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VOTO, SUA HISTÓRIA NO BRASIL E A  IMPORTÂNCIA DELE PARA A NOSSA VIDA. 3p5z65

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10 de maio de 2024

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VOTO, SUA HISTÓRIA NO BRASIL E A  IMPORTÂNCIA DELE PARA A NOSSA VIDA.

Embora muitos se esqueçam o sufrágio universal (voto sem distinção de raça, gênero, renda, e religião) somente foi implementado no Brasil com a Constituição Cidadã de 1988, ou seja, há 32 anos. O voto em nosso país começou no ano de 1532 com a primeira eleição para a Câmara Municipal de São Vicente; até 1821 o voto era ao âmbito municipal e só quem votava eram os homens livres; já na fase imperial o voto era censitário, era preciso ter um mínimo de renda para ter direito ao sufrágio, e era possível escolher somente os representantes do legislativo; só com a destituição da família real que o Brasil ou a ter seus representantes do Executivo eleito dentre o “povo”, entretanto o poder do voto era concentrado em poucas pessoas. Menores de 21 anos, mulheres, analfabetos, mendigos, soldados rasos, indígenas e integrantes do clero estavam impedidos de votar.
As eleições até então eram marcadas por muitas fraudes como coação de eleitores, bico de pena praticada pelas mesas eleitorais, inventavam-se nomes, ressuscitavam-se os mortos, e os ausentes compareciam. A mudança somente ocorreu com Getúlio Vargas, que criou o Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais Regionais Eleitorais, onde o voto feminino e o voto secreto foram instituído, o que tornou o processo eleitoral mais amplo, transparente, e idôneo. Entretanto, com o Estado Novo as eleições foram suspensas.
Só com o fim do Estado Novo, em 1945 o Brasil conseguiu implementar uma experiência democrática significante, as mulheres que tinham o direito ao voto desde 1932 puderam votar, e até 1964 tivemos quatro presidentes eleitos democraticamente pelo voto popular. Na ditadura o voto para o chefe do executivo federal era indireto, mas no legislativo permaneceu o voto direto, em um sistema bipartidário, ARENA e MDB.
Foi no movimento pelas Diretas Já que a sociedade brasileira conseguiu instituir de fato o direito ao voto e ao sufrágio universal.
Portanto, é recente a nossa experiência democrática, talvez por isso a nossa sociedade ainda esteja amadurecendo o voto consciente, ainda hoje a influência do poder econômico é muito grande, e quando ocorre a ruptura do voto de cabresto, muitas das vezes temos o voto de protesto, que é um voto mais emocional que racional, exemplo disso foi a eleição do Tiririca em 2010, eleito deputado federal com mais de 1,3 milhão de votos.
A insatisfação do povo com a classe política atinge de forma dramática a importância de se votar, em 2018 a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou a pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira, que revelou um quadro preocupante, onde 68% dos entrevistados afirmaram que, se pudessem, não votariam naquele ano, os principais motivos apontados eram: 1) corrupção (30%); 2) ausência de confiança no governo ou candidatos (19%); 3) falta de opção entre os candidatos (16%).
Assim, nota-se que saímos das lutas pelo direito de votar para a contemporânea liberdade de poder não votar, o problema está na falta de conscientização de que é por meio do voto que as transformações sociais, tão necessárias, ocorrem. A nossa vida depende fundamentalmente daqueles que comandam as políticas públicas, saúde, educação, segurança, cultura lazer, e a geração de emprego e renda estão atreladas ao nosso voto. Negar a importância do voto para a vida individual e coletiva é o mesmo que negar a cidadania. Votar é o direito de escolher o futuro de nossas vidas e da nossa sociedade, direito este que foi conquistado com muita luta e sangue, mas não é fácil votar, pois é necessário que se estude os candidatos e suas propostas.
Mas nem tudo está perdido, as eleições municipais de 2020 comprovaram que o povo está cada vez mais consciente do papel dos políticos, parece que estamos diante de uma ruptura com o modelo oligárquico do ado, pautado na distribuição de misérias e conchavos realizados a portas fechadas.

Alex

BR-163/MS: Uma concessão de promessas não cumpridas e o silêncio da sociedade. 1i541y

Em 2013, o Grupo CCR venceu o leilão de concessão da BR-163 em Mato Grosso do Sul com a promessa de transformar a principal via de escoamento da produção agrícola...

BR-163/MS: Uma concessão de promessas não cumpridas e o silêncio da sociedade.

28 de mar�o de 2025

BR-163/MS: Uma concessão de promessas não cumpridas e o silêncio da sociedade.

 

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Em 2013, o Grupo CCR venceu o leilão de concessão da BR-163 em Mato Grosso do Sul com a promessa de transformar a principal via de escoamento da produção agrícola do Estado em uma rodovia moderna, segura e eficiente. Com uma tarifa básica de pedágio proposta em R$ 0,04381 por quilômetro, a proposta foi recebida com entusiasmo. A concessão abrange 847,2 km, entre a divisa com o Mato Grosso e a fronteira com o Paraná.
Nos primeiros cinco anos de contrato, a concessionária deveria investir R$ 2,05 bilhões dos R$ 5,7 bilhões previstos, incluindo a duplicação de 806,3 km — aproximadamente 95% do total concedido. No entanto, mais de uma década depois, a realidade da BR-163/MS está muito distante do prometido.
As obras de duplicação praticamente não aconteceram. O que se vê hoje é uma rodovia esburacada, sem sinalização adequada, sem acostamento em diversos trechos, com áreas propensas à aquaplanagem, pontos de alagamento e riscos constantes de acidentes. A infraestrutura prometida, como os Serviços de Atendimento ao Usuário (SAU), a recuperação emergencial de pontes e drenagens, e a adequação de os e arelas, tampouco foi concluída.
Ainda assim, os pedágios, que deveriam refletir uma via duplicada e bem conservada, dobraram de valor. Em Campo Grande, a tarifa ou de R$ 4,90 para R$ 9,40. Em Bandeirantes/Jaraguari, de R$ 3,80 para R$ 7,40. Em São Gabriel do Oeste, de R$ 3,70 para R$ 7,10. Em Rio Verde de Mato Grosso, de R$ 4,80 para R$ 9,40. E em Pedro Gomes, de R$ 3,60 para R$ 7,00. O valor médio, que era R$ 7,52 a cada 100 km, chegará a R$ 15,13 — mesmo em pistas simples e sem as melhorias previstas.
A CCR, por meio da concessionária MSVia, recebeu um generoso financiamento público: R$ 2,319 bilhões do BNDES, além de recursos da Caixa Econômica Federal e autorização para emitir debêntures de infraestrutura. Ou seja, o investimento foi praticamente todo bancado com dinheiro público, sem a injeção do capital privado inicialmente prometido. Mesmo assim, a concessionária não cumpriu o contrato.
E o que fizeram os órgãos fiscalizadores? O Tribunal de Contas da União (TCU), ao invés de responsabilizar a empresa por inadimplência contratual, celebrou um novo acordo que amplia a concessão até 2054 — uma década além do prazo original — e prevê novos investimentos da ordem de R$ 16,9 bilhões. Porém, esses valores são R$ 2,53 bilhões superiores aos estudos técnicos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), revelando mais uma contradição entre o planejado e o executado.
O novo pacote de obras inclui 203 km de duplicações, 147 km de terceiras faixas, 22 km de vias marginais, além de melhorias em acostamentos, os, dispositivos de segurança e a implantação de arelas. Além da duplicação ser reduzida em 603 km, a pergunta que fica é: quem garante que essas novas promessas serão cumpridas?
Enquanto isso, a população sul-mato-grossense segue calada. Não há protestos significativos ou mobilização civil contra um contrato descumprido, um serviço precário e tarifas abusivas.
Por isso, ganha ainda mais relevância o movimento liderado pelo Deputado Estadual Junior Mochi, que vem promovendo audiências públicas em diversas cidades do Mato Grosso do Sul. Essa iniciativa busca romper o ciclo de omissão e dar voz à população, cobrando transparência e providências concretas.
O silêncio da sociedade apenas reforça um cenário de impunidade e negligência. A BR-163, que deveria ser um corredor de desenvolvimento, tornou-se um símbolo do descaso, da conivência institucional e da apatia coletiva.
A grande pergunta que permanece é: até quando vamos aceitar isso calados?
 

Alex

VIOLÊNCIA DE GÊNERO E DESIGUALDADE: POR QUE A LUTA DAS MULHERES AINDA É ESSENCIAL? 3i6x57

No dia 8 de março, celebramos o Dia Internacional da Mulher, um momento essencial para refletirmos sobre a atual conjuntura social. Em 2024, mais de 1.387 mulheres foram vítimas de...

VIOLÊNCIA DE GÊNERO E DESIGUALDADE: POR QUE A LUTA DAS MULHERES AINDA É ESSENCIAL?

7 de mar�o de 2025

VIOLÊNCIA DE GÊNERO E DESIGUALDADE: POR QUE A LUTA DAS MULHERES AINDA É ESSENCIAL?

 

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No dia 8 de março, celebramos o Dia Internacional da Mulher, um momento essencial para refletirmos sobre a atual conjuntura social. Em 2024, mais de 1.387 mulheres foram vítimas de feminicídio e mais de 78.436 foram estupradas, o que equivale a 214 vítimas por dia, ou 9 mulheres violentadas a cada hora, segundo dados do SINESP.
Diante dessa realidade alarmante, cresce no Brasil um movimento que prega o retorno da mulher ao "feminino", conceito que suscita debates sobre os papéis impostos historicamente ao gênero feminino. Simone de Beauvoir apontou que a sociedade patriarcal sempre reservou às mulheres posições subalternas, vinculando-as ao cuidado do lar, dos filhos e a servir o marido. A historiadora Silvia Federici argumenta que a atribuição do trabalho doméstico às mulheres serviu aos interesses de um sistema branco, masculino e capitalista, que se apropriou de sua mão de obra sem remunerá-la, desvalorizando-a.
Leandro Karnal e Luiz Estevam ensinam que a misoginia é o preconceito mais antigo e disseminado no mundo, remontando ao mito de Eva, a quem se atribuiu a responsabilidade pela queda de Adão. Na filosofia medieval, Thomás de Aquino chegou a afirmar que "a mulher é um macho deficiente". Na ciência, a interpretação de achados arqueológicos também reflete essa visão sexista: Lucy, um Australopithecus afarensis descoberto na África em 1974, foi representada como dependente e submissa a um macho, a despeito da falta de evidências concretas que justificassem essa abordagem.
Estudos indicam que sociedades paleolíticas poderiam ser matriarcais. No século XIX e no início do século XX, arqueólogos encontraram estatuetas da chamada "era do gelo" representando corpos femininos. Em 1901, Arthur Evans descobriu vestígios da civilização minoica na ilha de Creta, onde estatuetas femininas segurando serpentes sugeriam um culto às deusas, indicando uma estrutura social matriarcal e menos beligerante.
Na Europa medieval, a misoginia clássica e a visão cristã se fundiram, colocando a mulher entre a cruz e a espada. Elas eram divididas entre o modelo inatingível da Virgem Maria ou o estigma de Eva, a pecadora e tentadora. Esse discurso justificou perseguições brutais, culminando na morte de mais de 100 mil mulheres acusadas de bruxaria.
A revisão histórica é fundamental para evitar a romantização da submissão feminina. O problema não está na escolha de ser dona de casa, mas na imposição desse papel com base no sexo biológico. O Código Civil de 1916, por exemplo, previa no artigo 233 que o marido era o chefe da sociedade conjugal, relegando a mulher à condição de "não sujeito", sem autonomia sobre sua própria vida. Essa desumanização é a raiz da violência de gênero e do feminicídio.
O Dia Internacional da Mulher não é apenas uma data comemorativa, mas um convite à reflexão e à ação. A igualdade de gênero não deve ser uma concessão, mas um direito fundamental.
 

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