sábado, 07 de junho, 2025
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Dom Antonino
17 de novembro de 2023
Vigiai - Como foste fiel na istração de tão pouco, vem participar de minha alegria. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus (Mt 25,14-30) - Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos: 14"Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens. 15A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua capacidade. Em seguida viajou. 16O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles, e lucrou outros cinco. 17Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. 18Mas aquele que havia recebido um só, saiu, cavou um buraco na terra, e escondeu o dinheiro do seu patrão. 19Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados. 20O empregado que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: 'Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei'. 21O patrão lhe disse: 'Muito bem, servo bom e fiel! como foste fiel na istração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!' 22Chegou também o que havia recebido dois talentos, e disse: 'Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei'. 23O patrão lhe disse: 'Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na istração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!' 24Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento, e disse: 'Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste. 25Por isso, fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence'. 26O patrão lhe respondeu: 'Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e que ceifo onde não semeei? 27Então, devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence'. 28Em seguida, o patrão ordenou: 'Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez! 29Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. 30Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Aí haverá choro e ranger de dentes!'". Palavra da Salvação, Glória a Vós Senhor! – MENSAGEM – A Liturgia nos convida a estarmos prontos a prestar conta a Deus da istração dos bens que ele nos concedeu. No Evangelho, com a Parábola dos Talentos, Jesus fala da sua segunda vinda no fim dos tempos e a atitude com que os discípulos devem esperar e preparar essa vinda (Mt 25,14-30). Um “senhor” partiu em viagem e deixou sua fortuna nas mãos dos servos. A um, deixou cinco talentos, a outro dois e a outro um. Quando voltou, chamou-os e pediu-lhes conta da gestão. Os dois primeiros tinham duplicado a soma recebida; mas o terceiro escondeu o talento recebido, pois conhecia a exigência do “senhor” e tinha medo. Os dois primeiros servos foram louvados pelo “senhor”, e o terceiro foi severamente criticado e condenado. A Parábola refere-se à Vinda do Senhor Jesus, no final dos tempos. O “senhor’ representa Jesus, que antes de deixar este mundo, para viajar de volta ao Pai, deixou os seus “Bens” aos discípulos. Os Talentos são os “bens” que Jesus deixou na sua Igreja: O Evangelho, a sua mensagem de salvação; o Barismo, a Eucaristia e todos os Sacramentos, seu amor pelos pobres, sua atenção para os doentes. Os Servos, depositários desses bens, são os discípulos de Jesus, somos todos nós, que devemos produzir na medida de nossas possibilidades. Depositários dos Bens de Cristo: Nós somos agora, no mundo, as testemunhas de Cristo e do projeto de salvação que o Pai tem para a humanidade. É com o nosso coração que Jesus continua a amar os publicanos e os pecadores do nosso tempo; é com as nossas palavras que Jesus continua a consolar os que estão tristes e desanimados; é com os nossos braços abertos que Jesus continua a acolher os imigrantes que fogem da miséria e da degradação; é com as nossas mãos que Jesus continua a quebrar as cadeias que prendem os escravizados e oprimidos; é com os nossos pés que Jesus continua a ir ao encontro de cada irmão que está só e abandonado; é com a nossa solidariedade que Jesus continua a alimentar as multidões famintas do mundo e dar medicamentos e cultura àqueles que nada têm. O que a Parábola nos diz hoje? A Parábola mostra a grande responsabilidade de quem se omite, deixando que os bens do Senhor permaneçam infrutíferos, privando desta forma a comunidade e o mundo dos frutos a que têm direito. Os “servos” da parábola, que frutificaram os “bens”, nos mostram como devemos proceder. Eles lutaram, esforçaram-se, arriscaram, ganharam. Não se deixaram dominar pelo comodismo e arriscaram. Não devemos nos deixar dominar pelo comodismo e ter a coragem de lutar contra a injustiça e propor os valores do Evangelho; Não aceitar que os “grandes” decidam os destinos do mundo e lutar contra os projetos desumanos que desfiguram esta terra; Não aceitar que a Igreja se identifique com a riqueza, com o poder e torna-la mais pobre, mais simples, mais humana, mais evangélica; Não aceitar que a Liturgia deva ser sempre tão solene que assuste os mais simples, nem tão etérea (divinal, celestial) que não tenha nada a ver com a vida do dia a dia. E o servo que enterrou os “bens” mostra como não devemos proceder: contentar-se com o que se tem e não querer mais, por medo ou covardia. Não fazer render os “bens” que Deus nos confiou, não dar frutos. Como usamos os talentos que o Senhor nos confiou? Em muitas comunidades encontramos pessoas ricas de talentos, de estudo, de tempo e de recursos, mas não se doam aos outros. Dizem que não têm tempo, não têm jeito e não fazem nada pela comunidade. No entanto, encontramos pessoas pobres, humildes, muito ocupadas e com pouco ou nenhum estudo, que se entregam com generosidade a serviço da Comunidade: nas pastorais, nos movimentos e no serviço de caridade. No fim de nossa vida o que desejamos ouvir? “Servo bom fiel, vem participar da minha alegria!” ou “Servo mau e preguiçoso; Servo inútil, joguem-no fora, na escuridão, onde haverá choro e ranger de dente?” A escolha será nossa! Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa – CS 19/11/2023
Aléx Viana
Não se tem dúvida de que no Brasil impera o recrudescimento no âmbito penal, é por isso que o país tem a 3ª maior população carcerária do...
14 de fevereiro de 2025
Não se tem dúvida de que no Brasil impera o recrudescimento no âmbito penal, é por isso que o país tem a 3ª maior população carcerária do mundo, com mais de 800 mil pessoas presas no sistema penitenciário.
A consequência desse punitivismo exacerbado está no crescente número de demandas judiciais nos Tribunais Superiores, para se ter uma ideia o STF julgou mais HCs nos últimos 15 anos do que nos 100 primeiros anos de sua existência. No ano 2000 o STF recebeu 970 HCs, já em 2023 recebeu 2.760. O STJ no ano 2000 recebeu 3.087, e, em 2023 recebeu 18.227 HCs. Portanto é inquestionável que a demanda dos Tribunais Superiores aumentou consideravelmente.
Esse aumento da demanda vem motivando muitas reclamações dos Ministros. Mas o problema não é a demanda em si, mas, sim, a causa dela. Não existe na nossa cultura jurídica uma cultura de respeito aos precedentes judiciais, vou além, não existe uma cultura de respeito a Constituição e ao Código de Processo Penal. Após 35 anos da promulgação da Constituição de 1988 ainda se discute nos Tribunais o direito da defesa ter o aos autos.
No Brasil os direitos e garantias fundamentais do ser humano não são respeitados, aqui se pratica uma prestação jurisdicional personalíssima, onde o juiz cria uma norma processual própria. Até as prerrogativas da advocacia são transgredidas todos os dias, inclusive pelo STF. Réu e Advogado são tratados como inimigos de Estado.
Mas qual a razão dessa cultura? Certamente a razão mais significativa é a aporofobia, o ódio do sistema em desfavor do pobre. É impossível visualizar os dados e não enxergar que a desigualdade social e a ignorância do povo são as maiores condicionantes da nossa situação atual.
A matéria penal mais tratada no âmbito jurisdicional é relacionada ao tráfico de drogas, nela podemos observar que somente 11,25% das prisões por tráfico advém de investigações prévias, 88,75% advém de prisão em flagrante, desse número 75% são realizados pela polícia militar, e, somente, 15,49% são realizados pela polícia civil. Em suma o sistema enxuga gelo através da polícia militar prendendo peão. (Sentenciando o tráfico: o papel dos juízes no grande encarceramento / Marcelo Semer. – 1.ed. – São Paulo : Trirant lo Blanch, 2019, p. 158/159)
Como o sistema penal mira somente o pobre, o que é inquestionável ao se observar os dados, vigora no país a ideia de que a vida do pobre não tem muito valor, é por isso que a regra em primeira e segunda instância é prender e deixar preso, é por isso que vigora a ideia de que os fins justificam os meios, em que os direitos e garantias fundamentais são relativizados em prol da punição.
É impossível não rememorar Victor Hugo em “O ÚLTIMO DIA DE UM CONDENADO”, que no prefácio se critica que a abolição da guilhotina ocorreu para salvar nobres, isto é, enquanto os guilhotinados eram pobres estava tudo bem: “Se a tivessem proposto, essa desejável abolição, não por conta de quatro ministros despencados das Tuileries em Vincennes, mas por conta do primeiro salteador vindo, por conta de um desses miseráveis que os senhores mal olham quando cruzam com eles na rua, a quem não dirigem a palavra, cujo convívio empoeirado evitam instintivamente, um desse miseráveis, cuja infância maltrapilha correu descalça por ruas lamacentas (...)”.
Assim, não há dúvida que estamos vivendo um choque entre a ideia classista e punitivista do andar de baixo e a ideia progressista do andar de cima. Enquanto o STJ e o STF não efetivamente solidificar a cultura de precedentes, vamos continuar nessa queda de braço, que as instâncias inferiores saem ganhando quando os ministros não deferem de plano a liminar, haja vista o tempo que leva o julgamento do mérito de um HC.
Bispo
No quinto domingo do Tempo Comum, a Diocese de Coxim viveu uma forte experiência vocacional. No Centro Emaús, local de retiro, formação e oração, aconteceu...
14 de fevereiro de 2025
No quinto domingo do Tempo Comum, a Diocese de Coxim viveu uma forte experiência vocacional. No Centro Emaús, local de retiro, formação e oração, aconteceu o Encontro Diocesano de Catequese, reunindo mais de 120 catequistas para um momento de aprendizado e preparação. Com alegria e fé, esses catequistas se fortaleceram espiritualmente para mais um ano de missão, especialmente no acompanhamento das crianças que iniciarão sua caminhada cristã.
Além desse encontro formativo, a diocese também celebrou vocações específicas ao ministério sacerdotal. Dois novos seminaristas, Matheus e Edgar, ingressaram no Seminário Propedêutico, em Dourados, dando o primeiro o concreto em sua caminhada de discernimento. Já o seminarista Paulo Henrique recebeu a ordem do leitorado, um grau da ordem menor, fortalecendo ainda mais seu compromisso com a Igreja. Com a graça de Deus, vemos as vocações florescerem em nossa diocese, um sinal da presença amorosa do Pai que continua a chamar operários para sua messe.
A palavra “vocação” vem do latim vocatio, onis, que significa chamada ou convite. A vocação é um dom da graça divina, que se manifesta de forma sutil em nossos corações, como um sussurro do Senhor. No entanto, essa chamada exige uma resposta, um “sim” generoso e consciente. Embora a vocação seja uma iniciativa de Deus, cabe a cada um acolhê-la e cultivá-la com oração e discernimento. Como nos ensina a Lumen Gentium, “a vocação de todos os fiéis é um chamado à santidade dentro da Igreja”.
Muitas vezes, reduzimos a vocação apenas ao chamado sacerdotal, mas a Igreja nos ensina que há diversas vocações, todas essenciais para a edificação do Reino de Deus. Além da vocação presbiteral, temos a vida consagrada, o matrimônio e até mesmo os diversos ministérios leigos, como o serviço catequético. Cada um, segundo seu carisma, é chamado a testemunhar Cristo no mundo, respondendo ao chamado divino com generosidade e fidelidade.
Diante dessa riqueza vocacional, somos convidados a rezar pelas vocações e a incentivar aqueles que sentem o chamado de Deus. Assim como Jesus disse a Simão Pedro: “Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca” (Lc 5,4), somos desafiados a confiar na vontade do Senhor e responder ao Seu chamado com coragem. E, para aqueles que hesitam, vale lembrar as palavras de Cristo: “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens” (Lc 5,10).
Que possamos, como comunidade de fé, ser um solo fértil onde as vocações possam germinar e dar frutos. Que a graça do Espírito Santo fortaleça todos os que disseram “sim” ao chamado do Senhor, para que possam servir com amor e dedicação na missão que lhes foi confiada.
TV Divino, Pastoral da Comunicação da Catedral São José