrar as palavras de Cristo: “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens” (Lc 5,10).
Que possamos, como comunidade de fé, ser um solo fértil onde as vocações possam germinar e dar frutos. Que a graça do Espírito Santo fortaleça todos os que disseram “sim” ao chamado do Senhor, para que possam servir com amor e dedicação na missão que lhes foi confiada.
TV Divino, Pastoral da Comunicação da Catedral São José
Bispo
Dando continuidade ao Ciclo de Catequeses para este Jubileu 2025 sobre o tema "Jesus Cristo nossa Esperança", Francisco dedicou sua reflexão, nesta quarta-feira (26/03),...
28 de mar�o de 2025
Dando continuidade ao Ciclo de Catequeses para este Jubileu 2025 sobre o tema "Jesus Cristo nossa Esperança", Francisco dedicou sua reflexão, nesta quarta-feira (26/03), à Samaritana dentro da sequência "A vida de Jesus. Os Encontros".
Depois de refletir, na semana ada, sobre o encontro de Jesus com Nicodemos, que foi procurá-lo, "refletimos sobre aqueles momentos em que parece que Jesus estava bem ali nos esperando, naquela encruzilhada da nossa vida. São encontros que nos surpreendem e, a princípio, podemos até ficar um pouco desconfiados: tentamos ser prudentes e entender o que está acontecendo", escreve o Papa no texto.
"Provavelmente, essa também foi a experiência da mulher samaritana, mencionada no quarto capítulo do Evangelho de João", afirma Francisco. "Ela não esperava encontrar um homem no poço ao meio-dia; na verdade, ela não esperava encontrar ninguém. De fato, ela vai buscar água no poço numa hora incomum, quando está muito quente. Talvez essa mulher tenha vergonha de sua vida, talvez tenha se sentido julgada, condenada, não compreendida e, por isso, tenha se isolado, rompido relações com todos."
"Para ir da Judeia para a Galileia, Jesus poderia ter escolhido outro caminho e não ter atravessado Samaria. Teria sido até mais seguro, dadas as relações tensas entre judeus e samaritanos", escreve o Papa. "Mas, ele quer ar por ali e para naquele poço, naquela hora! Jesus nos espera e se faz encontrar justamente quando pensamos que para nós já não há esperança. O poço, no antigo Oriente Médio, é um lugar de encontro, onde às vezes são arranjados casamentos, é um local de noivado. Jesus quer ajudar esta mulher a entender onde procurar a verdadeira resposta ao seu desejo de ser amada", ressalta.
"O tema do desejo é fundamental para compreender este encontro. Jesus é o primeiro a expressar o seu desejo: “Dá-me de beber!” Para iniciar um diálogo, Jesus faz-se ar por fraco, deixando assim a outra pessoa à vontade, garantindo que não se assusta. A sede é frequentemente, também na Bíblia, a imagem do desejo. Mas aqui Jesus tem sede, primeiramente, da salvação daquela mulher. «Mas, se Jesus lhe pediu do que beber – diz Santo Agostinho – era da fé dela que Ele tinha sede»."
"Se Nicodemos fora ter com Jesus à noite, aqui Jesus encontra a mulher samaritana ao meio-dia, a hora em que há mais luz. É realmente um momento de revelação", ressalta o Pontífice. "Jesus dá-se a conhecer a ela como o Messias e também ilumina a sua vida. Ajuda-a a reler a sua história, complicada e dolorosa, de uma nova forma: teve cinco maridos e agora está com um sexto que não é marido. O número seis não é aleatório, mas geralmente indica imperfeição. Talvez seja uma alusão ao sétimo marido, aquele que poderá finalmente satisfazer o desejo desta mulher de ser verdadeiramente amada. E esse noivo só pode ser Jesus."
"Ao perceber que Jesus conhece a sua vida, a mulher muda a conversa para a questão religiosa que dividia judeus e samaritanos. Isto também nos acontece, por vezes, enquanto rezamos: no momento em que Deus toca a nossa vida com os seus problemas, por vezes perdemo-nos em reflexões que nos dão a ilusão de uma oração bem-sucedida. Na verdade, nós criamos barreiras de proteção. Mas o Senhor é cada vez maior, e àquela mulher samaritana, a quem segundo as normas culturais nem sequer devia ter falado, dá a mais alta revelação: fala-lhe do Pai, que deve ser adorado em espírito e verdade. E quando ela, mais uma vez surpreendida, observa que é melhor esperar o Messias sobre estas coisas, Ele diz-lhe: “Sou eu, quem fala contigo”. É como uma declaração de amor: Aquele que estás à espera sou eu. Aquele que pode finalmente responder ao teu desejo de seres amada", escreve o Papa.
"Neste momento a mulher apressa-se a chamar o povo da aldeia, pois é precisamente da experiência de se sentir amada que surge a missão. E que mensagem poderia ela ter trazido senão a sua experiência de ser compreendida, acolhida, perdoada? É uma imagem que nos deveria fazer refletir sobre a nossa procura de novas formas de evangelizar."
"Tal como uma pessoa apaixonada, a samaritana esquece o seu cântaro aos pés de Jesus. O peso daquela ânfora na sua cabeça, de cada vez que regressava a casa, lembrava-a da sua condição, da sua vida atribulada. Mas agora o cântaro é colocado aos pés de Jesus. O ado já não é um fardo; ela está reconciliada. E assim também acontece conosco: para irmos anunciar o Evangelho, precisamos primeiro de depositar aos pés do Senhor o peso da nossa história, entregar-Lhe o peso do nosso ado. Só as pessoas reconciliadas podem levar o Evangelho".
Por fim, o Papa convida a não a esperança. "Mesmo que a nossa história pareça pesada, complicada, talvez até mesmo arruinada, temos sempre a possibilidade de a entregar a Deus e recomeçar a nossa caminhada. Deus é misericórdia e espera-nos sempre!"
Bispo
O tempo da Quaresma é um tempo de conversão e mudança de vida. Inicia-se na Quarta-feira de Cinzas, sendo este um tempo litúrgico em que nos preparamos para a Semana...
7 de mar�o de 2025
O tempo da Quaresma é um tempo de conversão e mudança de vida. Inicia-se na Quarta-feira de Cinzas, sendo este um tempo litúrgico em que nos preparamos para a Semana Maior de nossa fé, a Semana Santa, que tem seu ponto alto no Tríduo Pascal, permitindo-nos três dias de profunda vivência: a Quinta-feira Santa, Sexta-feira da Paixão, Sábado de Aleluia e a Páscoa do Nosso Senhor.
Para bem viver a Quaresma, é necessário traçar pilares e acreditar na real transformação, que podem ser exercitadas durante os quarenta dias, de maneira mais profunda, na oração, jejum e caridade ou esmola, tudo em espera da Ressurreição do Nosso Salvador.
Só se pode ter uma vivência melhor se existir um contato intenso, então é necessário que tenhamos maiores e melhores momentos de oração e intimidade com Deus. Jejum, se abster de algo que o fiel gosta muito, para que ao invés de depositar todo seu desejo/prazer sobre o alimento, deposite tudo ao Senhor, é necessário que o irmão(ã) tenha em mente que esse desejo não o vença durante esses quarenta dias e que ao acabar esse período não volte comendo/bebendo/jogando de maneira mais exagerada do que iniciou a Quaresma.
E por fim, a caridade/esmola, com o dinheiro que você gastava comprando, por exemplo, um refrigerante - que agora você absteve-se – converta e doe a um irmão que precisa, com toda certeza tudo isso fará a diferença na vida dele. É importante estender as mãos para os irmãos mais necessitados.
Toda penitência deve nos levar à conversão, que deve durar a vida toda. É necessário, ao início de tudo, que nos façamos a seguinte pergunta: No que eu preciso me converter? É importante que façamos um exame de consciência: será que eu preciso ter um momento de maior intimidade com Deus? Então, busquemos rezar mais e de maneira mais profunda. Será que tenho a soberba ou sou desumilde? Propunhamos realizar mais obras de caridade com os irmãos, meditemos sobre a vida e deixemo-nos entregar nas mãos do Senhor.
Mesmo vivendo este belo tempo litúrgico de conversão, o domingo segue sendo o Domingo, Dia do Senhor, portanto, não deve se fazer jejum ou penitência, lembrando que isso não deve ser visto como um alívio de dor, mas apenas uma vivência que o Dia Maior nos proporciona. Recorda-te, queremos a conversão, busque alegria em Cristo e não nos prazeres.
Na Quaresma, nós, o povo de Deus, vamos em busca do Senhor. Durante todo esse período, é necessário que mergulhemos sobre esse recolhimento e as dores que Cristo sofreu por nós. Por isso, ao chegar à igreja, veremos uma diferente “ornamentação”, prevalecendo a cor litúrgica roxa, que simboliza recolhimento e dor, e menos flores. Coloquemo-nos em oração e sejamos vigilantes para bem viver essa Santa Quaresma. Apenas no quarto domingo da Quaresma, mudamos a cor litúrgica para rosa, para simbolizar a alegria, lembrando para nós que Cristo ressuscitou, encorajando-nos para essa vinda do Salvador.
Para bem viver a Quaresma, nós somos convidados a fazer jejum ou a abstinência de carne na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira da Paixão. Esse exercício se comporta da seguinte forma: jejum, apenas uma refeição completa e, se necessário, mais duas simples em proporções menores que o habitual (para homens e mulheres entre 18 e 59 anos). A abstinência, faça a escolha de uma alimentação simples e pobre, abstendo-se de carne (para homens e mulheres a partir de 14 anos). Vale lembrar que estão dispensados do jejum: doentes, grávidas e trabalhadores com árduo trabalho braçal ou intelectual.
Santa e abençoada Quaresma a todos!